Rudyard Kipling, escritor britânico. Canções de Caserna é a obra que o torna verdadeiramente popular

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Kipling, a voz da selva e do império

Kipling, a voz da selva e do império (Foto: Reprodução)

Kipling, a voz da selva e do império (Foto: Reprodução)

A obra do escritor britânico, autor de ‘O Livro da Selva’, traz o personagem Mogli, ‘o menino lobo’

Rudyard Kipling (Bombaim, Índia, 30 de dezembro de 1865 – Londres, 18 de janeiro de 1936), escritor britânico. Nasce na Índia onde o seu pai, pintor, é conservador de um museu. Enviado para a Grã-Bretanha para estudar, passa ali uns anos de solidão infantil num internato. Desta experiência sai posteriormente uma descrição: Bee, bee, Ovelha Negra. Em 1878 ingressa num centro educativo de filhos de oficiais e funcionários, de rigorosa moralidade e rígido ambiente (que lhe serve de inspiração para Stalky e Companhia).

Em 1882 volta à Índia como jornalista; nesta época preocupa-se com os temas que são uma característica da sua obra: a relação entre os dominadores brancos e a população indígena, a função civilizadora dos Britânicos, a memória da remota civilização indiana… Tudo isso está recolhido nos seus primeiros ensaios narrativos: Três Soldados, Contos das Colinas, obras com as quais consegue notoriedade.

Canções de Caserna é a obra que o torna verdadeiramente popular; trata-se de textos poéticos sobre o sentido político e ético da ação inglesa na Índia, se bem que estão muito abertos à criação individual. As grandes obras de Kipling são Kim e O Livro das Terras Virgens. Esta última conserva, sob as estruturas da fábula, um delineamento ideológico centrado no problema da relação do indivíduo com a sociedade e a primazia da lei moral sobre os impulsos e instintos existenciais. Convencionalmente considera-se que é uma obra infantil. Estes temas e delineamentos reaparecem em Kim, mas mais aprofundados e com reflexões sobre as regiões orientais. Em ambas as obras sobressaem a agilidade narrativa e a solidez formal.

De grande êxito são as suas brilhantes narrações de aventuras, como Capitães Intrépidos. Quanto à sua obra poética, muito popular até aos anos 20 e depois esquecida, tem um ritmo vigoroso, revela uma notável habilidade no uso da métrica e possui uma sinceridade na expressão dos factos que chega a provocar ressentimentos entre personalidades públicas. O seu livro de versos mais interessante é Os Sete Mares.

Em 1907, Kipling recebe o Prêmio Nobel da Literatura. Considera-se Kipling o principal representante da literatura imperialista, mas esta interpretação é superficial. O que Kipling mostra, mais que a presunção do propagandista, é a preocupação do moralista. Preocupa-o certamente o futuro do império britânico, que sabe que vai acabar por desaparecer, mas sustenta que as suas instituições devem defender-se a partir de uma postura ética. Para Kipling, a acção do homem recupera significado na sua dimensão social. Por isso lhe interessam tanto as comunidades militares e escolares e, inclusive, a singular associação dos animais da selva.

(Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br – 18 de janeiro de 2011)
(Fonte: www.vidaslusofonas.pt)

(Fonte: http://veja.abril.com.br/multimidia/video – Kipling, a voz da selva e do império – CLUBE DO LIVRO –  

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