Ronaldo Cunha Lima, ex-governador da Paraíba e ex-deputado federal

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Ronaldo Cunha Lima, ex-governador da Paraíba e ex-deputado federal

 

Sua história na política da Paraíba começou como vereador, na cidade de Campina Grande, segundo maior colégio eleitoral da Paraíba. Em Campina, Ronaldo se tornou campeão de votos nas eleições seguintes. Foi deputado estadual por dois mandatos, prefeito de Campina Grande, governador da Paraíba e senador da Paraíba.

 

 

Lançou o filho Cássio Cunha Lima (PSDB) na política. Assim como o pai, Cássio foi prefeito de Campina Grande e governador da Paraíba. Teve o mandato cassado em 2009, acusado de abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação para tirar vantagem no pleito eleitoral de 2006. Nas eleições de 2010, Cássio se candidatou ao Senado e foi eleito com mais de 1 milhão de votos. Porém, não assumiu de imediato, barrado pela Lei da Ficha Limpa.

 

 

Um dos episódios mais polêmicos da vida pública de Ronaldo Cunha Lima ocorreu em 1993, quando ele atirou contra o adversário político Tarcísio Burity, no restaurante Gulliver, em João Pessoa. O julgamento do caso se arrastou durante anos e, em 2007, Ronaldo renunciou ao cargo de deputado federal para evitar que fosse julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a renúncia, o processo foi enviado à Justiça comum, pois Ronaldo havia perdido o foro privilegiado.

 

 

 

 

 

BIOGRAFIA

Ronaldo Cunha Lima ficou conhecido nacionalmente em 1993 por atirar contra seu adversário político o ex-governador Tarcísio Buriti (PFL) que, em entrevista a um jornal local, acusou Cássio Cunha Lima de irregularidades na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), autarquia que comandava na época. Ele chegou a ser preso.

Buriti sobreviveu ao atentado e morreu em 2003, vítima de problemas cardíacos.

Em 2007, Ronaldo renunciou ao mandato de deputado federal para evitar uma possível condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O caso foi remetido à Justiça comum. Relator do processo no STF, o ministro Joaquim Barbosa considerou a manobra um “escárnio”.

Ronaldo Cunha Lima foi vereador, prefeito, governador, deputado estadual, deputado federal e senador. “Recebeu todos os diplomas que do TRE [Tribunal Regional Eleitoral] pode dar. Só não tinha o diploma de presidente”, disse Cássio, um dos quatro filhos de Ronaldo.

Entrou na política em 1960, pelo PTB. Com o bipartidarismo, filiou-se ao MDB e depois migrou para o PMDB e, por fim, para o PSDB.

Em 1969, durante a ditadura militar (1964-1985), teve os direitos políticos suspensos. O mandato de prefeito de Campina Grande (132 km de João Pessoa) foi cassado.

“Deixa a honradez sobretudo. Demonstrou que é possível fazer política com decência e dignidade. Fez política como sacerdócio e não como negócio”, disse Cássio.

Gostava de ser chamado de poeta e escreveu vários livros.

O ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima morreu na manhã de hoje em sua casa, em João Pessoa, aos 76 anos.

Cunha Lima foi diagnosticado com um câncer de pulmão há 7 meses. Com o agravamento da sua doença, uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) foi montada em sua casa, para que ele passasse mais tempo com seus familiares.

Na quinta-feira (5), o ex-governador precisou ser sedado e entrou em coma induzido. Seu quadro era considerado irreversível pelos médicos.

Será velado até o fim da tarde no Palácio da Redenção, sede do governo da Paraíba. Em seguida, será levado a Campina Grande, onde estão previstas homenagens com concentração no Parque do Povo, construção que virou marca de sua administração da cidade que foi o berço de sua carreira política.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/poder – PODER / Notícias – Política / DE SÃO PAULO / Do UOL, em João Pessoa – 07/07/2012)

 

 

 

 

 

 

Biografia

Embora tenha sido governador da Paraíba, duas vezes prefeito de João Pessoa, senador e deputado federal, Ronaldo Cunha Lima marcou sua passagem pela política brasileira por ter tentado matar a tiros o ex-governador Tarcísio Burity durante o almoço em um restaurante da capital paraibana no dia 5 de novembro de 1993.

Burity, seu adversário político, havia feito duras críticas ao então superintendente da Sudene Cássio Cunha Lima, filho de Ronaldo, em um programa de TV local. Indignado, o então governador invadiu o restaurante Gulliver, onde Burity almoçava, e fez três disparos à queima roupa. Burity ficou em estado grave mas sobreviveu até 2003, quando morreu por falência múltipla dos órgãos.

Ronaldo Cunha Lima nunca chegou a ser punido pelo crime. Em 2007, quando o processo seria remetido ao Supremo Tribunal Federal, ele renunciou ao cargo de deputado federal, perdeu o direito ao foro privilegiado e o caso voltou para a primeira instância da Justiça paraibana.

O caso Gulliver ofuscou uma rica trajetória na vida e na política. Filho de uma família modesta de Guarabira, no interior da Paraíba, Cunha Lima perdeu o pai ainda garoto e trabalhou como entregador de jornais e garçom para bancar os estudos. Formado na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba, ingressou na carreira política e apaixonou-se pela obra do poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914).

Em 1968 foi eleito prefeito de João Pessoa e cassado no ano seguinte pela Ditadura Militar (1964-1985). Passou mais de dez anos no ostracismo político até que, anistiado, voltou à prefeitura de João Pessoa em 1983.

Paralelamente à política desenvolveu uma carreira literária com 15 livros de poesia publicados.

Em 1990 foi eleito governador, em 1994 ganhou uma vaga no Senado e em 2002 disputou sua última eleição, na qual foi escolhido deputado federal.

Desde a renúncia em 2007, Cunha Lima deixou a própria carreira de lado para acompanhar a trajetória do filho, Cássio, também eleito governador da Paraíba.

Em 2011, quando o câncer de pulmão foi diagnosticado pela equipe do médico Riad Younes no hospital Sírio-Libanês, Cássio anunciou a doença pelo twitter. “O diagnóstico do Poeta foi fechado: Adenocarcinoma no pulmão esquerdo. Ele fará apenas radioterapia e ficará curado. Obrigado pela solidariedade”.
(Fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-07-07 – POLÍTICA – iG São Paulo – 07/07/2012)

DECIDIDO: pelo Superior Tribunal de Justiça dar prosseguimento à ação criminal contra o ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, que atirou em seu inimigo político Tarcísio Burity no final do ano de 1993. A Assembleia Legislativa do Estado negou em março de 1994 pedido para processá-lo. Em 1° de agosto de 1994 em Brasília.
(Fonte: Veja, 10 de agosto de 1994 – ANO 27 – N° 32 – Edição 1352 – DATAS – Pág; 102)

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