Roberto Piva, poeta surrealista, foi um maiores nomes da poesia marginal brasileira

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Autor do livro “Paranóia” 

O poeta Roberto Piva, grande nome da poesia marginal  (Divulgação)

O poeta Roberto Piva, grande nome da poesia marginal (Divulgação)

Roberto Piva (São Paulo, 25 de setembro de 1937 – São Paulo, 3 de julho de 2010), escritor e poeta surrealista, foi um maiores nomes da poesia marginal brasileira

Nascido em São Paulo no dia 25 de setembro de 1937, Roberto Piva foi um poeta ligado aos marginais dos anos 60, tendo sido influenciado pelos autores da geração beat americana. Ele foi revelado na coletâneas “Antologia dos Novíssimos”, de Massao Ohno, publicado em 1961, e “26 poetas hoje”, de Heloisa Buarque de Holanda.

Piva foi professor na rede de ensino público, produtor de shows de rock e é um dos três únicos poetas brasileiros a ser citado no Dicionário Geral do Surrealismo publicado na França.

Um dos poetas mais celebrados das últimas décadas, Roberto Piva marcou o panorama literário brasileiro. O paulista ganhou fama aos 22 anos, quando publicou o livro ‘Paranoia’, sua síntese sobre a metrópole.

O poeta compôs uma obra que aliava aos movimentos de contestação da década de 1960 uma dose de surrealismo pouco comum na tradição poética brasileira.

O livro mais conhecido de Piva, “Paranóia”, foi publicado em 1963 e causou espanto na ocasião.

A obra chamou a atenção tanto por conta dos versos bem trabalhados, que compunham uma poética urbana e, ao mesmo tempo, intimista, como pelas fotos tiradas por Wesley Duke Lee.

Piva fez parte da geração de autores como Hilda Hilst e Claudio Willer; seu primeiro editor foi Massao Ono (1936-2010), pioneiro editor dos poetas independentes.

Em 2005, a editora Globo deu início à publicação de sua obra, composta por três volumes -todos disponíveis no mercado.

Em 2005, toda sua obra foi republicada pela editora Globo em três volumes – “Um estrangeiro na legião”, “Mala na mão e asas pretas” e “Estranhos sinais de saturno”. Seu primeiro livro, “Paranóia”, publicado originalmente 1963, foi reeditado em 2009 pelo Instituto Moreira Salles.

Roberto Piva morreu em São Paulo, no sábado, aos 72 anos, que lutava contra mal de Parkinson e câncer.

O poeta e escritor Roberto Piva, 72, morreu em 3 de julho de 2010, em São Paulo, depois de passar um período de dois meses internado no Incor (Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas. Os médicos constataram a falência múltipla dos órgãos, causada por uma infecção geral.

Piva havia sido hospitalizado com uma infecção na próstata. Exames indicaram que se tratava de um câncer.
O estado do escritor paulistano piorou depois que a doença se espalhou pelos ossos. Debilitado, o paciente, que há dez anos lutava contra o mal de Parkinson, pegou uma infecção geral.

Em janeiro, uma infecção urinária e cardíaca já o havia levado à internação no Hospital das Clínicas. O problema no coração exigiu uma cirurgia em março, da qual o poeta se recuperou em casa.

De acordo com Gustavo Ribeiro Benini, 32, que acompanhou o escritor no hospital, Piva perdeu a consciência há 15 dias.

“O quadro se agravou por uma somatória de coisas. O gavião de penacho bateu as asas”, afirmou o colega em referência à obra do autor.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura -2984201 – CULTURA/ POR O GLOBO – 4 de jul de 2010)

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(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0407201024 – FOLHA DE S. PAULO – ILUSTRADA – DE SÃO PAULO – 4 de julho de 2010)

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