Rafael Sanzio, pintor e arquiteto, astro da Alta Renascença. Ao lado de Michelangelo e Leonardo da Vinci, Rafael forma a Santíssima Trindade dos gênios do Renascimento

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Contemporâneo de Da Vinci e Michelangelo, Raffaello Sanzio é um dos principais nomes da arte renascentista.

 

 

Raffaello Sanzio da Urbino

“La Velata” é uma das pinturas famosas de Rafael Sanzio. (Foto: Picture-Alliance/akg-images/Rabatti – Domingie)

 

 

Foi um dos principais ícones do Renascimento italiano

 

Raffaello Sanzio da Urbino (Urbino, 6 de abril de 1483 — Roma, 6 de abril de 1520), pintor e arquiteto, astro da Alta Renascença. Ao lado de Michelangelo e Leonardo da Vinci, Rafael forma a Santíssima Trindade dos gênios do Renascimento.

 

Apesar de sua breve vida criativa, Rafael teve a honra de servir a dois papas. Uma das telas dos Uffizi que mostra Leão 10º será exposta pela primeira vez ao lado do retrato de seu antecessor, Júlio 2º, cedido pela National Gallery de Londres.

 

Ambos os pontífices foram os principais empregadores de Rafael, inspirando-o a suas mais importantes obras-primas, como os murais das câmaras do Vaticano. Também fora da Cidade Eterna, porém, ele era paparicado pelos mecenas da época, entre os quais o conde Castiglione, cujo retrato também pode ser visto em Roma, num empréstimo do Louvre.

 

Mundo homenageia mestre renascentista

 

Museu Scuderie del Quirinale organizou mostra superlativa, reunindo 120 obras do pintor e arquiteto.

 

O 37º aniversário de Raffaello Sanzio da Urbino (1483-1520) marcou também o dia de sua morte. Até hoje não se sabe o que matou o astro da Alta Renascença de forma tão precoce. Uma doença sexualmente transmissível contraída pelo notório amante das mulheres? Ou uma febre misteriosa – como a que, 500 anos mais tarde, poderia pôr fim à mais importante exposição em sua honra?

 

O governo da Itália organizou e planejou, o Scuderie del Quirinale, em Roma, sua mostra superlativa. Foram vendidos 60 mil ingressos antecipadamente, um recorde para o museu nos antigos estábulos do atual palácio presidencial.

 

A mostra é uma sensação inegável: os curadores italianos não pouparam gastos nem esforços, e pela primeira vez reuniram num mesmo local mais de 120 obras-primas de Rafael, assim como numerosas peças de outros artistas cujas obras foram marcadas de forma definitiva pelo celebrado pintor. Ao todo, são mais de 200 obras de arte.

 

Isso exigiu anos de preparativos e cooperação internacional, já que a Scuderie não tem um acervo permanente, dependendo exclusivamente de empréstimos. E para a exposição Raffaello, eles vieram das casas de arte mais renomadas, como o Louvre de Paris, o British Museum de Londres, o MoMa de Nova York, os Museus Vaticanos, o Prado de Madri, a Galleria degli Uffizi em Florença, entre outras, assim como da coleção pessoal da rainha Elizabeth 2ª.

A mostra, que foi aberta em (05/03) e foi até 2 de junho de 2020, começou com a morte de Rafael em Roma, em 1520, apresentando em retrospectiva a obra do pintor e arquiteto, até seu nascimento, em 1483. Diversos objetos estão de volta à capital italiana pela primeira vez desde a morte precoce do artista naquela cidade.

 

Entre os contemporâneos ilustres de Rafael destacam-se Leonardo da Vinci (1452–1519) e Michelangelo Buonarroti (1475–1564). Além de suas pinturas e desenhos, explora-se também sua atividade como prefeito do Vaticano para a Antiguidade. A perspectiva histórica é dada por peças como artefatos da Antiguidade, esculturas renascentistas, documentos ou objetos de arte aplicada.

 

Embora seja a maior de todas, a exposição em Roma está longe de ser a única representativa por ocasião dos 500 anos da morte do “divino Raffaello” – como era apelidado por seus contemporâneos. Na Alemanha, desde dezembro de 2019 pode ser visitada Rafael em Berlim: As Madonas da Gemäldegalerie, reunindo pela primeira vez retratos de Nossa Senhora realizados pelo pintor quando jovem.

 

Em fevereiro seguiu-se uma mostra especial do Kupferstichkabinett, com um pequeno, porém importante grupo de desenhos do mestre, provenientes do acervo próprio do gabinete de gravuras na capital alemã. Para o terceiro trimestre de 2020, a National Gallery of Art de Londres e a de Washington planejam exposições abrangentes, cobrindo diversos períodos criativos de Rafael.

(Fonte: https://www.dw.com/pt-br – Deutsche Welle – NOTÍCIAS / CULTURA / ARTE / Por Nadine Wojcik – 06.03.2020)

 

 

 

 

 

 

Rafael Sanzio morreu de pneumonia agravada por erro médico, diz estudo

Nova teoria vem à tona após 500 anos do falecimento do artista

 

Um estudo realizado pela Universidade de Milão-Bicocca revelou em 16 de julho que Rafael Sanzio (1483-1520), um dos principais ícones do Renascimento italiano, morreu após ser atingido por uma pneumonia agravada por um erro médico.

 

A nova teoria vem à tona 500 anos depois e é a mais recente reconstrução da misteriosa morte do artista, publicada na Internal and Emergency Medicine, revista da Sociedade Italiana de Medicina Interna.

 

A análise é baseada em evidências diretas e indiretas da época e exclui outros diagnósticos, entre eles malária, febre tifoide e sífilis, como causas da morte. Desta forma, a pesquisa chegou à conclusão de que a prática de sangria – terapia que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças – provocou o falecimento de Rafael, que teria enfraquecido ainda mais quando foi acometido por uma febre alta. Para encontrar uma solução para o mistério, os pesquisadores compararam as informações contidas no livro “Le Vite”, de Giorgio Vasari, que tem testemunhos de figuras históricas com ligação ao pintor e presentes em Roma na época em que Rafael viveu, como é o caso de Alfonso Paolucci, embaixador do duque de Ferrara, Alfonso I d’Este (1476-1534).

 

O estudo ainda utilizou alguns documentos redescobertos no século 19 pelo historiador de arte Giuseppe Campori. “O curso da doença combinado com outros sintomas nos levaria a pensar em uma forma de pneumonia”, explica Michele Augusto Riva, pesquisador de história da medicina da Universidade de Milão-Bicocca.

 

“Não podemos dizer com certeza nem hipotetizar se era de origem bacteriana ou viral como a atual Covid-19, mas entre as várias causas, é a que mais corresponde ao que nos dizem: um curso agudo, mas não imediato, a falta de perda de consciência, ausência de sintomas gastrointestinais e febre contínua”, acrescentou o estudioso. Para piorar o quadro clínico, segundo Riva, também pode ter existido um erro médico, com a prática de sangramento, que não é recomendada em caso de febre pulmonar. “Vasari nos diz que o pintor escondeu dos médicos que muitas vezes saía nas noites anteriores devido a casos amorosos. Não conhecendo a conduta do paciente e não conseguindo enquadrar melhor a origem da febre, os médicos teriam errado ao insistir com a sangria”, especulou o pesquisador italiano.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS / MUNDO – 16 JUL 2020)
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