Primeiro médico a estabelecer um vínculo entre câncer e problemas ambientais

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Percivall Pott, médico inglês que no século 18, foi o primeiro a estabelecer um vínculo entre câncer e problemas ambientais. Pott observou casos de câncer de escroto em homens que, na infância e na juventude, tinham trabalhado como limpadores de chaminés, profissão comum na Inglaterra. Nus, entravam nas referidas chaminés para remover o excesso de fuligem. E era exatamente o alcatrão que, à semelhança do que acontece com os fumantes (inclusive os passivos, aqueles sujeitos à fumaça dos fumódromos), gerava a neoplasia.
Bernardino Ramazzini, médico italiano, professor da Universidade de Pádua, que no começo do século 18, publicou um trabalho pioneiro, o livro chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doenças dos Trabalhadores – naquela época, livro que se prezasse tinha de ser escrito em latim). Observa Ramazzini que Hipócrates, o pai da medicina, aconselhava os médicos a perguntarem aos pacientes acerca de dores, de alimentação, de hábitos.
E de fato, desde a Antigüidade, o trabalho era reconhecido como algo capaz de causar doença, invalidez, morte. Mas isso, em tempos que a mão-de-obra era formada por escravos ou servos, não tinha muita importância para ricos e poderosos. Foi somente com a modernidade que a saúde do trabalhador passou a ser levada em conta. Com o progressivo surgimento de oficinas, e depois de fábricas, a massa trabalhadora foi crescendo. As reivindicações aumentavam, a medicina progredia, a legislação social foi surgindo. E assim a saúde ocupacional foi se firmando como uma parte importante da saúde pública.
Desde os tempos de Ramazzini e Pott, o número de doenças profissionais só cresceu.

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