Primeira mulher a ser agraciada com o título de Intelectual do Ano da União Brasileira de Escritores

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Mulheres que fizeram história no século XIX
Cora Coralina (1889-1985)
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs, pseudônimo Cora Coralina, nasceu em Goiás Velho, antiga capital do estado de Goiás, em 20 de agosto de 1889. Quando jovem, interessou-se por poesia e romances lendo tudo o que lhe chegava às mãos.
Aos 14 anos, começou a escrever pequenos poemas ou “escritinhos”, como os chamavam, o que não era bem-visto pela família. Publicou em 1965 o livro “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais” que teve mais de 10 edições nos anos seguintes. Nele destaca-se o “Poema do Milho” que exalta a natureza e “Poema da Vida”. Onze anos depois compõe ”Meu Livro de Cordel”.
Aos 70 anos, com problemas financeiros, decidiu fazer doces de frutas para vender. Tinha orgulho de jamais ter escrito para se lamentar da vida. Preferia, ao invés, louvar as coisas da terra e sua gente.
Na década de 80, passou a se corresponder com o poeta Carlos Drummond de Andrade que admirava seu talento, a qualidade do seu caráter e a considerava uma mulher de espírito.
Cora Coralina foi homenageada no Festival Nacional de Mulheres nas Artes e recebeu o título de doutora honoris causa, concedido pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Em 1983, lança Vintém de Cobre-Meias Confissões de Aninha”, recebendo em seguida o título de Intelectual do Ano da União Brasileira de Escritores e o troféu Juca Pato, tendo sido a primeira mulher a ser agraciada com eles.

(Fonte:”Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a Atualidade”, coordenação de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, editora Jorge Zahar Editor.)
Sites:
Mulher Governo
(http://www.redegoverno.gov.br/mulhergoverno/)
Biblioteca Virtual
(http://www.prossiga.br/bvmulher/cedim/)
(Fonte: Redação Terra – março/2002)

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