Primeira descoberta de porte na plataforma continental

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Primeira descoberta de porte na plataforma continental

O modesto retorno das bacias terrestres indicava a necessidade da saída para o mar, onde as onde as primeiras pesquisas iniciaram em 1957. Em fins de 1966, a Petrobras deu um passo importante nessa direção, com a construção da plataforma de perfuração Petrobras I, para operar a profundidades de até 30 metros. Mas foi o período entre 1967 e 1968 que marcou o verdadeiro início da exploração sistemática da plataforma continental.
Nesse período, a maioria das bacias marítimas foi coberta pelas equipes de pesquisa da Petrobras, usando o método de sísmica de reflexão em suas porções rasas. Em 1968, iniciou-se a perfuração do primeiro poço, na costa capixaba.
As análises dos dados sísmicos processados mostraram uma série de locais propícios à acumulação de óleo e gás na plataforma continental. Sem conseguir bons resultados no poço do Espírito Santo, a plataforma de perfuração foi deslocada para o litoral de Sergipe. Lá, já no segundo poço perfurado no mar brasileiro, ocorreu a primeira descoberta: o campo de Guaricema, que deu início à tradição de batizar com nomes de peixes as descobertas no mar.
Depois de Guaricema, ocorreram outras descobertas no litoral do Nordeste: em 1970, os campos de Caioba, Camorim, Robalo e Dourado, em Sergipe; em 1973, Ubarana, no Rio Grande do Norte.
O sucesso inicial nas bacias marítimas fez a exploração submarina avançar ainda mais. A crise de 1973, a primeira crise mundial do petróleo, que eclodiu em novembro, e a demanda global por energia cresceu 240%. Parte dessa procura decorre do aumento demográfico.
A descoberta do campo de Garoupa, em 1974, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, inaugurou definitivamente uma nova fase para a produção de petróleo no Brasil. Ao revelar a Bacia de Campos, mais importante província petrolífera do País, essa descoberta significou o grande marco do sucesso da Petrobras na plataforma continental.
O ano era o de 1973, e o navio-sonda Petrobras II estava perfurando o que seria o último poço da campanha exploratória da Bacia de Campos, depois de sete poços secos. A sonda continuou na Bacia de Campos e, na perfuração do segundo poço (1-RJS-9A), em dezembro de 1974, descobriu o campo de Garoupa. Era o primeiro poço a produzir calcários em reservatórios no Brasil.
Depois de Garoupa, primeira descoberta de porte na plataforma continental, nova expectativa estava a caminho. Em 1975, foi descoberto o campo de Namorado e, em 1976, o de Enchova.
A partir do crescente conhecimento geológico e geofísico da Bacia de Campos, seguiu-se uma série de descobertas: Pampo, Badejo, Bonito, Linguado, Bicudo e Corvina, entre outros.
No início dos anos 1980, a exploração avançou para uma nova fronteira em águas profundas e, mais tarde, em águas ultraprofundas. Logo começaram as descobertas: Marimba e Albacora, em 1984, Marlim, em 1985, Barracuda e Caratinga, três anos depois, e o supercampo de Roncador, em 1996, foram o prenúncio da mais recente fase exploratória e de desenvolvimento da produção.

(Fonte: Isto É – 1907 – 10 de maio de 2006 – Educação – Pág; 37/38/39)

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