Pela primeira vez na história do Mundial de Ginástica Artística, três mulheres pretas subiram ao pódio do individual geral, a prova mais nobre da ginástica artística

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Rebeca Andrade festeja 1º pódio 100% preto no Mundial: “Wakanda Forever”

Prata no individual geral, brasileira celebra participar de pódio inédito junto com americanas Simone Biles e Shilese Jones no Mundial da Antuérpia: “É uma honra”

Rebeca Andrade, Simone Biles e Shilese Jones — (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

 

 

Pela primeira vez na história do Mundial de Ginástica Artística, três mulheres pretas subiram ao pódio do individual geral, a prova mais nobre da ginástica artística. A brasileira Rebeca Andrade ficou com a prata, se colocando entre as americanas Shilese Jones e Simone Biles, que faturou o hexa na final desta sexta-feira, na Antuérpia. Rebeca celebrou o inédito pódio 100% preto.

– Eu tava reparando nisso. Aí, gente. É maravilhoso. Eu amei. Wakanda Forever – disse a ginasta de 24 anos, entre risos, fazendo referência ao filme “Pantera Negra”.

Simone Biles foi a primeira mulher preta campeã mundial do individual geral justamente na Antuérpia, em 2013 – a também americana Gabby Douglas foi a primeira campeã olímpica um ano antes. Dez anos depois, a americana retorna à Bélgica para mais um pódio histórico.

– Nós tivemos um pódio 100% de mulheres pretas, achei isso maravilhoso a mágica das mulheres pretas! Espero qiue isso ensine as meninas que elas podem tudo que elas coloquem na mente. Só seguir treinando forte – disse Simone.

Rebeca Andrade é a única mulher preta além de Simone a ter o título de campeã mundial do individual geral, com a conquista de 2022. Nesta sexta-feira, festejou se manter entre as melhores ginastas do mundo com a prata.

– Para mim, é uma honra. É algo muito grandioso, muito difícil de ser conquistado e é mais difícil ainda se manter nesse lugar. Eu trabalho muito. Eu faço ginástica, porque amo esse esporte. Faço com alegria. Faço por mim e por toda minha equipe. Eles estão sempre trabalhando junto comigo. Não tem como eu não me sentir grata e lisonjeada por hoje representar tudo isso que represento. É uma honra – disse Rebeca.

Daiane dos Santos foi a primeira mulher negra campeã mundial de uma prova por aparelhos ao conquistar o ouro do solo em 2003. Vinte anos depois, como comentarista do sportv, a ex-ginasta se emocionou com o choro de Simone Biles no pódio.

– A emoção da Biles não é somente por ela estar voltando, mas também pelo que representa esse pódio. É resistência dessas meninas lindas, de a gente ver um pódio preto pela primeira vez. As três ginastas mais completas do mundo, são pessoas pretas. Com certeza não foi fácil a vida dessas meninas para elas estarem ali. A gente vê hoje esse legado construído. Felicidade minha por ter sido campeã mundial, ter sido a primeira mulher preta a ganhar uma medalha de ouro em Mundial. Hoje estar aqui. É gratidão por essas meninas terem continuado esse caminho pavimentado. Hoje fazendo esse legado lindo para que outras meninas pretas continuem acreditando que é possível.

Recorde para Rebeca

Com a prata desta sexta-feira, Rebeca chegou a seis medalhas em Mundiais, isolando-se como recordista do Brasil na história da competição. Bicampeão mundial do solo, Diego Hypolito era o recordista antes do Mundial da Antuérpia, com cinco conquistas.

Mais chances de medalhas

Depois de conquistar a prata inédita por equipes femininas na quarta-feira e a prata do individual geral nesta sexta, o Brasil ainda tem mais cinco chances de pódio no Mundial da Antuérpia. No sábado, às 9h (de Brasília), Rebeca está na final do salto, aparelho em que é a atual campeã olímpica. No domingo, também às 9h, Rebeca está na decisão da trave e do solo. Flavinha está na final do solo. Arthur Nory fecha o Mundial na decisão da barra fixa.

sportv transmite ao vivo todas as finais do Mundial da Antuérpia, e o ge acompanha em tempo real os brasileiros nas disputas por medalhas.

(Direito autoral: https://ge.globo.com/ginastica-artistica/noticia/2023/10/06 – GINÁSTICA ARTÍSTICA/ NOTÍCIAS/ Por Guilherme Pereira, Lorena Dillon e Rogerio Romera — Antuérpia, Bélgica – 

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