Paulo Cabral de Araújo, foi um dos maiores entusiastas do direito à informação e da liberdade de imprensa do país

0
Powered by Rock Convert

A trajetória do jornalista Paulo Cabral, do menino ao líder importante na história da comunicação no Brasil

 

 

Paulo Cabral de Araújo

Líder importante na história da comunicação no Brasil. (Foto: Diário do Nordeste / DIREITOS RESERVADOS)

 

 

 

Paulo Cabral de Araújo (Guaiúba (CE), 23 de agosto de 1922 – Brasília, 20 de setembro de 2009), foi um dos maiores entusiastas do direito à informação e da liberdade de imprensa do país, foi o jornalista que presidiu a entidade da Associação Nacional de Jornais (ANJ), entre 1994 e 2000, liderando uma série de inovações na entidade e marcando posição firme em defesa da liberdade de imprensa.

 

Sua gestão à frente da ANJ é reconhecida pela versatilidade e o talento que demonstrava para desempenhar funções de comando. A integridade e a afabilidade do jornalista também são duas das qualidades que o transformaram em um dos nomes mais respeitados da imprensa brasileira.

 

Paulo Cabral de Araújo, jornalista de vanguarda, conduziu por 22 anos o condomínio dos Diários Associados, desde os anos 1930, quando iniciou a carreira de radialista, até 2009, quando morreu em Brasília, após mais de sete décadas de atuação no cenário da comunicação brasileira.

 

À trajetória do homem que nas últimas cinco décadas teve participação marcante nos principais acontecimentos políticos, econômicos e sociais do país.

 

 

Paulo Cabral de Araújo começou a atuar profissionalmente aos 16 anos após passar em concurso público na Ceará Rádio Clube. Exerceu carreira política paralelamente ao jornalismo. O jornalista também foi prefeito de Fortaleza de 1951 e 1955, deputado estadual, sempre como candidato da União Democrática Nacional (UDN) e secretário geral do Ministério da Justiça durante o governo Ernesto Geisel (1974-1979).

 

Natural de Guaiúba (CE), Araújo estava afastado da presidência do Condomínio Acionário dos Diários Associados, cargo que manteve por 22 anos.

No jornalismo, sempre lutou pela verdade na notícia e para que a independência da comunicação pudesse ser importante para a sociedade.
Paulo Cabral começou a trabalhar menino, aos 16 anos, na Ceará Rádio Clube. Brincava que não era bonito, mas pelo menos tinha uma bela voz. E a voz encantava os donos das rádios. No fim da década de 1930, ele ficou entre os três primeiros colocados no concurso público para ingressar no quadro de radialistas da Ceará: fez prova em praça, com direito a público, além da banca. Tudo no improviso, uma prática de que gostava muito.
Mas Assis Chateaubriand gostava demais da voz e da personalidade de Cabral para perdê-lo para a política e, no início dos anos 1960, convidou o amigo, na época com 38 anos, para ser o gerente regional dos Diários Associados em Recife. Chateaubriand havia comprado a Ceará Rádio Clube, em 1944, das mãos de João Demétrio Dummar e conhecia bem o trabalho do funcionário.
De Recife, Paulo Cabral viajou o Brasil. Renunciou ao mandato de deputado para melhor se dedicar ao grupo, morou em Belo Horizonte, voltou para Fortaleza e chegou a passar dois anos fora dos Diários Associados para trabalhar na então Rádio Verdes Mares, na capital cearense. De Fortaleza, foi para o Rio de Janeiro. “E ele já tinha seis filhos nessa época. Não tinha medo de nada. A coragem o levava”, lembra Cláudia, a mais velha das cinco filhas. No total, foram oito filhos.
Cenário político
Brasília entrou para a vida de Cabral em 1975, quando se tornou secretário-geral do Ministério da Justiça a convite do então ministro Armando Falcão. Formado em direito, ele se licenciou dos Diários Associados para retornar ao cenário político. Para as empresas de Assis Chateaubriand, Cabral voltaria em 1980 como procurador-geral do grupo, no qual ficou até 2002.
Quando diretor da Ceará Rádio Clube, em Fortaleza, cargo que ocupou de 1944 a 1951, participou de um momento histórico:
a primeira transmissão de tevê no Brasil, com a inauguração da TV Tupi em 18 de setembro de 1950. “Chatô cometeu um ato da mais extrema ousadia, porque não havia receptores. A RCA não queria vender a ele o transmissor, achavam que o Brasil não tinha mercado. Chateubriand teve que comprar e trazer 200 aparelhos receptores para que as imagens da tevê pudessem ser vistas”, contou em entrevista à TV Senado.

 

Paulo Cabral faleceu em Brasília, em 20 de setembro de 2009, aos 87 anos, vítima de leucemia.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica – NOTÍCIAS / BRASIL / POLÍTICA – 20 SET 2009)

(Fonte: http://www.oestadoce.com.br/opiniao – OPINIÃO / Por Professor Teodoro – Deputado Estadual – 23 de setembro 2009)

(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/08/31 – DIVERSÃO E ARTE – Paulo Cabral de Araújo — A trajetória de uma voz, De Cláudia Araújo – 31/08/2017)

Powered by Rock Convert
Share.