Oswaldo Loureiro, ator e diretor, participou de mais de 140 peças e atuou em mais de 20 novelas da TV Globo

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Com longa carreira no teatro, no cinema e na TV

 

O ator Oswaldo Loureiro em cena da peça “Cmo matar um playboy”, em 1998 – (Foto: Divulgação)

 

Oswaldo Loureiro atuou em mais de 140 peças, 33 filmes e mais de 20 novela na Globo.

Oswaldo Loureiro (Rio de Janeiro, 23 de julho de 1932 – São Paulo, 3 de fevereiro de 2018), ator e diretor.

Oswaldo veio de uma família de artistas: a mãe era cantora lírica, o pai, jornalista e ator; as irmãs, bailarinas do Theatro Municipal.

Sua estreia profissional foi em 1955, aos 23 anos, quando integrava a companhia de teatro de Henriette Morineau, na peça Vestido de Noiva – famosa montagem de Nelson Rodrigues.

No cinema, atuou em mais de 30 filmes, como “O Beijo no Asfalto” (1981) e “O Homem Nu” (1968).

Sua última novela foi “A Lua me Disse”, de 2005.

Perfil

 

Oswaldo Loureiro atuou em mais de 140 peças, 33 filmes e mais de 20 novela na Globo.

Oswaldo Loureiro nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de julho de 1932. Iniciou a sua carreira artística ainda criança, aos 12 anos, quando atuou em filmes como “O Brasileiro João de Souza”, “É Proibido Sonhar” e “Romance Proibido”, todos realizados em 1944.

Com carreira no teatro, no cinema e na TV, ele participou de mais de 140 peças e atuou em mais de 20 novelas da TV Globo, entre elas sucessos como “Sangue e Areia” (1968) e “Véu de Noiva” (1969), de Janete Clair, “Roque Santeiro” (1985), de Dias Gomes, e “Que Rei sou Eu?” (1989), de Cassiano Gabus Mendes, entre outras.

Entre elas, foi destaque em “Sangue e Areia” (1968) e “Véu de Noiva” (1969), de Janete Clair, “Roque Santeiro” (1985), de Dias Gomes, e “Que Rei sou Eu?” (1989), de Cassiano Gabus Mendes.

Como diretor, colaborou com o seriado “O Bem-Amado” (1980-1985), o humorístico “Os Trapalhões” (1982-1988), e o programa de variedades “Batalha dos Astros” (1983).

 

Oswaldo Loureiro na novela ‘Roque Santeiro’ (1985) (Foto: TV Globo / Nelson Di Rago)

 

Presença constante nos palcos, na televisão e no cinema, o último papel do ator havia sido na novela A Lua me Disse, em 2005, quando interpretou o deputado Boaventura. Seu primeiro trabalho foi no filme O Brasileiro João de Souza (1944), ano em que figurou em outros dois longas.

 

Oswaldo Loureiro em ‘A Corrida do Ouro’, de 1974 (Foto: Cedoc/Globo)

 

Loureiro participou de 33 filmes, como O Beijo no Asfalto (1981), O Homem Nu (1968) e Manaus, Glória de uma Época (1963), dirigido pelo alemão Franz Eichorn. Sua carreira televisiva conta com quase 40 participações em novelas, seriados e telefilmes.

 

Oswaldo Loureiro na novela ‘Corrida do Ouro’ (1974) (Foto: TV Globo / Acervo)

 

CARREIRA TEATRAL

 

No teatro, Loureiro foi ativo desde os anos 1950, quando atuou em Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Desde então, fez mais de 140 peças.

Filho de artistas — a mãe era cantora lírica e o pai era jornalista e ator —, Oswaldo se decidiu mesmo pela carreira teatral nos anos 1950, quando ingressou na companhia de Henriette Morineau e estreou na peça “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, em 1955. Em entrevista para o Jornal Hoje, em 1979, ele se disse muito orgulhoso por ter começado no teatro profissional em uma peça de Nelson Rodrigues:

“Vestido de Noiva era um clássico da dramaturgia brasileira, que o Nelson Rodrigues conseguiu fazer possivelmente a peça mais importante do nosso teatro, o que para mim foi uma sorte muito grande”.

O ator voltaria a se encontrar com a dramaturgia de Nelson em mais duas oportunidades, em 1961, em uma montagem para “Beijo no Asfalto”, com direção de Fernando Torres e cenário de Gianni Ratto, e em 1962, em “Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária”, com direção de Martim Gonçalves.

Em 1956, integrou o elenco de “Otelo”, de William Shakespeare, pela Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), com direção de Adolfo Celi. E em 1958 recebe o prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, de ator revelação por “A Fábula do Brooklin”, de Irwin Shaw, dirigido por Geraldo Queirós.

Já nos anos 1960 atua em dramaturgias nacionais e internacionais importantes, como “Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come” (1966), de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, com direção de Gianni Ratto, e “A Ópera dos Três Vinténs” (1967), de Bertolt Brecht. Depois, Em 1967, volta a contracenar com Paulo Autran em “Édipo Rei”, de Sófocles, com direção bem-sucedida de Flávio Rangel.

Mas é nos anos 1970, em meio à ditadura militar, que Oswaldo interpreta alguns dos principais personagens da sua carreira, como o Creonte de “Gota D’água” (1975), de Chico Buarque e Paulo Pontes, em que contracenava com Bibi Ferreira; o protagonista de “Papa Higuirte”, de Vianinha, de quem também faz “A Longa Noite de Cristal” (1976); além do personagem Paco em “Dois Perdidos numa Noite Suja” (1977), de Plínio Marcos.

Já nos anos 1990, seu compromisso com os palcos o levou a se tornar diretor do Teatro Guaíra, em Curitiba, onde desenvolveu o projeto Teatro para o Povo.

 

Oswaldo Loureiro na minissérie ‘Desejo’ (1990) (Foto: TV Globo / Jorge Baumann)

 

NA TV

 

Oswaldo Loureiro dirigiu programas de TV e espetáculos teatrais, e foi presidente do sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro.

Em 1964, Oswaldo estreou na TV em “O Direito de Nascer”, da TV Tupi. Em 1968, integrou uma das primeiras turmas de atores da TV Globo. Na casa, começou interpretando o ranzinza Antônio, em “Sangue e Areia”, de Janete Clair, trabalho seguido pelo mecânico Chico, em “Véu de Noiva”, da mesma autora.

 

Na Globo, estreou como diretor de televisão à frente da novela “Cuca Legal” (1975), de Marcos Rey. Também na direção, colaborou com o seriado “O Bem-Amado” (1980-1985), o humorístico “Os Trapalhões” (1982-1988), e o programa de variedades “Batalha dos Astros” (1983).

 

Oswaldo Loureiro em ‘Uga Uga’, de 2000 (Foto: Nelson di Rago/TV Globo)

 

Entre os pontos altos de sua carreira na TV, estão o personagem Nilo Argolo da minissérie Tenda dos Milagres (1985), o antagonista de Pedro Arcanjo (Nelson Xavier), e o conselheiro Gaston Marny, do Reino de Avillan, na novela “Que Rei Sou Eu?” (1989), de Cassiano Gabus Mendes.

 

LUTA SINDICAL

 

Nos anos 1980, engajou-se na luta sindical pelo reconhecimento da profissão de ator e em defesa da liberdade de expressão, chegando a presidir o Sindicato dos Artistas. Durante os momentos finais da ditadura, em 1983 lutou para manter em cartaz a peça “Vargas”, de Dias Gomes e Ferreira Gullar, afirmando publicamente que os ataques à produção eram um boicote político. Naquele mesmo ano, Oswaldo também ganhou o troféu Mambembe de melhor ator pela atuação na comédia “Motel Paradiso”, onde interpretava um banqueiro inescrupuloso, dirigido por Juca de Oliveira.

 

Oswaldo Loureiro atuou profissionalmente entre 1944 e 2005, quando completou seis décadas de atuação. Seu último trabalho em teatro foi em “A Resistível Ascensão de Arturo Ui”, de Brecht, em uma montagem de 2001 assinada por Moacir Chaves. Já na TV, Oswaldo fez sua última participação em 2005, na novela “A lua me disse”, em que interpretou o deputado Boaventura.

 

Durante a sua carreira, além de atuar e dirigir peças, Oswaldo dirigiu óperas, shows musicais e shows de humor.

Oswaldo Loureiro morreu em 3 de fevereiro de 2018, em São Paulo. Afastado das atividades artísticas desde 2011, Loureiro sofria de Alzheimer e já havia ficado internado por conta do problema.

Ele estava internado no Hospital São Luiz, em São Paulo.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/televisao – TELEVISÃO – CULTURA/ Por O Estado de S.Paulo – 03 Fevereiro 2018)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA/ POR O GLOBO 03/02/2018)

(Fonte: Zero Hora – ANO 54 – Nº 19.003 – 5 de fevereiro de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 31)

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