O primeiro casamento civil entre dois homens no Rio de Janeiro

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O primeiro casamento civil entre dois homens no Rio de Janeiro

E a Justiça os declara “marido e marido”
Cartório no Estácio registrou no dia 24 de agosto de 2011 o primeiro casamento civil entre dois homens no Rio de Janeiro, após juiz dar sentença favorável ao matrimônio.

A história de amor entre Cláudio Nascimento Silva e João Batista Pereira da Silva ganhou nesta quarta-feira o selo da Justiça. Em uma cerimônia simples no cartório da 7ª Circunscrição, no Estácio, eles se tornaram o primeiro casal gay do estado do Rio e o terceiro do Brasil com direito à certidão de casamento.

A troca de alianças chamou a atenção de testemunhas e convidados — cerca de 150. Em vez de um anel para simbolizar a união, o casal optou por duas. “Uma delas é de ouro e a outra de tucum (tipo de madeira), que representa os direitos humanos”, explicou o cabo reformado da Marinha e assistente social, João da Silva, 40 anos. Já o superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Direitos Humanos do estado, Cláudio Nascimento da Silva (ele incluiu o “da” no nome de casado) garantiu que está nos planos a adoção de uma criança. “É preciso planejamento financeiro e controle emocional porque criança exige cuidado, mas queremos”, contou.

Com mais de mil cerimônias matrimoniais no currículo, o juiz de paz Leandro de Oliveira Rodrigues disse que encarou o primeiro realizado para unir um casal gay com orgulhou. “É um marco para a sociedade carioca. São cônjuges e têm direitos iguais a qualquer casal”, explicou Leandro. Com três recepcionistas drag queens na porta, a festa foi realizada em restaurante ao lado do cartório.

União estável celebrada no ano passado
O casal, em união estável desde setembro, pediu a conversão para casamento civil em 1º de julho. Dia 15 de agosto o juiz da Vara de Registros Públicos, Fernando Cesar Ferreira Viana, deu sentença favorável a Cláudio e João, mas a notícia só chegou na sexta passada. Ontem, entre as 6 testemunhas do casamento, estavam o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e o desembargador Siro Darlan.

“Com esse manto de legalidade, eles dão um tapa de cidadania no ódio homofóbico. Depois que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união civil, agora juízes e cartórios a transformam em casamento”, resumiu Minc. “O Brasil precisa ser uma república inclusiva, que respeita a dignidade do ser humano”, concluiu Darlan.

(Fonte: www.odia.terra.com.br – POR RICARDO ALBUQUERQUE – 25/08/11)

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