Niki de Saint Phalle, ficou conhecida pelas irreverentes e coloridas esculturas da fonte do Centro Georges Pompidou, em Paris

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Artista francesa Saint-Phalle era famosa por suas “nanas”

 

Niki de Saint Phalle (Neuilly-sur-Seine, na França, 29 de outubro de 1930 – San Diego, 21 de maio de 2002), artista plástica francesa, conhecida pelas irreverentes e coloridas esculturas da fonte do Centro Georges Pompidou, em Paris. Também teve um perfume lançado com seu nome.

Algumas de suas obras foram expostas no Brasil em 1995 e 1999.

Vida internacional

Conhecida mundialmente por suas grandes esculturas coloridas, as “nanas”, a escultora e pintora francesa era filha de um banqueiro e dona de um nome tão chamativo como suas coloridas esculturas, Catherine Marie-Agnes Fal de Saint-Phalle nascida em Neuilly-sur-Seine, subúrbio aristocrático de Paris, em 29 de outubro de 1930.

Tendo perdido tudo, por conta da crise advinda da quebra da Bolsa de Nova York, em 29, a família se separa até 1933, quando passam a viver juntos, nos EUA -primeiro em Greenwich (Connecticut), depois em Nova York.

Após uma infância rebelde -marcada por interesses literários e visitas ao museu nova-iorquino Metropolitan- e uma juventude estampada nas páginas de revistas como “Vogue” e “Harper’s Bazaar”, para as quais posou como modelo, Niki se casa, aos 18, com o músico (mais tarde escritor) Harry Mathews (1930–2017), com quem teria seus dois filhos.

O casamento a leva de volta à França, onde, recuperando-se de uma crise nervosa, passa a considerar a arte como seu meio de expressão, em 1953. Autodidata, no início da carreira, se interessa por Paul Klee, Picasso e Matisse e trabalha com colagem.

O ano de 1959 é decisivo. É quando entra em contato com a pop art de Jasper Johns, Robert Rauschenberg e Jackson Pollock, que influenciaria seus “quadros-alvo”, nos quais o espectador é convidado a atirar em bolsas de tinta, espalhando cores na tela.

É também nesse ano que se separa de Mathews e inicia colaboração com o suíço Jean Tinguely (1925-1991) -que se tornaria seu marido em 1971.

As primeiras “nanas” viriam em 1965. Inspirada pela gravidez da amiga Clarisse Rivers, Niki de Saint-Phalle passa a questionar o lugar da mulher na sociedade, desenvolvendo as figuras de formas femininas abundantes e cores vivas, que se tornariam sua marca registrada.

O uso de substâncias como o poliéster nas esculturas acabaria debilitando a saúde da artista. Os primeiros problemas respiratórios se manifestam ainda em 67, quando, com Tinguely, desenvolve, para a Exposição Universal de Montréal, “Paraíso Fantástico”.

Além do trio feminino de Hanover, Niki concebeu muitas obras públicas, como o Jardim do Tarô, na Toscana (Itália). Uma das mais importantes é a fonte Stravinsky, ao lado do Centro Georges Pompidou, em Paris. Outra de suas fontes pode ser vista em São Paulo, na Pinacoteca do Estado.

Ex-top model

Nascida em Neuilly-sur-Seine, na França, Niki de Saint Phalle migrou para os Estados Unidos ainda jovem.

No fim da década de 40, ela começou a trabalhar como modelo para revistas de moda americanas e francesas, como VogueElle.

Em 1952, Saint Phalle se mudou para Paris com seu primeiro marido, Harry Mathews, e começou a desenvolver seu interesse pela pintura. Sua primeira exposição individual foi em 1956, na Suíça.

Quatro anos mais tarde, ela se divorciou de Mathews e conheceu o artista suíço Jean Tinguely. Os dois viveram juntos por 11 anos até se casarem, em 1971.

Performática

Na década de 60, a artista desenvolveu a sua “marca registrada” – pinturas que ela realizava atirando tinta sobre a tela, sempre como parte de uma performance.

Saint Phalle também criou um estilo diferente de fazer esculturas, criando grandes peças como as Nanas, figuras exageradas que representavam a “mãe Terra”. Três delas foram encomendadas pela cidade de Hanover, em 1974.

Em 1971, começou a trabalhar com joias. Nos anos 80, Saint Phalle escreveu e ilustrou um livro sobre a Aids, em colaboração com o médico Silvio Barandun. 

Uma de suas últimas obras foram esculturas gigantes inspiradas nas figuras do tarô, colocadas em um parque na Toscana, Itália.

A prefeitura da cidade alemã de Hanover, abriga várias de suas obras.

Em 1974, a instalação de três obras da artista às margens do rio Leine, que cruza a cidade, gerou protestos. Hoje, as estátuas, batizadas de Sophie, Charlotte e Caroline, são encaradas como marco progressista de Hanover.

Niki de Saint Phalle faleceu em 21 de maio de 2002, aos 71 anos, em um hospital de San Diego, nos Estados Unidos, onde vivia desde 94.

O marido de Saint Phalle faleceu em 1991. Poucos anos depois, ela se mudou definitivamente para a Califórnia.

O anúncio da morte -causada por uma longa doença pulmonar, devida a vapores tóxicos de materiais- veio de Hanover, cidade alemã de onde era cidadã honorária.

Em comunicado oficial, o ministro da cultura francês, Jean-Jacques Aillagon, expressou “imensa tristeza” pela morte da artista, “que encarnou, em quase 40 anos de criação, feminilidade, exuberância, provocação alegre e efervescência da vida”.

(Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura – CULTURA – 22 de maio, 2002)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO / ILUSTRADA / ARTES VISUAIS / DA REDAÇÃO / (FA) – São Paulo, 23 de maio de 2002)

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