Marisa Alvarez Lima, fotógrafa da Tropicália, artista registrou o movimento contracultural brasileiro

0
Powered by Rock Convert

A fotógrafa da Tropicália

 

Profissional retratou ícones do movimento, como Caetano Veloso

 

Marisa Alvarez Lima, fotógrafa, jornalista e escritora. Artista registrou o movimento contracultural brasileiro. Marisa se tornou um ícone da Tropicália ao acompanhar de perto o início do movimento e registrá-lo de um ângulo especial. Dona de fotos de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa, a fotógrafa se acostumou a registrar momentos únicos e espontâneos.

 

Marisa foi fotógrafo de muitos artistas da música brasileira. Marisa foi uma importante figura na Tropicália brasileira, tendo feito registros de nomes como Gal CostaCaetano VelosoMaria BethâniaNey Matogrosso e Waly Salomão. Sua carreira começou na revista O Cruzeiro e suas fotos mais icônicas aparecem no livro Marginália: Arte e Cultura na Idade da Pedrada (Salamandra, 1996).

Marisa teve um importante olhar sobre o movimento tropicalista. Ela foi fotógrafa de muitos artistas, entre eles, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Ela era a lente da TropicáliaMarisa Alvarez Lima ganhou o epíteto de mítica por muitas razões, dentre elas a repercussão de seus retratos de artistas, como Erasmo CarlosMaria BethâniaGal Costa e o próprio (e cabeludo) Caetano.

Aos 25 anos, Marisa deu o pontapé inicial na carreira e começou a colaborar com a revista O Cruzeiro, uma das mais cultuadas publicações cariocas do século passado. Dentre todas as movimentações do Rio de Janeiro, ela acompanhou o nascimento da Tropicália e fotografou seus ângulos de forma privilegiada.

 

Como jornalista, Marisa colecionou entrevistas com os criadores do movimento, como Wally Salomão e fez perfis de artistas plásticos ligados ao neoconcretismo, como Hélio Oiticica, que fundara ano antes, em 1959, o Grupo Neoconcreto, com Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape, entre outros. Habitué da cena intelectual e artística no Rio de Janeiro, Marisa fotografou a ebulição daquela juventude que queria romper padrões estéticos rígidos e sisudos, jogando luz na contracultura que nascia debaixo de seu nariz, que virou livro, Marginália, publicado em meados da década de 1990, uma coletânea de artigos que virou raridade, reunido perfis que Marisa escreveu na imprensa carioca.

 

Bem arranjados, ela ambientou uma atmosfera mítica nas capas de disco que fez, como no álbum Mel, de 1979, em que cantora Maria Bethânia aparece de perfil, como nos versos de Cheiro de Amor: E meio louca de prazer lembro teu corpo no espelho/ E vem o cheiro de amor, eu te sinto tão presente…/Volte logo meu amor. Para Bethânia, Marisa fotografou outros belos álbuns, como AltezaPássaro Proibido e As Canções que Você Fez Pra Mim.

Marisa Lima faleceu em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, em decorrência de complicações de um câncer no intestino, em 16 de março com 87 anos.

Nas redes sociais, as cantoras Maria Bethânia e Gal Costa lamentaram a perda.

Segundo revelou o colunista Ancelmo Góis, de O Globo, a fotógrafa morreu em casa em decorrência de um câncer no intestino.

(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/03/16 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / Por g1 Rio e RJ2 – 

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / por Matheus Lopes Quirino / ESTADÃO CONTEÚDO – 

(Fonte: https://rollingstone.uol.com.br/noticia – Rolling Stone Brazil / NOTÍCIA / REDAÇÃO – PUBLICADO EM 16/03/2022)

Powered by Rock Convert
Share.