Marcello Alencar, ex-prefeito, ex-governador do Rio de Janeiro

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O ex-governador e um dos caciques do PSDB no Rio, Marcello Alencar, em foto de arquivo do GLOBO -

O ex-governador e um dos caciques do PSDB no Rio, Marcello Alencar, em foto de arquivo do GLOBO –

 

 

Marcello Alencar (Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1925 – São Conrado, Rio de Janeiro, 10 de junho de 2014), ex-prefeito, ex-governador (PSDB) do Rio de Janeiro

Alencar foi advogado de presos políticos e está entre os oito parlamentares que perderam o mandato entre 1966 e 1969, após o AI5 (Ato Inconstitucional n° 5), que suspendeu garantias constitucionais durante a ditadura militar. Com a Lei de Anistia, ingressou no projeto político do líder de oposição Leonel Brizola (1922-2004) e filiou-se ao recém-criado PDT. Em cerimônias em 2012, ele recebeu simbolicamente o mandato de volta no Senado e na Câmara dos Deputados.

No primeiro governo de Brizola no estado do Rio de Janeiro (1983-1986), Alencar presidiu o Banerj e foi nomeado prefeito da capital, cargo que ocupou até 1986. Em 1989, após o governo de Roberto Saturnino Braga, ele voltou à prefeitura, dessa vez eleito pelo voto popular. Rompeu com o governador Brizola e, em 1994, filiou-se ao PSDB, apoiando no ano seguinte a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República e elegendo-se governador do Rio de Janeiro.

O político governou o Rio de Janeiro 1995 a 1999. Durante esse período, inaugurou a Via Light, que liga a capital ao município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Seu governo também ampliou o sistema de Metrô, com estações da Linha 2 até a Pavuna, e privatizou empresas estatais, como o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj).

Ele também foi senador pelo antigo estado da Guanabara e prefeito do Rio de Janeiro em duas ocasiões. Além disso, o ex-governador foi presidente do PSDB do Rio de Janeiro por duas vezes: seu primeiro mandato foi de 1993 a 1995, e o segundo, de 2001 a 2005.

 

ATUAÇÃO COMO ADVOGADO DURANTE A DITADURA

 

Mesmo atuando na política, Marcello Alencar não deixou de trabalhar como advogado, embora às vezes as atividades se misturassem. Um de seus clientes foi o líder estudantil Vladimir Palmeira — candidato do PT ao governo do estado este ano — para o qual obteve um hábeas-corpus no Supremo Tribunal Federal em 1968. No ano seguinte acompanhou Vladimir quando ele teve que prestar esclarecimentos à primeira Auditoria da Aeronáutica sobre sua participação nas manifestações após a morte do estudante Edson Luís de Lima Souto, assassinado por policiais no restaurante Calabouço, em 28 de março de 1968.

 

Entre seus outros clientes na época, estiveram os jornalistas e ex-deputados Marcio Moreira Alves e Hermano Alves, o crítico de arte Mário Pedrosa e ex-deputados como José Frejat, Ciro Kurtz, Fabiano Villanova e Lysâneas Maciel.

 

Marcello foi advogado também do marechal Henrique Lott, que, após perder a eleição presidencial de 1960 para Jânio Quadros, teve sua candidatura ao governo do antigo Estado da Guanabara em 62 impugnada por falta de domicílio eleitoral (morava em Teresópolis).

 

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), outro participante ativo da luta contra a ditadura, não chegou a ser cliente de Marcello, mas lembra que el sempre esteve ao lado dos movimentos populares.

— Marcello foi o primeiro a chegar à Câmara de Vereadores quando o corpo de Edson Luís foi levado para lá — contou Gabeira.

Ao ser cassado, Marcello perdeu o cargo na Procuradoria Geral do Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (Iapas, hoje parte do INSS), que exercia por concurso desde 1953. Dedicou-se então ao jornalismo, assumindo a direção do decadente “Correio da Manhã”, que arrendara com seus irmãos de Niomar Moniz Sodré Bittencourt. O jornal não demorou a ser fechado.

Marcello Alencar morreu em 10 de junho de 2014, aos  88 anos, por complicações de saúde causadas por três acidentes vasculares cerebrais (AVC), em São Conrado, na Zona Sul carioca. 

(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/06/ Do G1 Rio – 10/06/2014)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/brasil/BRASIL / POR JULIANA CASTRO – 10/06/2014)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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