Luis Carlos Galán, candidato favorito à Presidência da Colômbia às eleições presidenciais de 1990

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Luis Carlos Galán

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Luis Carlos Galán

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Luis Carlos Galán (Bucaramanga, 29 de setembro de 1943 – Bogotá, 18 de agosto de 1989), senador colombiano.

Hoje na História: 1989 – Luis Carlos Galán é morto pela máfia do narcotráfico na Colômbia.

O senador Luis Carlos Galán, candidato favorito às eleições presidenciais de 1990 na Colômbia, é assassinado em 18 de agosto de 1989 pela máfia dos narcoterroristas.

Em resposta, o governo ordena a prisão de numerosas propriedades pertencentes aos chefões do cartel de Medellin e o fechamento da fronteira para impedir a fuga dos traficantes. A máfia, por sua vez, dinamita as sedes dos partidos Liberal e Conservador e multiplica as ameaças de morte. Uma nova guerra entre o governo colombiano e a máfia da droga estava começando.

Em 1982, Pablo Escobar, um homem muito rico, nascido em Antióquia e de antecedentes desconhecidos, era inicialmente membro do Partido Novo Liberalismo de Galán. O senador conhecia detalhes sobre suas atividades ilegais e publicamente o rejeitava diante dos milhares de apoiadores de Antioquia e de toda a Colômbia.
(Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/5760/hoje+na+historia+1989 – Max Altman – São Paulo -18/08/2010)

 

 

 

A GUERRA DA COCAÍNA
Luis Carlos Galán, candidato favorito à Presidência

Líder nas pesquisas de opinião para a sucessão do presidente Virgilio Barco (1921-1997), Galán foi morto com dois tiros no abdômen, diante de 7 000 pessoas, num comício em Soacha, uma cidade a 30 quilômetros de Bogotá.

O atentado, por sua ousadia e dimensão, trazia uma assinatura inconfundível: a da máfia das drogas, a poderosa frente de traficantes de cocaína que espalha a anarquia pela Colômbia e por mais uma boa parte do continente americano.

MUNDO DE FANTASIA – Pelo menos a curta prazo, o efeito obtido pelos traficantes foi oposto ao desejado. Poucas horas depois da morte de Galán, Barco anunciou que a extradição voltava a ser legal na Colômbia, invocando os poderes que lhe confere o estado de sítio em vigor no país desde 1958. A partir daquele momento, o governo tinha o poder de confiscar bens dos traficantes e a polícia poderia deter suspeitos por até sete dias em regime de incomunicabilidade. Em três dias, foram presas quase 11 000 pessoas.

Poucas polícias no mundo tiveram ocasião de contabilizar, em apreensões materiais, a lista de coisas que as autoridades colombianas confiscaram em apenas três dias: 678 armas de fogo, 3 303 baterias de munição, 1 161 carros e caminhões, 4 toneladas de pasta de coca – produto intermediário entre as folhas de coca e a cocaína refinada quimicamente -, 1 086 quilos de cocaína, 62 aviões, dezoito helicópteros, 141 imóveis, trinta iates, treze motocicletas, 42 aparelhos de radiomador e 5 222 animais. Exército e polícia jogaram bruto.

“LUTA COM SANGUE” – Só na década de 80, a máfia colombiana já matou cerca de 250 juízes, funcionários do Judiciário, jornalistas, policiais e políticos. Isso entre as vítimas “graduadas”, cujos nomes se destacam. Os donos da coca colombiana matam quem os denuncia, quem os persegue, quem atrapalha de qualquer maneira seu negócio e, principalmente, quem defende sua extradição para os Estados Unidos – onde eles têm processos permanentemente abertos, que podem colocá-los na cadeia até o fim da vida.

A lista de vítimas inclui o ministro da Justiça Rodrigo Lara Bonilla, em 1984, o jornalista Guillermo Cano, em 1986, o procurador-geral Carlos Mauro Hoyos, em 1988, e Antonio Roldán Betancur, governador de Antioquia, onde fica Medellín, cidade-sede do maior cartel da cocaína.

 

(Fonte: Veja, 30 de agosto de 1989 – ANO 22 – N° 34 – Edição 1094 – INTERNACIONAL – Pág; 44/45 e 46)

 

 

 

 

 

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