José Portela Cruz Delavi, trovador e parceiro de José Mendes na autoria da música Para, Pedro.

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José Portela Cruz Delavi (Triunfo (RS), 1937 – Alvorada (RS), 27 de maio de 2011), trovador e parceiro de José Mendes na autoria da música Para, Pedro.

Nascido em Triunfo, Delavi foi morar em Alvorada aos 17 anos, município em que foi vereador de 1977 a 1989. A carreira musical começou também aos 17 anos, quando ele participou pela primeira vez do programa Rodeio Curinga, da Farroupilha, comandado por Darci Fagundes e por Dimas Costa, improvisando versos e falando na vida do gaúcho do campo e da cidade. Não demorou a brilhar nos desafios de trova, chegando a vencer 25 programas seguidos.

Um fato ocorrido em Santa Rosa mudaria a vida do trovador. Foi lá que viu um músico cego apresentando-se. Um rapaz tentou assaltá-lo, e o músico gritou “Para, Pedro!”. A expressão virou a música mais conhecida de Delavi, composta em parceria com José Mendes (morto em 1974) e gravada em 1967. “Era um baile lá na Serra, na fazenda da Ramada / Foi por lá que um tal de Pedro se chegou de madrugada / Só escutei um zunzum, mas não sabia de nada / Só ouvia mulher gritando: “Este Pedro é uma parada”, diz um trecho da letra, que culmina no conhecido refrão: “Para, Pedro, Pedro, para”.

O bom humor sempre esteve presente no trabalho de Delavi. Em poemas, também investia na comicidade, como neste em que fala do trabalho do trovador: “Nunca pode ser nervoso, nem ter sangue meio quente / Que às vezes o concorrente é frio, é fraco e é urso / Então, perdendo o recurso, se lembra da mãe da gente”.

A composição virou sucesso no país graças ao apresentador Flávio Cavalcanti, que criticou a música em seu programa. O resultado da crítica foi a venda de 6 mil discos só no Rio de Janeiro. Depois, a canção foi regravada por Sérgio Reis, entre outros artistas, e até virou filme. Com o sucesso, Delavi passou a conviver com feras da música regional, como Teixeirinha.

Delavi morreu no dia 27 de maio de 2011, aos 73 anos, de diabetes, em Alvorada. Anos depois de atingir o sucesso, Delavi se aposentou como motorista, mas seguiu no ramo musical até ser abalado pela doença.

(Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br – Memória – 28 de maio de 2011)

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