José Paulo Paes, poeta e tradutor paulista, um dos mais produtivos e versáteis intelectuais do país

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José Paulo Paes, poeta, tradutor, literato

José Paulo Paes: humor fino e generosidade

 

O poeta, tradutor e ensaísta José Paulo Paes, no escritório de sua casa, no bairro de Santo Amaro, em SP (Éder Chiodetto – 24.nov.97/Folha Imagem

 

José Paulo Paes (Taquaritinga, 22 de julho de 1926 – São Paulo (SP), 9 de outubro de 1998), poeta, ensaísta e tradutor paulista, um dos mais produtivos e versáteis intelectuais do país.

 

Autor de “A Poesia Está Morta Mas Juro Que Não Fui Eu” (1988), entre outros, tradutor de pelo menos oito idiomas e membro do Instituto de Estudos Avançados da USP, foi um dos principais poetas brasileiros ao lado de João Cabral de Mello Neto e Ferreira Gullar, Paulo Paes fez parte da chamada “Geração de 45” e se destacou ainda como prolífico autor de teoria, ensaios e como tradutor.

 

Nascido em Taquaritinga, interior de São Paulo, em julho de 1926, formou-se em química industrial em Curitiba e trabalhou por anos no laboratório farmacêutico Squibb.

 

O poeta, tradutor e ensaísta José Paulo Paes era tradutor de oito línguas, era membro do Instituto de Estudos Avançados da USP. Destacou-se como poeta – fez parte da chamada “Geração de 45” – e também autor de ensaios.

 

Estreou em 1947 com a coletânea de poemas O Aluno. Próximo dos principais grupos poéticos brasileiros, como o da geração de 45 e o concretista, ele manteve sua independência no decorrer de toda a carreira.

 

Publicou seu primeiro livro, “O Aluno”, em 1947. O segundo, “Cúmplices”, de 1951, é dedicado à mulher, Dora. Entre suas obras destacam-se “Novas Cartas Chilenas” (1954), “Anatomias” (1967), “Gregos e Baianos” (1985), “Transleituras” e “Poemas da Antologia Grega ou Palatina” (de 1995).

 

O seu primeiro livro é de 1947, “O Aluno”. Em 1995, publicou “Transleituras” e “Poemas da Antologia Grega ou Palatina”.

 

Em 1961, foi trabalhar na editora Cultrix, onde publicou títulos nas áreas de linguística, teoria literária, comunicação e artes visuais.

 

Foi autodidata no aprendizado de línguas -inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, dinamarquês e grego. Traduziu, entre outras, as obras do grego Konstantinos Kaváfis (1863-1933), incluindo “Reflexões Sobre Poesia e Ética”, lançado pela editora Ática.

 

Nos anos 60, incorporou à sua poesia temas sociais (“Poesias Reunidas”, 1961) e flertou com o concretismo (“Anatomias”, 1967).

 

Em 1997, Paes ganhou o prêmio Jabuti pelo livro infantil “Um Passarinho Me Contou” e, em 1998, pela tradução de “Ascese – Os Salvadores de Deus”, de Nikos Kazantzákis.

 

Em 1997, ganhou o prêmio Jabuti pelo livro infantil “Um Passarinho Me Contou” e, em 1998, pela tradução de “Ascese – Os Salvadores de Deus”, de Nikos Kazantzákis.

 

Em seus mais de trinta livros, revelou interesses dos mais variados, da literatura infantil à tradução de clássicos gregos e latinos. Humor fino, generosidade e discrição eram marcas de sua personalidade.

 

Ao se aposentar, em 1981, ele passa a se dedicar às traduções de escritores gregos, dinamarqueses, italianos, americanos e ingleses.

 

Ele traduziu autores do porte de Charles Dickens, Joseph Conrad, Konstantínos Kaváfis, Laurence Sterne, W. H. Auden, William Carlos Williams, Paul Éluard, Hölderlin, Paladas de Alexandria, Edward Lear, Rilke, Lewis Carroll, Ovídio, Níkos Kazantzákis, entre outros.

 

“Se eu dissesse que escrevo por fatalidade, estaria sendo presunçoso. Aconselha a prudência a dizer que escrevo por gosto. Um gosto que o tempo, o benfazejo tempo, houve por bem confirmar em vocação, quem sabe até legítima”, afirmou em depoimento à série “O Escritor Por Ele Mesmo”, do Instituto Moreira Salles, em 97.

 

Paulo Paes faleceu em 9 de outubro de 1998, aos 72 anos, de edema agudo no pulmão, provocado por uma doença cardíaca, em São Paulo.

Paes sofria de uma doença crônica que já havia provocado a amputação de sua perna direita.

 

Por volta das 7h de ontem, ainda consciente, foi levado por sua mulher, Dora Costa, para o pronto-socorro do hospital Beneficência Portuguesa, apresentando dispnéia (dificuldade de respiração).
Às 8h15, foi transferido para a UTI, em estado grave. Os médicos tentaram reanimá-lo por cerca de 30 minutos, sem sucesso.

 

Segundo o médico Haggeas Fernandes, que chefiava o plantão da UTI, a doença cardíaca provocou o entupimento de três artérias coronárias e a dilatação do coração, levando à insuficiência cardíaca e ao aumento de líquido no pulmão causador do edema agudo.
(Fonte: Veja, 14 de outubro de 1998 – ANO 31 – N° 41 – Edição 1568 – DATAS – Pág; 41)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fol/cult – FOLHA DE S.PAULO – CULT / Da Redação Em São Paulo – 09/10/98)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / Por PATRICIA DECIA  da Reportagem Local – São Paulo, 10 de outubro de 1998)

Colaborou o Banco de Dados ²

 

 

 

 

 

José Paulo Paes: poemas breves e repletos de bom humor

José Paulo Paes – um dos mais destacados poetas brasileiros contemporâneos. Rigor estético, espírito crítico, humor e o gosto pela brevidade, suas marcas registradas, combinam-se nos poemas do livro. Por vezes, eles não ultrapassam duas palavras. Paes tratava qualquer tema de forma bem-humorada. Não poupava nem mesmo a religião.

Isso fica claro no poema Promissória ao Bom Deus, um dos melhores do livro, em que o autor revela seu modo peculiar de encarar os Dez Mandamentos. Embora a ironia seja o tom predominante, alguns textos não disfarçam a sensação de que a morte estava próxima – Paes havia tempos lutava contra sérios problemas de saúde.
(Fonte: Veja, 25 de abril de 2001 – ANO 34 – N° 16 – Edição 1697 – LIVROS – Pág; 141)

(Fonte: Veja, 7 de dezembro de 1988 –ANO 21 – Nº 49 –  Edição 1057 – LIVROS – Pág: 145/146)

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