Jerusa Pires Ferreira, autora de inúmeros livros e artigos sobre cultura popular e literatura, um de seus trabalhos mais célebres é Cavalaria em Cordel: O Passo das Águas Mortas

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Professora e ensaísta

Livre docente da USP e também professora da PUC-SP, intelectual deixou marca na pesquisa da cultura popular

 

Ensaísta lançou olhar intelectual sobre cultura do sertão nordestino

Professora se dedicou a levar para o mundo o que chamava de cultura das bordas

 

 

Jerusa de Carvalho Pires Ferreira (Feira de Santana, Bahia, 1° de fevereiro de 1938 – Salvador, 21 de abril de 2019), professora, ensaísta e doutora se dedicou a levar para o mundo o que chamava de cultura das bordas, manifestações populares, como a literatura de cordel, tema de boa parte de suas pesquisas, e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP).

 

Admiradora dos repentistas, a professora de literatura e semiótica se debruçava sobre as composições para estabelecer ligações com grandes obras universais, como “Fausto”, de Goethe, e como eram traduzidas pelos cordelistas para a realidade do sertão.

 

Em um de seus livros mais comentados, “Cavalaria em Cordel: o Passo das Águas Mortas”, Jerusa coloca a literatura de cordel sob perspectiva das narrativas medievais.

 

Jerusa era professora da Escola de Comunicação e Artes da Universidade, bem como professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

 

Autora de inúmeros livros e artigos sobre cultura popular e literatura, um de seus trabalhos mais célebres é Cavalaria em Cordel: O Passo das Águas Mortas, de 1979, relançado pela Edusp em 2017. O livro faz um panorama histórico da literatura de cordel e a relaciona com as histórias de cavalaria do período medieval.

 

Entre outros campos de pesquisa, destacam-se ainda a cultura, oralidade, memória e as relações entre literatura, comunicação e artes. Ela também era tradutora e principal divulgadora dos trabalhos de Paul Zumthor e de Henri Meschonnic no Brasil.

Jerusa nasceu em Feira de Santana, na Bahia, em fevereiro de 1938, e iniciou sua formação acadêmica em Salvador. Ela se mudou para São Paulo nos anos 1970 e concluiu o doutorado em ciências sociais na USP em 1980. Conferencista frequentemente convidada para diversas instituições de pesquisa no Brasil e no exterior, especialmente nas universidades de Limoges, na França, e a Autônoma de Barcelona.

Ela foi casada com o tradutor Boris Schnaiderman, que morreu em 2016 aos 99 anos.

Jerusa Pires Ferreira faleceu em 21 de abril de 2019, aos 81 anos, em Salvador. Ela enfrentava um tratamento contra um câncer.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao – DIVERSÃO / ENTRETENIMENTO – 21 ABR 2019)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/05 – COTIADO / Por Mariana Zylberkan – 3.mai.2019)

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