Ingo Maurer, o gênio das luminárias incríveis, era conhecido como o poeta da luz e considerado um dos lighting designers mais influentes do mundo

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Designer de iluminação

 

Alemão fazia sucesso com criações desde os anos 60

 

Ingo Maurer, na inauguração do Pendulum. (Foto: Stephan Gorlich/Divulgação)

 

 

Ingo Maurer, o gênio das luminárias incríveis

 

Responsável por criações provocativas desde a década de 1960

 

 

Ingo Maurer (Ilha de Reichenau, Alemanha, 12 de maio de 1932 – Munique, na Alemanha, 21 de outubro de 2019), designer alemão, conhecido mundialmente por suas luminárias surpreendentes e provocativas, famoso por suas lâmpadas e produção em iluminação. Maurer era conhecido como o poeta da luz e considerado um dos lighting designers mais influentes do mundo.

 

Nascido em 1932, Maurer se dedicou aos estudos da tipografia, mas, aos 22 anos, interessou-se pelo design gráfico. Em 1966, inaugurou o estúdio Design M e criou o seu primeiro artefato luminotécnico, batizado de bulb. A partir dali, o poeta da luz, como foi apelidado, deu início à série de esculturas luminosas, que seriam sua marca registrada.

 

Premiadíssimo, o designer assinou alguns dos artigos mais relevantes da atualidade – que pararam, inclusive, nos catálogos de museus estrelados. É o caso de Light Structure, Little Black Nothing, YaYaHo, Los Minimalos Dos, Lucellino wall, Wo Bist Du Edison, Porca Miséria e Zettel’z.

Suas criações foram baseadas nos conceitos de surpresa e desorientação. Em 1966, ele projetou o candeeiro de mesa Bulb, ainda produzido hoje. Alguns foram feitos com métodos artesanais, como “Zettel’z” (1997) e “MaMo Nouchies” (1998), parte de uma série de artigos japoneses. Muitos de seus sistemas de iluminação são exibidos no MoMa, Nova York, como o candeeiro de mesa Gulp (1969) e Porca Miseria! (1994), feito de peças de cerâmica quebradas.

 

 

Estúdio Brasil Ingo Maurer. (Divulgação/Casa.com.br)

 

 

Trajetória

 

Maurer nasceu na ilha de Reichenau (no Lago Constança) em maio de 1932, filho de um inventor que patenteou uma máquina para defumar presuntos. Ele foi tipógrafo e, em seguida, designer gráfico na Suíça e Munique (1954-1958), onde em 1960 abriu uma pequena oficina de artesãos, Design M, agora uma empresa internacional chamada Ingo Maurer GmbH.

 

Depois de terminar seus estudos, Maurer fez uma viagem de três anos aos Estados Unidos, onde entrou pela primeira vez no mundo do design. Deslocando-se entre Nova York e São Francisco, trabalhou como designer independente em importantes projetos de design gráfico para empresas como a IBM.

 

Verdadeiro outsider autodidata, estreou oficialmente em 1966, quando projetou o candeeiro de mesa “Bulb”. A inovação tecnológica era vista como uma característica essencial a ser continuamente atualizada e como uma maneira de expressar a beleza contemporânea de uma luz capaz de mover o usuário, despertando memórias e sensações.

 

Concebido como uma lâmpada dentro de uma concha de vidro que imitava a forma da própria lâmpada, “Bulb” também é o produto fundador do sucesso de Maurer. O protótipo, fabricado em uma fundição de vidro em Murano, na Itália, foi apresentado no showroom da Herman Miller em Munique e fez enorme sucesso entre o público e os críticos, permitindo que o Design M iniciasse seus negócios.

 

Ainda produzido hoje, “Bulb” é também a primeira das reflexões de Maurer sobre o reconhecimento do valor figurativo de fontes de luz comuns, transmitidas principalmente por sua produção durante a década de 1970, com projetos como “No Fuss”, “Pollux”, ” Thomas Alva Edison” e “Big M”.

 

 

“Bulb”, por Ingo Maurer. (Divulgação/Casa.com.br)

 

 

Muitos dos trabalhos de Maurer são criados para serem produzidos em massa, enquanto outros são projetados como cópias únicas altamente variadas que levam o conceito de itens pontuais a seus limites, com base em elementos de surpresa e desorientação.

 

Irreverente e provocativo, Maurer rompeu a monotonia pragmática do mercado de iluminação, obrigando os olhos a irem além do senso comum. Seus trabalhos sempre foram pautados pela essência da luz e da tecnologia, arrematados pela estética e pela funcionalidade.

 

A partir de sua metodologia, o designer conquistou exposições permanentes no MoMa e no Museu de Design Nacional de NY, além de chegar a 120 endereços ao redor do globo, dos Estados Unidos a Barcelona, de Pequim a São Paulo.

Em sua última visita ao Brasil, em 2016, Maurer participou do lançamento do Estúdio Brasil Ingo Maurer, único endereço na America Latina que possui seu acervo completo de obras, incluindo peças exclusivas feitas especialmente para este projeto.

 

“Mais tarde viajou com bastante frequência para o Japão e para o Brasil, até decidir fazer de Nova York sua casa,  onde morou por mais de 40 anos. “Casa pode ser qualquer lugar que eu me sinta confortável e inspirado. Pode ser Nova York, Paris, São Paulo ou Munique. Estou em casa quando estou com bons amigos. Eu preciso de provocação, que me dê força para ser criativo”, disse certa vez.

 

Ingo Maurer faleceu dia 21 de outubro de 2019, aos 87 anos, na cidade de Munique na Alemanha.

 

Em comunicado oficial, a família ressaltou que seu legado terá continuidade: “Sempre lembraremos dele e continuaremos seu trabalho em espírito’. Seus trabalhos começam na década de 60 e segue produzindo impacto até os dias atuais, por seus conceitos e formatos únicos.

(Fonte: https://casavogue.globo.com/Design/noticia/2019/10 – CASA VOGUE / DESIGN / NOTÍCIA – 22 OUT 2019)

(Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br – HAUS / DESIGN / por Luan Galani 22/10/2019)

Copyright © 2019, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

(Fonte: https://casa.abril.com.br/news – CASA ABRIL / DESIGN / NEWS / PROFISSIONAIS / Por Yara Guerra – 22 out 2019)

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