Militar apontado por Dilma como responsável por tortura
Homero César Machado fazia parte de equipe acusada de ocultar cadáveres na ditadura
Militar foi processado por torturar Dilma durante a ditadura
Homero César Machado (5 de setembro de 1940 – São Paulo em 5 de maio de 2016), militar, capitão do Exército reformado citado em entrevista pela presidente Dilma Rousseff durante a ditadura militar (1964-1985) como uma das pessoas que dirigiam as torturas que ela sofreu.
O coronel de artilharia do Exército nasceu em 5 de setembro de 1940. Entrara no Exército em 1956 e permaneceu no serviço ativo até 1984. Durante o período de um ano – setembro de 1969 a setembro de 1970 – ele comandou a equipe de interrogatório C da Oban, órgão criado em 27 de junho de 1969 em São Paulo para combater os grupos que decidiram se opor clandestinamente à ditadura militar.
Homero, como era conhecido, foi ouvido pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) em 1.º de setembro de 2014. Desde 1979 era acusado por ex-presos políticos de ter chefiado sessões de tortura de prisioneiros em busca de informações que levassem ao desmantelamento de organizações como a Ação Libertadora Nacional (ALN), a Ação Popular (AP) e a Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares).
Em 16 de janeiro de 1970, seus colegas liderados pelo capitão Maurício Lopes de Lima capturaram Dilma em São Paulo, então militante da VAR-Palmares. Mais tarde, Dilma acusaria de tortura Homero. Lima e o major Benoni de Arruda Albernaz.
Relatório da Comissão da Verdade aponta Machado como torturador de ao menos quatro militantes durante a ditadura. Ele foi dirigente e chefe de interrogatório da Oban (Operação Bandeirante) de 1969 a 1970.
“Levei muita palmatória”, disse. Em resposta à pergunta “Quem batia?”, respondeu: “O capitão Maurício sempre aparecia. Ele não era interrogador, era da equipe de busca. Dos que dirigiam, o primeiro era o Homero, o segundo era o Albernaz”. Dilma se referia aos militares Maurício Lopes Lima, Homero César Machado e Benoni de Arruda Albernaz.
De acordo com o advogado, ele negava a participação nas sessões de tortura. Segundo o delegado, com a morte, extingue-se a punibilidade do réu.
Ao saber de sua morte, Derlei Catarina afirmou que rezou por Homero. “Acho que ele era um homem atormentado.”
(Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/05 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / Do G1 São Paulo – 06/05/2016)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil – BRASIL / por Thiago Herdy – 06/05/2016)
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(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2016/05 – POLÍTICA / NOTÍCIA / DITADURA – 06/05/2016)
(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2650 – POLÍTICA / por Estadão Conteúdo – 07/05/16)