Hilton Lopes Gosling, ex-médico da seleção brasileira de futebol.

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Hilton Lopes Gosling (Rio de Janeiro, 1922 – Rio de Janeiro, 23 de abril de 1975), ex-médico da seleção brasileira de futebol. Nascido no Rio de Janeiro, seu amor pelo futebol começou nas peladas de praia e, ao cursar o terceiro ano da Escola Nacional de Medicina, começou a trabalhar no Fluminense, de quem era torcedor e onde ficou até 1951. Em 1956 tornou-se médico da CBD, fazia parte do corpo médico do Bangu e, com Paulo Machado de Carvalho, Carlos Nascimento, Vicente Feola e Paulo Amaral, participou da Comissão Técnica que levou o Brasil ao seu primeiro campeonato mundial, na Suécia. A presença de um médico servia para padronizar as avaliações e diagnósticos. Muitos jogadores que serviam à seleção traziam de seus clubes fichas médicas extremamente imprecisas. O papel atribuído a Gosling e Amaral estava associado ao projeto “cicvilizatório” do selecionado. Se, no imaginário nacional, o homem médio brasileiro era uma figura associada às doenças da miséria, à inanição e às verminoses, o modelo de atleta (e, portanto, do homem brasileiro moderno) que se buscava construir deveria por princípio ser saudável, fisicamente perfeito.

Esteve ainda, nas copas de 1962 e 1966. A absoluta desorganização que provocou o fracasso do selecionado nacional na Inglaterra, porém, fez com que ele se afastasse do esporte. Gosling foi designado pelo presidente João Havelange para estudar as condições preparatórias da Copa do Mundo, na Inglaterra. Ao voltar de Londres, entre tudo o que viu e o que soube. Disse, entre outras coisas que o interesse dos ingleses era tirar os países sul-americanos do campeonato logo de inicio. E foi taxativo: ninguém vai ganhar da Inglaterra; ela está preparadíssima, de todas as formas, para ficar com o título. Conclusão: foram confirmadas as palavras ditas por Hilton Gosling, quando ainda estávamos no Brasil, com o resultado do final da Copa: Inglaterra campeã do Mundo, e Alemanha vice. Lopes Gosling morreu no dia 23 de abril de 1975, de um derrame cerebral, aos 52 anos, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 30 de abril de 1975 – Edição n° 347 – Datas – Pág; 71)

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