Hildegard Knef, trabalhou no departamento de criação de desenhos animados da UFA, estúdio “Hollywood alemã”

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Grande Dama do cinema alemão

Escândalo cinematográfico

O filme alemão “Die Sünderin” (A Pecadora), de 1951, com a jovem atriz Hildegard Knef no papel principal, foi o primeiro escândalo cinematográfico da Alemanha Ocidental.

No período pequeno-burguês do governo Adenauer “tal coisa” devia ser proibida, na opinião da maioria. As cenas de nudez eram curtas, em consideração aos moralistas. Entretanto, provocaram controvérsia sobre moral e decência.

 

Hildegard Knef participou do primeiro filme posterior à derrota nazista, Por Baixo das Pontes, de 1945.

Hildegard Knef participou do primeiro filme posterior à derrota nazista, Por Baixo das Pontes, de 1945.

 

Hildegard Knef, uma diva alemã, conseguiu a façanha de ser bem sucedida em duas carreiras: como atriz e cantora.

Hildegard Knef (Ulm, Alemanha, 28 de dezembro de 1925 – Berlim,  de fevereiro de 2002), cantora e atriz alemã. Ela é considerada uma das mais importantes atrizes alemãs da cinematografia pós-guerra. Além disso, teve uma bem-sucedida carreira como cantora e autora de livros.

Knef foi uma das figuras mais importantes do panorama artístico do pós-guerra alemão. 

Durante mais de 50 anos, Hildegard Knef brilhou e foi consagrada como uma das poucas atrizes a projetar no mundo o show-business e o cinema da Alemanha.

Porém sua vida esteve bem longe de ser um mar de rosas: quando jovem, foi rejeitada pelo padrasto; adoeceu gravemente 56 vezes; superou dois casamentos mal-sucedidos; perdeu toda a fortuna e conheceu a pobreza. Como atriz, viveu momentos de glória e fracasso.

Nascida em dezembro de 1925, em Ulm (sul do país), Knef se mudou para Berlim em 1942, durante a guerra, para trabalhar no departamento de criação de desenhos animados da UFA, estúdio que ficou conhecido como a “Hollywood alemã”.

Estrela de Os Assassinos Estão Entre Nós e Decisão Antes da Alvorada. Participou, inclusive, do primeiro filme posterior à derrota nazista, Por Baixo das Pontes, de 1945.

Em 1951, causou escândalo aparecendo nua em A Pecadora. Hildegard lançou-se na carreira de cantora nos anos 50 a convite de Cole Porter, que a chamou para estrelar um musical da Broadway.

Durante os anos 60, fiemou-se como cantora, mas já na década seguinte estreava na letras com uma autobiografia que se tornou um best-seller instantâneo.

Seu último filme, em 2000, foi Marlene Dietrich – Sua Própria Canção, documentário sobre a musa conterrânea de Hildegard.

 

Carreiras variadas

 

Hildegard Knef nasceu no dia 28 de dezembro de 1925 em Ulm, no sudoeste da Alemanha. Aos 18 anos, queria ser pintora e batalhou por uma bolsa de estudos, contrariando a vontade da mãe.

Mais tarde, conseguiu o financiamento para estudar dramaturgia, deixando a genitora ainda mais indignada. Começou a carreira como desenhista de filmes animados. Depois, passou a frequentar a escola de cinema de Babelsberg, em Berlim.

Quando finalmente estreou no cinema, eclodiu a Segunda Guerra Mundial. A capital alemã transformou-se num inferno. Em meio à cidade bombardeada, conheceu seu primeiro marido, Kurt Hirsch, que a levou para os Estados Unidos.

 

Nudez escandalosa

 

O empurrão decisivo em sua carreira foi o primeiro filme alemão do pós-guerra: Die Mörder sind unter uns (Os Assassinos Estão Entre Nós), de Wolfgang Staudte (1906-1984), em 1946.

Em 1950, aceitou o papel de modelo para estudantes de desenho, no longa Die Sünderin (A pecadora), de Willi Forst (1903-1980). Sua atuação teve grande repercussão, principalmente por uma breve cena de nudez, um escândalo para a época.

A atriz sofreu com a moral vigente, foi discriminada a ponto de não poder mais frequentar restaurantes e outros lugares públicos. A situação tornou-se insuportável, obrigando-a a sair do país. Em Hollywood, foi bem recebida: afinal, era uma estrela internacional, justamente graças ao filme que tanta polêmica gerara na Alemanha.

 

A cantora que não sabia cantar

 

Por sua atuação em Decisão antes do amanhecer (Decision before dawn, 1951), de Anatole Litvak (1902-1974), cogitou-se indicá-la para o Oscar. Os chefões de Hollywood, entretanto, não puderam admitir tanto sucesso para uma alemã, tão logo após o término da guerra.

Em 1954, Hildegard foi procurada por Cole Porter, que queria vê-la no musical da Broadway Silk stockings. A atriz alegou que não sabia cantar, mas acabou cedendo à insistência do compositor norte-americano.

 

 

Atriz em ‘Silk Stockings’, de Cole Porter, 1955Cole Porter

 

 

Enquanto o musical era um sucesso, sua vida pessoal mergulhava em crise. Separou-se de Hirsch, casando-se com o ator norte-americano David Cameron. A segunda separação lhe custou toda a fortuna. Para ela e a filha Tinta, isto significou um recomeço, do zero. E desta vez, como cantora.

 

 

Figura cult

 

Ao completar 75 anos, no ano 2000, Hildegard provou que era capaz de dar a volta por cima. Casada com Paul Schell, 20 anos mais novo, ela comemorou uma carreira de glórias e muita luta com o lançamento do CD 17mm. Assim rompia 20 anos de silêncio discográfico e fazia jus a sua filosofia pessoal: “Jamais desistir”.

As numerosas aparições “como ela mesma” – inclusive num filme sobre Marlene Dietrich de 2000 –, e o sucesso de seus livros autobiográficos provam o status cult alcançado por Hildegard Knef.

Hildegard Knef morreu em  de fevereiro de 2002, em decorrência de uma pneumonia, aos 76 anos na cidade de Berlim. A artista estava internada na Clínica Heckeshorn de Doenças Pulmonares, em Berlim. Há anos, ela vinha lutando com o câncer e uma severa moléstia das vias respiratórias.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – PERSONALIDADE – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – 2 de fevereiro de 2002)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema – 20020201p144 – CULTURA – CINEMA – AGÊNCIA ESTADO – 1º de fevereiro de 2002)

(Fonte: http://www.dw.com/pt-br – Deutsche Welle – CALENDÁRIO HISTÓRICO – 28 de dezembro)

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