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Ex-presidente da França

Considerado arquiteto da integração europeia, governou o país entre 1974 e 1981

Presidente entre 1974 e 1981, foi um dos principais arquitetos da integração europeia no início dos anos 1970, e lançou junto ao ex-chanceler da Alemanha Ocidental Helmut Schmidt as bases para a moeda única do euro.

O ex-presidente francês Valéry Giscard d’Estaing em foto de 20 de junho de 2019 — (Foto: Jacques Demarthon/AFP)

Valéry Giscard d’Estaing (Coblence, Alemanha, 2 de fevereiro de 1926 – 2 de dezembro de 2020), ex-presidente da francês, foi um dos arquitetos da integração europeia no início dos anos 1970.

Eleito presidente aos 48 anos, para suceder George Pompidou (de quem foi ministro das Finanças), era considerado seguidor do general Charles de Gaulle, que liderou a resistência francesa ao nazismo e defendia o conservadorismo de costumes e a forte presença estatal na economia.

Giscard, que comandou a França de 1974 a 1981 era conhecido por liderar a modernização da sociedade francesa durante seu mandato na Presidência, incluindo medidas como o divórcio por consentimento mútuo e a legalização do aborto, e foi um dos arquitetos da integração europeia.

Eleito presidente aos 48 anos, ele chegou ao poder após anos de comando Gaullista e buscou ser liberal na economia e nas atitudes sociais.

Durante a campanha, em que derrotou o socialista François Mitterrand, candidato da coalizão de esquerda, Giscard adotou uma comunicação moderna que o apresentava como um político jovem e dinâmico que representava a renovação diante de seus adversários.

Giscard era conhecido por liderar a modernização da sociedade francesa durante seu mandato na Presidência, incluindo medidas como o divórcio por consentimento mútuo e a legalização do aborto, e foi um dos arquitetos da integração europeia.

Ele perdeu a candidatura à reeleição, no entanto, para o socialista François Mitterrand. Em um debate com Mitterrand na televisão, ele disse uma frase que ficou famosa: “O senhor não tem o monopólio do coração”. Venceu com 50,81% dos votos.

Quando tomou posse, em 27 de maio de 1974, o recém-eleito declarou sem modéstia diante do Palácio Eliseu: “A partir deste dia, data uma nova era da política francesa.”

Também deixou marcas no plano institucional – foi em seu governo que Paris teve seu primeiro prefeito eleito, e não designado pelo Estado.

Filho de um funcionário público e neto de um deputado, o ex-presidente estudou filosofia e matemática e lutou na França e na Alemanha, o que lhe rendeu uma medalha de guerra.

Formou-se em administração e, em dezembro de 1952, casou-se com Anne Sauvage de Brantes.

Giscard foi ministro da Economia e das Finanças nos anos do pós-guerra e era chefe de Estado quando o país sofreu com a primeira crise do petróleo, o início do desemprego em massa e o estabelecimento da inflação de dois dígitos.

Giscard dizia ser um apaixonado amante da literatura e foi leito membro da Academia Francesa de Letras, em 2003, para ocupar a cadeira deixada da vaga pelo ex-presidente de Senegal Léopold Sédar Senghor, morto em 2001.

Foi autor de um romance de grande sucesso, “Le Passage” (A Passagem, de 1994), e de vários ensaios políticos, em particular “Democratie Française” (Democracia Francesa, de 1976).

Sua última aparição pública foi em 2019 no enterro do também ex-presidente Jacques Chirac (1932-2019), que foi o primeiro-ministro do seu governo de 1974 a 1976.

Giscard d’Estaing faleceu aos 94 anos.

Giscard havia sido hospitalizado recentemente em Tours, no oeste da França, e estava em tratamento na unidade de cardiologia, segundo a rádio Europe 1, que primeiro noticiou a morte.

Michel Barnier, negociador da União Europeia com o Reino Unido sobre a saída do bloco, disse que, para Giscard, “a Europa precisava ser uma ambição francesa, e a França, uma nação moderna”.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/12 – MUNDO / por REUTERS – PARIS – 2.dez.2020)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/02 – MUNDO / NOTÍCIA / Por Reuters – 02/12/2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.886 – 5 E 6 DE DEZEMBRO DE 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 27)

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