Foi pioneiro no estudo de maconha medicinal

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Elisaldo Carlini, médico pioneiro no estudo de maconha medicinal

 

Elisaldo Carlini foi condecorado pelo ex-presidente FHC por suas pesquisas acadêmicas sobre maconha
(Imagem: José Luiz Guerra/Imprensa-Unifesp)

 

 

Elisaldo Luiz de Araujo Carlini (Ribeirão Preto, 09 de junho de 1930 — São Paulo, 16 de setembro de 2020), médico, professor  e pesquisador, maior especialista no uso medicinal e científico da maconha no Brasil.

 

Carlini foi um dos pioneiros nos estudos da maconha medicinal. Foi um dos maiores especialistas em entorpecentes do Brasil, tendo estudado os efeitos da maconha e de outras drogas em nível experimental durante toda sua vida profissional.

 

Suas descobertas foram tão importantes que ele chegou a ser 12 mil vezes citado em artigos internacionais e recebeu grandes prêmios, como as duas condecorações entregues no Palácio do Planalto pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

Além de pesquisador e professor na FCMSCSP, Carlini também foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e membro do Conselho Econômico Social das Nações Unidas (ECOSOC/ONU).

 

Carlini formou-se em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) em 1956, instituição na qual é professor emérito. Foi professor do Departamento de Farmacologia e fundou o Departamento de Psicobiologia da EPM, além de ter fundado e dirigido o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

 

O médico também foi membro do Departamento de Medicina Preventiva da EPM e contribuiu para a formação do Instituto de Ciências Ambientais Químicas e Farmacêuticas, Campus Diadema da Unifesp.

 

Além disso, Carlini foi orientador de diversos programas de pós-graduação, tendo formado gerações de pesquisadores e cientistas. Até seu falecimento estava atuando como orientador de mestrado e doutorado do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp.

 

Referência nacional

 

Carlini formou-se em Medicina pela Escola Paulista de Medicina (EOPM/Unifesp) em 1956, instituição na qual era professor emérito. O médico dedicou sua carreira ao estudo de entorpecentes, em especial, a Cannabis medicinal e era um dos pesquisadores mais respeitados internacionalmente no tema.

 

No início da década de 1970, um grupo brasileiro liderado pelo Carlini descobriu que o CBD tinha efeito antiepiléptico. Essa foi a primeira ação farmacológica descrita do CBD, mas que ficou “adormecida” por muitos anos.

 

Foi condecorado duas vezes pela Presidência da República por seu trabalho científico, foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e membro do Conselho Econômico Social das Nações Unidas (ECOSOC/ONU). Teve mandatos como membro do Expert Advisory Panel on Drug Dependence and Alcohol Problems, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Sua obra contribuiu para a criação do PL 399/2015, que traz a possibilidade de cultivo e produção de remédio à base de Cannabis em nosso país. Inclusive, existe um abaixo-assinado que solicita que a Lei tenha o nome de Lei Elisaldo Carlini, prestando devida homenagem ao pioneiro nos estudos sobre a Cannabis para controle de epilepsia no Brasil.

 

Carlini tinha 91 anos e deixa “um legado de mais de 50 anos dedicados ao estudo de drogas psicotrópicas no Brasil. Em especial, seus trabalhos sobre a maconha medicinal, colocou o CBD no foco da ciência brasileira e do mundo para o tratamento de convulsões, epilepsia, esclerose múltipla e dor crônica.”, diz nota de pesar do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), fundado por Carlini.

 

Carlini faleceu em 16 de setembro aos 91 anos.

 

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.819 – 18 SETEMBRO 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 23)

(Fonte: https://veja.abril.com.br/saude – SAÚDE / Por Da Redação – 17 set 2020)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/09/16 – COTIDIANO / NOTÍCIAS / Colaboração para o UOL, em São Paulo – 16/09/2020)

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