Fez o primeiro transplante de medula entre gêmeos

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Foi pioneiro na técnica que salva a vida das vítimas da leucemia

Edward Donnall Thomas (Waco, 15 de março de 1920 – Seattle, 20 de outubro de 2012), cirurgião americano que desenvolveu a técnica de transplante de órgãos e levou o Nobel de Medicina e Fisiologia de 1990, contou com a ajuda de um importante produto da química para chegar ao prêmio – uma droga chamada ciclosporina, desenvolvida nos anos 70 e posta em uso no início dos anos 80. Um remédio que combate a rejeição. Com isso, os transplantes puderam ser feitos de maneira mais segura e arquivaram técnicas em desenvolvimento, como a implantação de órgãos artificiais.

O oncologista Thomas fez o primeiro transplante de medula entre gêmeos em 1956. Foi pioneiro na técnica que salva a vida das vítimas da leucemia, o câncer das células sanguíneas. O tratamento de quimioterapia mata as células cancerosas e também as sadias do sangue, inclusive a medula óssea, que produz as chamadas células-mães dos glóbulos vermelhos e brancos do sangue.

O tratamento consiste em retirar com uma seringa a medula de um osso da bacia do doador. Em seguida, misturam-se as células retiradas a uma porção de sangue e se injeta a medula na corrente sanguínea do paciente. O perigo resulta de dois fatores – o paciente pode desenvolver rejeição à medula que recebeu e ter seu organismo atacado pela medula transplantada, pois ela também é dotada de defesas imunológicas próprias. Quando doador e receptor são gêmeos idênticos, os casos de cura chegam a 90%. Nas demais situações, a cura da leucemia se dá em 30% dos casos.

(Fonte: Veja, 17 de outubro de 1990 – ANO 23 – Nº 41 – Edição 1152 – PRÊMIO NOBEL – Pág: 82)

 

 

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