Elza Soares, era ícone da música brasileira, é considerada uma das maiores artistas do mundo, já tendo sido eleita a Voz do Milênio

0
Powered by Rock Convert

Considerada a ‘voz do milênio’, cantora era ícone da música brasileira, dedicou-se ao samba e se aproximou de estilos que vão do jazz ao hip hop.

 

Ícone da música brasileira que ao longo de mais de seis décadas de carreira, cantora lançou 34 discos e se manteve na ativa e engajada politicamente até o fim da vida.

 

Elza Soares (Vila Vintém, Rio de Janeiro, 23 de junho de 1930 – Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2022), cantora e compositora da música brasileira, é considerada uma das maiores artistas do mundo, já tendo sido eleita a Voz do Milênio.

 

Elza Gomes da Conceição é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou no final dos anos 50. O início veio como parte da cena do sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse”, em 1959.

Nos 34 discos lançados, ela se aproximou do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e diz que a mistura é proposital. O último disco lançado foi “Planeta Fome” em 2019.

“Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante”, comparava Elza. “Eu acompanho o tempo, eu não estou quadrada, não tem essa de ficar paradinha aqui não. O negócio é caminhar. Eu caminho sempre junto com o tempo.”

Trajetória

Nascida em 1930, filha de uma lavadeira e de um operário, Elza Gomes da Conceição viveu desde cedo a pobreza.
Aos 12 anos, foi obrigada pelo pai a se casar e, aos 13 anos, teve o primeiro filho. Aos 21 anos ficou viúva e já havia perdido dois dos quatro filhos, devido à fome.

Começou a cantar na década de 1950 e, em 1999, foi eleita a “Voz do Milênio” em uma pesquisa da Rádio BBC, de Londres.

O primeiro sucesso foi “Se acaso você chegasse”, em 1959. Embora tenha começado a carreira no samba, ao longo de seus 34 discos lançados, se aproximou de ritmos como jazz, música eletrônica e hip hop. Seu último álbum foi Planeta Fome, em 2019.
Elza também foi casada com o jogador de futebol Garrincha, de 1966 a 1982. Ela sofria violência doméstica e, após tentar ajudar o marido a largar o alcoolismo sem sucesso, resolveu se separar, para dar um basta nas agressões. Juntos eles tiveram dois filhos, um deles morto em um acidente de carro.

 

História de Elza Soares

 

Elza Soares começou na vida artística em 1953, quando fez seu primeiro teste no programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupy. Também trabalhou na Orquestra Garam Bailes, na Rádio Vera Cruz e no Festival Nacional da Bossa Nova.

 

Em uma carreira marcada por altos e baixos, Elza foi eleita a cantora do milênio pela rádio BBC de Londres em 2000 e representou o Brasil na Copa de 62. Em mais de 60 anos de carreira, a artista viveu dramas na vida pessoal – como a agressão que sofria de Garrincha e a morte do filho do casal -, foi perseguida pela Ditadura Militar e sofreu um acidente que a deixou com dificuldades de locomoção.

 

Em 2015, Elza Soares lançou o disco “A Mulher do Fim do Mundo”, que ganhou o Grammy Latino e ficou entre os melhores álbuns de 2016 na lista do jornal “The New York Times”.

Desde que lançou o álbum “A mulher do fim do mundo” em 2015, a cantora viveu mais uma fase de renascimento artístico que. “Me deixem cantar até o fim”, pediu Elza em verso da música que batiza o álbum.

Pautada sobretudo pelo suingue da cadência do samba, a primeira fase áurea da cantora abarca discos gravados por Elza nos anos 60 com o cantor Miltinho (1928 – 2014) e com o baterista Wilson das Neves (1936 – 2017).
Fazem parte desta era lançamentos como “O samba é Elza Soares” (1961), “Sambossa” (1963), “Na roda do samba” (1964) e “Um show de Elza” (1965).

Outras fases vieram. Nos anos 70, escolheu cantar o samba de ritmo mais tradicional. A fase rendeu sucessos como “Salve a Mocidade” (Luiz Reis, 1974), “Bom dia, Portela” (David Correa e Bebeto Di São João, 1974), “Pranto livre” (Dida e Everaldo da Viola, 1974) e “Malandro” (Jorge Aragão e Jotabê, 1976).

A artista amargou período de ostracismo na década de 1980 e, quando pensou em desistir de cantar, bateu literalmente na porta de Caetano Veloso, em hotel de São Paulo, para pedir ajuda.

O auxílio veio na forma de convite para Elza participar da gravação do samba-rap Língua (Caetano Veloso, 1984), faixa de álbum pop do cantor, “Velô” (1984).

Essa participação mostrou a bossa negra de Elza Soares a uma nova geração e abriu caminho para que a cantora gravasse e lançasse, em 1985, um álbum menos voltado para o samba, “Somos todos iguais”, com música de Cazuza (1958 – 1990).
Em 2002, sob a direção artística de José Miguel Wisnik, apresentou um dos álbuns mais modernos dela, “Do cóccix até o pescoço”. No ano seguinte, foi a vez de “Vivo feliz”, mais voltado para a eletrônica.

Elza Soares faleceu em 20 de janeiro de 2022, de causas naturais, a cantora e compositora Elza Soares. A artista tinha 91 anos e estava em casa.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE – 20 jan 2022)

(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/01/20 – NOTÍCIA / Por g1 Rio – 20/01/2022)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/musica/noticias – MÚSICA / NOTÍCIAS / ENTRETENIMENTO / por Deutsche Welle – 20/01/2022)

Powered by Rock Convert
Share.