O mestre falsificador
Elmyr de Hory (14 de abril de 1905 – 11 de dezembro de 1976), um dos grandes mestres falsificadores do século 20. Pintor de origem húngara e falsificador de arte que se diz ter vendido mais de mil falsificações de galerias de arte de renome em todo o mundo.
Nasceu Elemer Albert Hoffmann, mas escolheu viver como Elmyr de Hory.
De Hory faleceu em 1976 e foi celebrizado pelo filme F for Fake, realizado sobre ele por Orson Welles, em 1973, e apresentado no Brasil sob o título de Verdades e Mentiras.
Outras vezes, artesãos hábeis como Elmyr de Hory são capazes de copiar o estilo dos mestres, mas com uma diferença – De Hory, como ficou demonstrado no filme de Orson Welles, podia produzir um Modigliani em meia hora, coisa que o próprio Modigliani era incapaz de fazer.
É por isso, porque é uma obra de criação, e não de falsificação, que a obra autêntica tem uma marca, uma vibração transmitida pelo autor, que o falso não consegue reproduzir. O artista está sempre envolvido no ato de criar.
Já um Elmyr de Hory, se tem uma ideia precisa refreá-la – então ele estaria sendo De Hory, e não o mestre que quer copiar. Ele precisa se deter nos traços mais marcantes de um artista.
É esta a diferença entre o criador e o plagiador. Essencial, para o criador, é sempre ir em frente. Para o plagiador, ao contrário, essencial é ir para trás, e carregar de recorr~encias e traços caricatos o artista cujo estilo pretende reproduzir.
(Fonte: Veja, 28 de março de 1984 – Edição 812 – ARTE – Pág; 123 e 127)
(Fonte: mol-tagge.blogspot.com/2011/04/arte-pintura-fake-elmyr-de-hory)