David Herbert Lawrence (1885-1930), autor do polêmico O Amante de Lady Chatterley.

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DH Lawrence

David Herbert Lawrence, autor influente e polêmico, explorou as emoções humanas, a psique e a sexualidade de forma honesta e explícita, derrubando convenções morais. (Foto: AMB Cote d’Azur/ Reprodução)

David Herbert Lawrence (Eastwood, 11 de setembro de 1885 – Vence, França, 2 de março de 1930), autor do polêmico “O Amante de Lady Chatterley”. Lawrence foi um excelente poeta e um péssimo dramaturgo.

Nasceu na região mineira de Eastwood, Nottinghamshire, em 1885. Sua terra natal serviu de paisagem para o romance autobiográfico Filhos e amantes, de 1913.

Em 1912 conheceu Frieda von Richthofen, com quem viveu o resto da vida em vários países, geralmente em precárias condições de saúde e finanças. Seus livros mais famosos são Mulheres apaixonadas (1916) e O amante de lady Chatterley (1928), este último processado por pornografia.

Em mais de mil livros, ensaístas e biógrafos elaboraram uma infinidade de interpretações divergentes sobre a obra de D. H. Lawrence.

Em alguns aspectos, porém, a maioria concorda: sua obra-prima é “The Rainbow”, um romance escrito em 1915. “Canguru” e “A Jovem Perdida” decididamente não figuram entre seus livros essenciais.

Mesmo sem a força de outras obras do autor inglês, “Canguru” (1923) mostra a personalidade de Lawrence. Na verdade, trata-se da vida do escritor e de sua mulher, Frieda von Richthofen.

Em alguns momentos de “Canguru” chega a despontar o gênio de Lawrence (mesmo através das inabilidades da tradução que não esconde sua origem lusitana).

Otimismo – “A Jovem Perdida” (1920), um dos romances mais fracos de Lawrence, sustenta que nenhuma nacionalidade está condenada enquanto o povo comum se mantiver sadio e consciente. Tanto otimismo se expressa através de uma história banal e desinteressante. A heroína, Alvina Houghton, uma solteirona da classe média, sonha com um papel ativo no mundo.

Rebelando-se contra um casamento cômodo, torna-se enfermeira, pianista de cinema e artista de teatros mambembes. Como atriz encontra o amor de sua vida, o italiano Cicio. O mundo convencional ainda acena com um noivado sólido, mas a aventura vence e Alvina parte com Cicio para a Itália.

O próprio Lawrence não se empenhou muito em “A Jovem Perdida”, pois estava absorvido com os trabalhos para a publicação de “Mulheres Apaixonadas”. A história de Alvina, foi o fruto de uma permanência forçada na Itália, devido a um inverno excepcionalmente frio e monótono na região dos Abruzos.

Lawrence morreu em Vence, França, em março de 1930.

(Fonte: Veja, 2 de abril de 1975 – Edição 343 – LITERATURA/ Por Geraldo Galvão Ferraz – Pág; 81)
(Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br/autor/codigo=00272)

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