Dario José dos Santos, é um dos mais folclóricos jogadores da história do futebol brasileiro, mais conhecido como Dadá Maravilha

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Dario: o desengonçado

Dadá Maravilha teve passagem marcante pelo Inter (Foto: Esporte Interativo/Divulgação/Inter)

Dario José dos Santos, mais conhecido como Dadá Maravilha (Rio de Janeiro, 4 de março de 1946), folclórico centroavante do Galo (onde foi campeão brasileiro em 71 e mineiro em 70 e 78), artilheiro por três vezes do Brasileirão (em 71, pelo Atlético Mineiro marcou 15 gols,  em 1972, também pelo Galo, marcou 17 gols e, em 1976, pelo Sport Club Internacional, marcou 16 gols), reserva de Pelé e Tostão na Seleção Brasileira, é um dos mais folclóricos jogadores da história do futebol brasileiro.

Nascido em Marechal Hermes, bairro planejado de classe média da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Fundado em 1913, foi o primeiro bairro operário do Brasil.

“Plantei postes para a light, depois fui carregador de caixas na fábrica de bebidas Dubar”, conta. E, em 1967, tentava a sorte e o futuro no futebol, batendo às portas do Campo Grande, na zona rural da Guanabara. O técnico Gentil Cardoso viu-o correr desengonçado, sem pescoço, atrás da bola, e lhe deu então um conselho: “Rapaz, vai para casa, para bola você não dá.”

Dias depois Gentil seria substituído por Gradim, menos preocupado com a estética de seus jogadores, e ele chegava a titular. Estreou na vitória do Campo Grande sobre o Madureira, por 5 a 1, marcando três gols.

Em 1968 foi contratado pelo Atlético Mineiro, onde começou reserva do reserva do limpador de chuteiras”, mas em pouco tempo impôs o seu futebol, sem dribles nem passes geniais, feito apenas de gols (167, em 242 jogos), o que, para ele, era o bastante. “Eu sou o gol, logo eu sou a vida.”

Dario, o criador da solucionática, foi vendido pelo Atlético Mineiro ao Flamengo da Guanabara. Botafogo e Vasco da Gama chegaram a marcar dia e hora para a compra do atacante, enquanto o presidente do Flamengo, André Gustavo Richer, por telefone e dissimulando o interesse, fazia a sua oferta e passava a aguardar o resultado.

No dia 17 de janeiro, às 17 horas, o Atlético Mineiro confirmava a venda por 1,6 milhão de cruzeiros.

(Fonte: Veja, 24 de janeiro de 1973 – Edição 229 – FUTEBOL  – Pág: 51)

 

 

Dadá diz que futebol o salvou da bandidagem e lembra quando viu mãe se matando: ‘Eu tinha cinco anos’

Aos cinco anos, Dadá Maravilha viu a mãe morrer. Mas não foi simplesmente um adeus: ele a viu se matar. E não se se esquece de como tudo aconteceu.

Este é um drama entre tantas histórias de Dario José dos Santos. Aos 71 anos, o ex-centroavante, com passagens por Flamengo, Sport, Internacional, Ponte Preta e muito identificado com o Atlético-MG.

A trágica história de sua infância foi apenas um dos vários relatos feitos por ele na bancada, composta por João Carlos Albuquerque, Celso Unzelte e Claudio Arreguy.

“Minha mãe se suicidou. Ela era doente mental. Marcou para mim. Eu tinha cinco anos e era muito agarrado com ela. Ela “tacou” querosene no corpo, com aquele fogãozinho de duas bocas… O fogo jorrou e eu saí correndo atrás dela. Ela vendo que eu ia morrer, me jogou na vala.”

“Antigamente não tinha saneamento. Caí lá, mexi com cocô na cabeça… Lembro tudo detalhadamente. Fiquei chorando…Minha mãe morreu tostada”, lembrou.

Dario também teve uma das viradas de sua vida marcadas pelo futebol. Nas suas palavras, foi o esporte que o salvou da bandidagem.

“O futebol me salvou porque eu fui bandido. Quando fiz assalto em uma mercearia, eu saí correndo em zigue-zague e o outro cara, meu parceiro de roubo, correu reto, o cara meteu uma bala e ele morreu. Eu já estava jurado de morte. Falei ‘Não tem mais o que fazer, vou largar isso’. Eu larguei a bandidagem e comecei a jogar”, disse.

(Fonte: http://espn.uol.com.br/noticia – 09/05/2017)

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