“Vejo Peter Drucker como o pai da gestão e Warren Bennis como o pai da liderança”, disse William W. George, professor da Harvard Business School e ex-presidente-executivo da empresa de dispositivos médicos Medtronic, em uma entrevista em 2009.

Como consultor, o Professor Bennis foi procurado por gerações de líderes empresariais, entre eles Howard D. Schultz, presidente-executivo da Starbucks, que o considerava um mentor. Os presidentes John F. Kennedy, Lyndon B. Johnson, Gerald R. Ford e Ronald Reagan conferenciaram com ele.

Uma vida inteira de liderança

Bennis estava entre os maiores especialistas mundiais em liderança. Autor prolífico, escreveu quase 30 livros sobre administração de empresas, teoria da gestão e liderança organizacional. “On Becoming a Leader”, uma das obras mais vendidas de Bennis e um clássico venerável na área, foi reimpresso em 2009 e é amplamente considerado um texto seminal. A maioria de suas obras foi publicada durante seus 35 anos de mandato na USC, incluindo “An Invented Life”, que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Pulitzer. Ele atuou como conselheiro de cinco presidentes dos EUA.

Warren Bennis, professor universitário e emérito de Administração de Empresas e autoridade internacionalmente reconhecida em liderança, ingressou no corpo docente da USC em 1979 como professor de administração de empresas e, durante sua gestão, conquistou a rara distinção de ser nomeado Professor Emérito e Professor Universitário.

Foi presidente fundador do Instituto de Liderança Marshall da USC, dedicado a preparar as futuras gerações para os setores empresarial e público por meio de treinamento prático. Também ocupou a Cátedra Joseph A. DeBell em Administração de Empresas de 1982 a 1997. Recebeu a mais alta honraria da USC, a Medalha Presidencial, em 2001.

Um mundo empresarial humano e humanitário

O trabalho de Bennis baseava-se na noção de que uma liderança verdadeiramente inspiradora e poderosa reside na promoção da abertura e do debate, e em dar espaço para que os outros se destaquem. Fundamentalmente, ele acreditava na valorização das pessoas, e suas contribuições para a criação de um mundo empresarial mais humano e humanitário são a base do seu legado.

Bennis era um estudioso incansável, movido por uma paixão profunda e inabalável por seu trabalho. Reconhecido como o progenitor de alguns dos princípios fundamentais da gestão organizacional, ele buscava constantemente expandir os limites de sua área. Mais recentemente, ele vinha trabalhando em estreita colaboração com o reitor emérito da USC, Steven B. Sample, em um livro sobre os importantes efeitos de experiências de fracasso na liderança. Essa busca mais recente fazia parte de seu projeto maior para compreender os limites e pontos cegos que surgem na intersecção entre organização democrática e administração de empresas. Sample e Bennis ministraram juntos uma disciplina nos últimos 14 anos chamada “A Arte e a Aventura da Liderança”.

Incluída na abordagem de Bennis ao ensino e à pesquisa acadêmica estava sua capacidade de implementar suas ideias e conectar a teoria à prática. Isso foi exemplificado por sua observação de que liderança não se ensina, mas se “apreende”. Como líder, ele ensinava por meio de ações e exemplos. Como conselheiro de inúmeros alunos, inúmeros colegas e CEOs de grandes corporações nacionais e internacionais, ele transmitiu sabedoria ao vivenciar sua filosofia de liderança.

Nascido na cidade de Nova York, Bennis cresceu em Westwood, Nova Jersey. Serviu na Segunda Guerra Mundial como oficial de infantaria e foi condecorado com a Medalha Coração Púrpura e a Estrela de Bronze. Obteve seu bacharelado pelo Antioch College em 1951 e seu doutorado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1955. Foi em Cambridge, enquanto atuava como membro do corpo docente, que Bennis e seus colegas começaram a articular o que se tornaria um conjunto inovador de teorias sobre gestão. Foi reitor da Universidade Estadual de Nova York em Buffalo de 1967 a 1971 e presidente da Universidade de Cincinnati de 1971 a 1978.