Considerada a primeira história em quadrinhos

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História das Histórias em Quadrinhos

A HISTÓRIA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

As primeiras manifestações das Histórias em Quadrinhos são no começo do Século XX, na busca de novos meios de comunicação e expressão gráfica e visual. Com o avanço da imprensa, da tecnologia e dos novos meios de impressão possibilitaram o desenvolvimento desse meio de comunicação de massa.

Entre os precursores estão o suíço Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês Georges (“Christophe”) Colomb, e o brasileiro Angelo Agostini. Alguns consideram como a primeira história em quadrinhos a criação de Richard Fenton Outcalt, The Yellow Kid em 1896. Outcalt essencialmente sintetizou o que tinha sido feito antes dele e introduziu um novo elemento: o balão. Este é o local onde se põe as falas das personagens.

Angelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos brasileiros.

Nas primeiras décadas os quadrinhos eram essencialmente humorísticos, e essa é a explicação para o nome que elas carregam ainda hoje em inglês, comics (cômicos).
Algumas destas histórias eram Little Nemo (de Winsor McCay), Mutt & Jeff (de Bud Fisher), Popeye (de E.C. Segar), e Krazy Kat (de Georges Herriman). E vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá).

Os temas das histórias eram basicamente travessuras de crianças e bichinhos, e dessa época vem às designações kid strips, animal strips, family strips, boy-dog strips, boyfamily-dog strips, entre outros.

No final da década de 30, surgiu o primeiro super-herói que possuía identidade secreta, Superman de Siegel and Shuster. Muitos o destacam como o personagem que marca o início da Era de Ouro.

O Superman foi criado em 1933, mas só chegou às bancas em 1938, depois que a dupla vendeu seus direitos para a DC Comics para ser publicado na revista Action Comics 1. Poucos meses depois, teria início a Segunda Guerra Mundial, deflagrada pelas ações expansionistas de uma Alemanha comandada por Adolf Hitler desde 1933. No caldeirão ideológico daqueles anos, os quadrinhos logo despertaram interesses políticos. E o Homem de Aço, como um dos principais representantes desta forma de arte tornou-se alvo de polêmicas.

Por causa da irmã de Friedrich Nietzche, os nazistas haviam se apropriado indevidamente de vários conceitos filosóficos deste autor alemão, inclusive o do übermensch que traduzido acaba, de certa maneira sendo similar ao título de Superman, sendo assim, preciso o fim do conflito mundial para que se denunciasse a deturpação do pensamento nietzchiano e se desfizesse o equívoco que pairava sobre o filósofo alemão.

Quando superman surgiu em cena foi logo colhido pela confusão vigente. As pessoas de esquerda no mundo inteiro, desde o princípio, acusaram-no de ser símbolo do imperialismo norte-americano e, de quebra, da arrogância fascista. Já os políticos linha-História, imagem e narrativas
Em 1939 surgiu o herói aquático Namor, o Príncipe Submarino que despontou como o inimigo número um de toda a humanidade por ser um híbrido humano-atlante. Ele teve como oponente o herói cibernético Tocha Humana (um andróide flamejante dotado de avançada tecnologia que ao contato com o oxigênio, podia inflamar-se).

Namor criado por Bill Everett, além de ser um híbrido era dotado de super-força, domínio sobre os seres do mundo aquático, possuía o dom de voar e capacidade de respirar dentro e fora d”água.

O Tocha Humana, por sua vez, apareceu pela primeira vez na Marvel Comics 1, numa história escrita e desenhada por Carl Burgos. Apesar do nome, ele não era realmente humano, mas um robô confeccionado pelo Prof. Phineas Horton.

A interferência do governo que na época se deparava com a Segunda Guerra Mundial mostra como os Comics chamaram atenção das autoridades que perceberam o fascínio e a preocupação de seu poder como comunicação de massa.

No período de 1940 até 1945 foram criados aproximadamente quatrocentos superheróis, mas nem todos sobreviveram. O campo evoluiu, expandindo suas fronteiras e tornando-se parte da cultura de massa. Dois merecem destaque: Batman, criado em 1939 por Bob Kane, uma figura sombria (inspirada na máquina voadora de Da Vinci e no Zorro) cuja fama ultrapassaria a do Superman nos anos 80, e o Capitão Marvel/, de C.C.Beck, um jovem que ganhava poderes mágicos toda vez que falava a palavra Shazam!,

Na capa de sua primeira revista ele combatia o próprio Adolf Hitler. Ao contrário de outros heróis, que acabaram “recrutados” para lutar na Segunda Guerra Mundial, o Sentinela da Liberdade foi criado especialmente com esse objetivo político.

Desde o início, a única arma que o herói usou foi um escudo. A princípio, quase triangular, esta peça adquiriu, já na segunda edição, o formato circular famoso até os dias de hoje. Em momento algum, o Capitão América usou qualquer outra arma. É como se dissesse, para que todos ouvissem, que a “liberdade” é um valor que tem de ser defendido.

Outro fato curioso e que fala mais do imaginário dos norte-americanos do que da realidade propriamente dita é a escolha do arqui-inimigo do Capitão. A origem de seu oponente era de que o Caveira Vermelha foi treinado pelo próprio Hitler a fim de pôr em prática os interesses do 3° Reich.

No entanto, os nazistas sempre pregaram a superioridade ariana como um dos princípios-chave de sua ideologia.

Na década de 60 começou a Era de Prata dos quadrinhos que consolidaram a renovação no mundo dos super-heróis iniciada com o novo Flash da DC Comics em meados da década anterior. Logo após retornaram Superman, Mulher-maravilha, Batman, História, imagem e narrativas Aquaman, entre outros.

Devido ao sucesso outros quadrinhistas como Steve Ditko, Don Heck, Gene Colan, John Buscema e John Romita, desenvolveria a infinidade de heróis da Marvel que estão em destaque até os dias de hoje (2006). Dentre os mais conhecidos estão Homemaranha, Hulk, Thor, Homem de ferro, X-men, entre outros.

A partir da década de 90, os grandes desenhistas das historias em quadrinhos da atualidade saíram das duas maiores editoras de quadrinhos – a Marvel Comics e a DC Comics – e fundaram a Image Comics (os heróis eram Savage Dragon de Erik Larsen, WildC.A.T.S. e Gen 13 de Jim Lee, Spawn de Todd McFarlane, Cyberforce, Strykeforce, e The Darkness de Marc Silvestri). Este momento trouxe dois marcos para as histórias em quadrinhos americanas, a primeira era a colorização computadorizada e a influência dos Mangás (quadrinhos japoneses) na caracterização dos personagens.

Os desenhistas americanos começaram a sofrer influência dos Mangás em seu traço. Porém, após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 as duas torres gêmeas dos EUA afetou o mercado de quadrinhos americano que decidiram fazer um resgate ao estilo da arte dos pioneiros dos quadrinhos da Era de Prata e da década de 80. Dentre os artistas estavam Jack Kirby, John Romita, Steve Dikto, Sal Buscema, John Byrne e George Perez. Não só a arte dos quadrinhos, mas também os roteiristas e editores decidiram fazer esse resgate também das origens dos personagens.
É fato que nos EUA bem como em outros países devido ao avanço tecnológico do cinema serviu para realizar adaptações desses super-heróis, como exemplo, pode-se citar
Constatine das histórias de quadrinhos de Hellblazer, Hellboy de Mike Mignola, e Homemaranha, Hulk, Superman, Batman, Demolidor, Elektra, Liga Extraordinária, Do Inferno, V de Vingança, Estrada para Perdição, Quarteto Fantástico, Spawn, X-men que se firmam, expandem e propagam ainda mais esse meio de comunicação de massa.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.276 – CULTURA/ Por Francisco Dalcol – 26 de janeiro de 2013 – Pág; 4/5)
(Fonte: http://www.maniadecolecionador.com.br – Coleção, pesquisa e texto J.A.O. /MDC – 1° de janeiro de 2007)
(Fonte: http://fernandopetrauskas.blogspot.com.br/2011/10 – 25 de outubro de 2011)

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