Carmo de Souza, bicampeão mundial de basquete, conhecido como o Rosa Branca

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Rosa Branca, foi um dos melhores atletas da geração bicampeã mundial pela seleção brasileira

Ala, que se destacava por versatilidade e tiros de longe, ganhou 2 bronzes olímpicos e até convite do Harlem Globetrotters

Rosa Branca, que defendeu a seleção brasileira por 12 anos, em treino do time no Chile, em 1959 (Foto: Folha Imagem)

Rosa Branca, que defendeu a seleção brasileira por 12 anos, em treino do time no Chile, em 1959 (Foto: Folha Imagem)

Carmo de Souza (Araraquara, 19 de julho de 1940 – São Paulo, 22 de dezembro de 2008), bicampeão mundial de basquete, conhecido como o Rosa Branca.

Além dos títulos em 1959 e 1963, Rosa Branca disputou só outro Mundial, em 1970. Em sua despedida no torneio, conquistou o vice-campeonato em uma equipe que contava também com Hélio Rubens, Wlamir e Ubiratan.

Bicampeão mundial com a Seleção Brasileira de Basquete, em 1959 e 1963, ganhou também duas medalhas olímpicas de bronze, em 1960 e em 1964.

O apelido Rosa Branca surgiu na infância, por conta de ele ser parecido com um motorista do presidente Getúlio Vargas, que era conhecido dessa forma. Cedo, o espigado garoto, que chegaria a 1,89 m, despontou para o basquete, já em São Carlos.

Rosa Branca, que deixou São Carlos em 1959 para atuar pelo clube do Parque Antarctica, integrou a geração mais vitoriosa do basquete do país. Defendeu a seleção brasileira por 12 anos, tendo sido bicampeão mundial (1959 e 1963) e duas vezes medalha de bronze na Olimpíada (Roma-1960 e Tóquio-1964).

A precisão de seus tiros de longa distância atraíram a atenção dos EUA. Por duas vezes, o ala recusou convite para atuar no Harlem Globetrotters.

Pela seleção, Rosa Branca também levou duas medalhas em Pans: um bronze na Cidade do México-1955 e o vice-campeonato em São Paulo-1963. Foi tetracampeão sul-americanos em 1958, 1960, 1961 e 1968.

Em clubes, viveu sua melhor fase a partir de 1963, quando se transferiu para o Corinthians.

“Houve um desmanche no Palmeiras, e sobraram só uma base com eu, Mosquito e Edson Bispo”, lembra Jatyr Schall, outro ex-colega de clube e seleção.

Pela equipe do Parque São Jorge, Rosa Branca conquistou cinco títulos do Paulista e três da Taça Brasil, antecessora do atual Nacional. Aposentou-se no Corinthians, em 1971.

“Ele foi um dos destaques do jogo mais memorável daquela equipe, contra o Real Madrid”, rememora Edvar, lembrando de amistoso de 1965 contra o campeão espanhol e europeu.

Foi a primeira vez no país que os dois times superaram os cem pontos. O Corinthians, que também tinha Wlamir, Ubiratan e Renê Salomão no quinteto titular, venceu (118 a 109).

Versátil, Rosa Branca chegou a atuar também de armador e pivô. “Era um jogador completo. Possuía ótimo arremesso de longe, marcava bem e tinha um rebote fantástico”, elogia Carlos Domingos Massoni, o Mosquito, ex-companheiro de Palmeiras e seleção brasileira.

“Hoje falam muito de Wlamir e Amaury. Mas o Rosa Branca foi um dos cinco ou seis melhores jogadores da história do país”, acrescenta o armador.

Carmo de Souza morreu em São Paulo, dia 22 de dezembro de 2008, aos 68 anos, no Hospital Metropolitano de São Paulo por causa de uma pneumonia. Ele, teve uma parada cardíaca e não resistiu.

Carmo de Souza, o Rosa Branca, 68, gostava de brincar que, com a morte dos técnicos Kanela e Moacyr Daiuto (1915-1994), que dirigiram a seleção brasileira de basquete, logo seus ex-companheiros na equipe seriam “chamados” pelos treinadores.

“Ele dizia para mim e o Mosquito que iria nos convocar. “Estão precisando de armador no céu'”, lembra Edvar Simões, ex-companheiro de seleção, às lágrimas, ao falar da morte do amigo, ontem, em São Paulo, de complicações pulmonares decorrentes de pneumonia.

“Eu era de Sorocaba, e ele, de Araraquara. A gente morava embaixo da arquibancada do [ginásio] João Marigo e ia junto comer numa pensão. Nem imaginávamos onde chegaríamos”, conta Benedito Tortelli, o Paulista, que atuou com o ala também no Palmeiras e na seleção.

“Ele fazia o que queria com a bola. Poderia ter sido melhor do que foi, se tivesse mais disciplina”, relata Paulista, que logo se transferiu para o Vasco e se frustrou por não ter convencido o amigo a seguir para o Rio de Janeiro.

“Eu era rei no Rio. E ele era melhor jogador. Poderia ter ganhado muito mais dinheiro se tivesse ido para lá”, lamenta.

(Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL932745-10406,00- JORNAL NACIONAL – Edição do dia 22/12/2008)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2312200811 – FOLHA DE S.PAULO – ESPORTE/ Por ADALBERTO LEISTER FILHO DA REPORTAGEM LOCAL – 23 de dezembro de 2008)

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“Era um jogador fantástico e foi um amigo inesquecível” 
AMAURY PASOS
ex-companheiro de seleção brasileira

“Se existisse cesta de três pontos na época, ele seria insuperável”
EDVAR SIMÕES 
ex-companheiro de seleção brasileira

“Rosa Branca foi um dos cinco ou seis melhores do país”
MOSQUITO 
ex-companheiro de seleção brasileira

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2312200813 – DA REPORTAGEM LOCAL – (ALF) – FOLHA DE S.PAULO – ESPORTE – FRASES – 23 de dezembro de 2008)

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Título festeja 50 anos 

A morte de Rosa Branca ocorre às vésperas de o Brasil festejar 50 anos de seu primeiro título mundial. No dia 31 de janeiro de 1959, a seleção brasileira ganhava o título, ao bater o Chile por 73 a 49.

Na época, o Mundial contava com um octogonal final. Nele, o Brasil fez a melhor campanha, com cinco vitórias e uma derrota. Entre os triunfos, o time se impôs sobre os EUA, em placar inimaginável à geração atual, por 81 a 67.

O revés ocorreu diante da antiga União Soviética, por 66 a 63, o que deixaria o adversário bem próximo do título. Soviéticos e búlgaros, no entanto, se recusaram a enfrentar Taiwan por questões políticas. Acabaram eliminados.

Mas, se havia dúvida sobre a supremacia nacional, ela seria dirimida quatro anos depois, quando a seleção ganhou o bicampeonato, no Rio de Janeiro.

Rosa Branca, com 18 anos em 1959, tinha pouca chance de atuar em uma equipe que contava com Amaury, Wlamir, Algodão, Waldemar e Edson Bispo.

“Éramos os mais jovens daquele grupo. Só entrávamos quando era necessário”, conta Jatyr Schall.

“Antigamente não havia essa cultura de trocar tanto os jogadores na quadra. Quando muito, atuávamos meio tempo”, acrescenta.

Prestes a completar seu cinqüentenário, aquele time já perdeu, além de Rosa Branca, Fernando Brobró, Zezinho, Waldemar, Otto e Algodão, além do técnico Togo Renan Soares, o Kanela.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2312200813 – DA REPORTAGEM LOCAL – (ALF) – FOLHA DE S.PAULO – ESPORTE – 23 de dezembro de 2008)

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