Boris Schnaiderman, foi o grande responsável por difundir a literatura russa no Brasil com suas traduções diretas

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Intelectual era pioneiro e traduziu Tolstói, Dostoiévski, Tchekov e Púchkin.

Ele foi um dos pioneiros na difusão da literatura russa no Brasil

O tradutor Boris Schnaiderman em sua casa em Salvador, em imagem de arquivo de janeiro de 2000 (Foto: Valter (Fontes/Coperphoto/Estadão Conteúdo/Arquivo)

O tradutor Boris Schnaiderman em sua casa em Salvador, em imagem de arquivo de janeiro de 2000 (Foto: Valter (Fontes/Coperphoto/Estadão Conteúdo/Arquivo)

Foi pioneiro na tradução do russo para o português

Boris Schnaiderman (Úman, na Ucrânia, 17 de maio de 1917 São Paulo, 18 de maio de 2016), escritor, tradutor e professor do curso de Língua e Literatura Russa da Universidade de São Paulo (USP)

Boris nasceu em 17 de maio de 1917, em Úman, na Ucrânia, e emigrou da União Soviética com a família em 1924. Chegaram ao Rio de Janeiro em 1925 e escolheram São Paulo para viver.

Schnaiderman foi o grande responsável por difundir a literatura russa no Brasil com suas traduções diretas – antes, o que chegava era traduzido do inglês e do francês – e por formar toda uma geração de tradutores. Foi ele quem criou o curso de língua e literatura russa da USP, em 1963.

Aposentado desde 1979, continuou ligado à universidade e, sobretudo, à tarefa de tradutor. Verteu para o português importantes obras de autores como Dostoievski, Tolstoi, Chekhov, Máximo Gorki, Isaac Babel, Boris Pasternak, Pushkin e Maiakovski.

Em 1941, o russo naturalizado brasileiro se juntou à Força Expedicionária Brasileira e lutou na Segunda Guerra Mundial. Por ter nascido na Ucrânia, ele não teria obrigação de ir para a guerra, mas prestar o serviço militar alimentou sua vontade de combater o nazismo.

Da experiência, nasceram dois livros: o romance Guerra em Surdina (1964) e, mais recentemente, em 2015, o autobiográfico Caderno Italiano (Perspectiva) – o acerto de contas com o passado vivido 70 anos antes. À época do lançamento, ele disse ao Estado: “Levou tempo para superar obstáculos. Havia impedimentos, problemas pessoais. Agora, que muita gente morreu, já não há necessidade de guardar segredo sobre certas coisas”.

Boris Schnaiderman foi um colaborador assíduo do Estado desde o Suplemento Literário. Seu último texto, publicado em 9 de maio, foi sobre o livro 1942 – O Brasil e Sua Guerra Quase Desconhecida, de João Barone.

Boris Schnaiderman morreu em 18 de maio de 2016, aos 99 anos, em decorrência de uma pneumonia. Ele estava internado no Hospital Samaritano em São Paulo, desde o dia 13 de maio, depois de fraturar o fêmur. (Fonte: http://istoe.com.br – VARIEDAES – Estadão Conteúdo – 18.05.16)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/05 – POP & ARTE – Do G1, em São Paulo – 19/05/2016)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/livros – CULTURA – LIVROS/ POR GUILHERME FREITAS – 18/05/2016)

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