Bill Boeing, pioneiro construtor de aviões

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WILLIAM BOEING – O HOMEM QUE VOOU MAIS ALTO QUE SEUS SONHOS

WILLIAM BOEING - O HOMEM QUE VOOU MAIS ALTO QUE SEUS SONHOS

WILLIAM BOEING – O HOMEM QUE VOOU MAIS ALTO QUE SEUS SONHOS

 

“Um detalhe esquecido pode resultar em muitas decisões erradas”.  Assim pensava William E. Boeing, o homem visionário e perfeccionista que construiu um grande império a partir de apenas um sonho: voar.

Bill Boeing (1881-1956), pioneiro construtor de aviões (Foto: Divulgação)

Bill Boeing (1881-1956), pioneiro construtor de aviões (Foto: Divulgação)

Bill Boeing (Detroit, Michigan, 1º de outubro de 1881 – Seattle, Washington, 28 de setembro de 1956), pioneiro construtor de aviões. Um homem de visão que construiu um império e deixou um legado para toda a história da aviação.

William Edward Boeing nasceu em Detroit, em 1 de outubro de 1881. Herdeiro de uma herança de US$ 1 milhão deixada pelo pai, que morreu de gripe quando ele tinha 8 anos, estudou na Suíça em seus primeiros anos de vida e chegou a cursar a Universidade de Yale, mas não a concluiu.

Bill Boeing para provar a confiabilidade das viagens aéreas na entrega de correspondências e seu piloto Eddie Hubbard cruzaram a fronteira entre os EUA e o Canadá num hidroavião biplano C-700. Empreendendo a primeira viagem aérea internacional de serviço de correio, eles decolaram de Seattle no dia 3 de março de 1919 e viajaram até Vancouver. Na ida, uma tempestade de neve forçou o pouso da dupla em Anacortes.

 

William E. Boeing e o piloto Eddie Hubbard voou o primeiro voo de correio internacional para os EUA em 3 de março de 1919 a partir de Vancouver, para Seattle. (Foto: www.washington.edu/Divulgação)

William E. Boeing e o piloto Eddie Hubbard voou o primeiro voo de correio internacional para os EUA em 3 de março de 1919 a partir de Vancouver, para Seattle. (Foto: www.washington.edu/Divulgação)

 

Chegando ao Canadá, eles embarcaram um malote com 60 cartas -isso numa época em que a velocidade da difusão da informação se tornava crucial para o desenvolvimento econômico- e retornaram a Seattle. A estadunidense Seattle e a canadense Vancouver sempre foram cidades próximas. Distam 227 km em linha reta uma da outra, têm geografia até que semelhante e, mesmo historicamente, existências paralelas. Em ambas, há um “waterfront”, área contígua ao porto onde a população passeia, compra e se hospeda em bons hotéis; as duas têm mercados públicos históricos com frutos do mar imensos provenientes de águas oceânicas frias.

Cidades portuárias originadas na mesma época e de colonização semelhante, as duas também mantêm acesa e tradicional relação comercial com o Extremo Oriente e com o Alasca. Tanto Seattle como Vancouver nasceram em colinas diante de braços de mar cheios de ilhas na costa pacífica. E, não por acaso, cresceram explorando negócios semelhantes.

Rivalidade dourada

Outra particularidade em comum: as duas cidades se desenvolveram a olhos vistos na Corrida do Ouro, no final do século 19 na Califórnia e, a seguir, em vastas áreas da costa noroeste da América do Norte. Entre 1848 e 1855 a notícia do descobrimento de metais preciosos trouxe a essa região garimpeiros, caçadores de fortuna, comerciantes, carpinteiros e trabalhadores braçais de locais díspares como Europa, Ásia, América Latina e Havaí.

Seattle já tinha 80 mil habitantes em 1900, três ferrovias e uma estrada para a região de Cascades; dez anos depois, em 1910, 250 mil pessoas viviam ali -entre elas, muitos eram imigrantes alemães, suecos, japoneses e chineses. Já Vancouver, cujo assentamento Gastown já levava uma vida boêmia em 1870, foi incorporada ao Canadá em 1886, no mesmo ano em que a ferrovia transcontinental Canadian Pacific Railway ali chegou. Nessa cidade agora canadense, o censo de 1891 contou 19 mil habitantes. Mas, com a intensificação do fluxo imigratório, Vancouver viu a sua população crescer para 100 mil moradores em 1911.

Século 20: voar é para avião
Nascido em Detroit, mas radicado em Seattle desde 1908, Bill Boeing se chamava, de fato, William Edward Boeing.

Do pai, um comerciante alemão que grafava seu sobrenome com trema -Böing-, herdou o senso de empreender. Já a mãe, uma vienense perfeccionista, lhe ensinou que o tino para negócios só não era mais importante do que o estudo. Irrequieto, Boeing tinha pressa; aos 22 anos, largou o curso de engenharia na universidade Yale. Isso foi em 1903, aliás, mesmo ano em que, na Carolina do Norte (EUA), os irmãos Orville e Wilbur Wright voaram o Flyer, primeiro avião motorizado – três anos antes de Santos Dumont decolar, na França, o 14 Bis.

Refazendo os passos do pai, que ganhou dinheiro comerciando madeira-de-lei e minérios, Bill Boeing embrenhou-se pelo noroeste dos EUA e, cinco anos depois, com um certo capital, estabeleceu-se em Seattle no ano de 1908.

Tinha então 27 anos e a ideia de construir “flying boats”, nome que se dava à época aos primeiros hidroaviões, numa área que adquiriu em Grays Harbor, na beira do lago Union. Em 1910, Bill Boeing visitou a Califórnia por ocasião do primeiro encontro norte-americano de aeronautas, mas voltou frustrado: não conseguiu uma carona para voar.

Voltou a Seattle determinado a construir seu próprio hidroavião. Foi, então, procurar um engenheiro na Marinha, George Conrad Westervelt, que, graduado em ciências aeronáuticas no MIT, havia como ele estudado em Yale. Juntos, eles compraram um hidroavião Curtiss e fundaram um clube de entusiastas da aeronáutica. Em 1916, Boeing e Westervelt finalmente construíram o seu próprio “flying boat”, batizado de B&W em alusão às iniciais de seus sobrenomes. Um ano depois, em 1917, Bill Boeing refundou a companhia, que até então se chamava Pacific Aero Products, criando a Boeing Airplane Company, empresa que cresceu extraordinariamente quando a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), travada em solo europeu, passou a ter envolvimento mais direto dos EUA.

Terminado o conflito mundial, lá estava o próprio sr. Boeing, decolando, ao lado de Hubbard, em março de 1919, o “flying boat” B&W de Seattle no rumo de Vancouver. E foi assim que, há nove décadas, esse voo, documentado em foto, mostrou ao mundo que, a partir de então, o avião escreveria um capítulo fundamental no universo da comunicação, dos negócios e do turismo.

William Edward Boeing faleceu em 28 de setembro de 1956 no Puget Sound a bordo de seu iate dias antes de completar 75 anos, de um ataque cardíaco.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br – Há 90 anos, sr. Boeing conectou Seattle a Vancouver/ Por SILVIO CIOFFI voou a convite da AirCanada – 12/03/2009)

(Fonte: http://obviousmag.org – TECNOLOGIA/ POR PETIT GABI)

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