Ann Marcus, roteirista, foi a cocriadora da série Mary Hartman, Mary Hartman

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Ann Marcus (Foto: Ken Marcus/Los Angeles Times)

Ann Marcus (Little Falls, Nova York, 22 de agosto de 1921 – 3 de dezembro de 2014), roteirista, foi a cocriadora da série Mary Hartman, Mary Hartman

Nascida Dorothy Ann Goldstone no dia 22 de agosto de 1921, em Little Falls, Nova York, Ann era formada em sociologia quando se mudou para Nova Iorque e começou a trabalhar como jornalista para a revista Life no início da década de 1940. Encontrando dificuldades para exercer sua profissão em uma sociedade machista, Ann se afastou da carreira quando se casou com o roteirista Ellis Marcus em 1944. O casal de mudou para Los Angeles, onde iniciaram uma família.

Neste período, Ann atuou como atriz e autora teatral. Tentando conseguir alguns trabalhos na TV, ela descobriu que precisaria formar parceria com o marido para ser contratada. Desta forma, ela iniciou carreira neste veículo assinando roteiros de teleteatros com o marido. Entre seus primeiros trabalhos solo estão episódios das sitcoms O Pimentinha e Please Don’t Eat the Daisies, os infantis Ben, o Urso Amigo e Lassie, além da novela Caldeira do Diabo. Ao longo dos anos, ele ainda escreveria episódios de The Debbie Reynolds Show, Love is a Many Splendored Thing, Flaming Road, Falcon Crest, A Família Hogan e Knots Landing.

Seu maior sucesso é a comédia Mary Hartman, Mary Hartman, a qual criou em parceria com  Gail Parent e Norman Lear. Produzida por Lear, a série surgiu no período do escândalo de Watergate, o qual é tratado historicamente como o momento em que a América acordou. Com um olhar irônico, por vezes cínico, a série mostra como a televisão (com suas novelas e comerciais) e os meios de comunicação em geral vinham, até então, deturpando e manipulando a forma como o telespectador enxergava o mundo. Justamente por isto, Mary Hartman, Mary Hartman só conseguiu ser melhor compreendida pelo público que era capaz de perceber esta manipulação.

A história gira em torno de Mary (Louise Lasser), uma simplória dona de casa que adora novelas e experimenta todos os produtos anunciados pelos patrocinadores. Ao final da primeira temporada, Mary é convidada a participar de um debate em um talk show de alcance nacional. Durante o programa, ela é interrogada por uma feminista, um defensor dos direitos dos consumidores e por um crítico dos meios de comunicação.

Eles querem saber se Mary se sente uma mulher realizada com o estilo de vida que ela adotou. Ao tentar responder, Mary sofre uma crise nervosa, a qual a leva a ser internada em uma clínica. Segundo Lear, esta crise representa o escândalo Watergate e serve para que Mary tome consciência e passe a reavaliar sua vida, seus valores e suas opiniões.

A série se tornou rapidamente um cult, sendo bem recebida pela crítica e pelo público. Ao longo de sua produção, Mary Hartman, Mary Hartman também se tornou objeto de estudo em faculdades.

Em entrevistas, Ann disse ter lutado durante anos contra o preconceito da indústria do entretenimento. Tendo iniciado sua carreira de roteirista quando estava com cerca de 40 anos, Ann sofreu preconceitos por ser mulher e ‘velha’. Ela se aposentou no final da década de 1990, quando estava na faixa dos 70 anos de idade. Ainda assim, em 2008, Ann escreveu o roteiro do filme For Heaven’s Sake, quando já estava na faixa dos 80 anos. Além de escrever, ela também fez parte da diretoria do Sindicato dos Roteiristas Americanos.

Ann foi casada com Ellis até 1990, quando ele faleceu. O casal teve três filhos, Ellyn Lindsay, Steve Marcus e John Marcus.

Em 1998, ela publicou sua autobiografia, que recebeu o título de Whistling Girl. Para divulgar o livro, Ann escreveu uma matéria autobiográfica no Los Angeles Time.

Ann Marcus faleceu no dia 3 de dezembro aos 93 anos de idade.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas – NOVA TEMPORADA/ Por Fernanda Furquim – 1º jan 2015)

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