A primeira mulher escolhida para presidência do Nepal

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Bhandari é a primeira mulher escolhida para presidência do Nepal

A dirigente do UML prometeu conversar com partidos do sul do país contrários à nova Constituição

O congresso do Nepal elegeu em 28 de outubro de 2015, Bidhya Devi Bhandari, dirigente do Partido Comunista do Nepal UML (marxista-leninista), como nova presidente do país, a primeira mulher a ocupar o cargo e também a primeira vez que a designação é feita sob a nova constituição republicana.

Bhandari já foi ministra de Defesa e tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar - (Foto: Foto: Narendra Shrestha / EFE)

Bhandari já foi ministra de Defesa e tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar – (Foto: Foto: Narendra Shrestha / EFE)

 

Bhandari – deputada, ex-ministra de Defesa e esposa do histórico líder comunista falecido Madan Bhandari (19521993) recebeu o voto a favor de 327 deputados no Congresso, que possui 601 cadeiras e que, de acordo com a nova Constituição, elege tanto o presidente, que tem basicamente uma função protocolar e formal, como o primeiro- ministro.

Após ser designada, Bhadari assegurou aos jornalistas que iniciará conversas com os partidos do sul do país contrários à nova Constituição, que protestam e mantém um bloqueio da fronteira com a Índia.

“Considerarei o Himalaia, as montanhas e a região Tarai como um todo”, declarou.

Com a escolha de Bhandari, termina a nomeação das máximas instituições do Estado, que fica nas mãos do UML, depois de Khadga Prasad Sharma Oli ter sido nomeado primeiro-ministro no último dia 12.

O novo presidente derrotou na votação parlamentar Kul Bahadur Gurung, candidato do partido Congresso Nepalês (NC), que governou em coalizão nos últimos anos com o UML, parceria que foi quebrada no aumento da tensão política.

A nova presidente tem uma longa trajetória como militante política e parlamentar desde 1994 e foi ministra de Defesa durante o governo de Madhav Kumar (2009-2010).

Bhandari substitui Ram Baran Yadav, do Congresso Nepalês, que estava no posto desde 2008, quando o país passou de uma monarquia a uma república.

Desde então e até 20 de setembro, o país esteve pendente da aprovação de uma Constituição, que terminou dando ao Nepal a condição de República Parlamentar.

A aprovação dessa Carta Magna foi rodeada de uma enorme instabilidade política pela oposição das minorias do sul da região de Tarai à nova distribuição administrativa do país, o que provocou meses de protestos que deixaram dezenas de mortos e que se intensificaram desde a promulgação do texto com um bloqueio à fronteira com a Índia.

O bloqueio, que coincide com uma suspensão no fornecimento ao Nepal da Corporação de Petróleo da Índia, colocou o país em uma grave crise de combustível.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/asia – eb182038dca0755a0aba579cc38a6147uxb4br8r – NOTÍCIAS – MUNDO – ÁSIA – 28 OUT 2015)

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