A primeira loja exclusivamente especializada em cafés

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A primeira loja exclusivamente especializada em cafés

O Café do Ponto foi pioneiro em abrir a primeira loja exclusivamente especializada em cafés, em 1976.
O Café do Ponto é outra conhecida grife de cafeterias, cuja primeira loja exclusivamente especializada em cafés foi aberta em 1976. Trabalha com o próprio blend de cafés, uma vez que sua atividade inicial foi a torrefação.

ORIGENS DO CAFÉ

O café, contam os historiadores, foi descoberto em 850 em Kaffa, província da Etiópia. Pastores de cabra da região perceberam que o rebanho se tornava mais agitado e, ao mesmo tempo, mais resistente ao ingerir o grão. Resolveram fazer uma infusão com os frutos e também se sentiram mais dispostos após ingerir a bebida. Mas foram os árabes que se interessaram pelo cultivo do café e disseminaram o produto, cujo nome científico, Coffea Arabica, os homenageia.

No Brasil, o café chegou em 1727, trazido da Guiana Francesa pelo sargento-mor do exército Francisco de Melo Palheta. Durante missão oficial na região, ele conheceu as plantações cafeeiras e levou algumas mudas para Belém, onde residia. Quatro anos depois, os brasileiros já exportavam o produto para Portugal. Em 1760, o grão chegou ao Rio de Janeiro, então capital do país, seguindo depois para São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais. Após a proclamação da República, em 1889, o Brasil já produzia 5.586.000 sacas de 60 kg de café, que, durante décadas, foi um dos principais produtos da economia brasileira.

No final do século 18, o café era considerado um produto de consumo interno. Nos anos de 1840/50, esta matéria-prima conquistou o mundo, tornando-se o mais importante item de comercialização do Brasil. A expansão das lavouras teve início nas regiões montanhosas do Vale do Paraíba do Sul, próximas do Rio de Janeiro. Mas, durante o desenvolvimento do cultivo, São Paulo se transformou na capital oficial do café, tendo como pólos Campinas e Ribeirão Preto.

Inicialmente, a lavoura cafeeira desenvolveu-se com base na grande propriedade, que vivia da monocultura e do trabalho escravo. Mas, com a proibição do tráfico negreiro, em 1850, os fazendeiros tiveram que substituir os escravos pelos trabalhadores livres, assalariados – os imigrantes europeus. Entre os anos de 1850 e 1870, a imigração foi espontânea. Os próprios proprietários incentivavam a vinda dos camponeses portugueses, italianos, espanhóis e alemães, assinando contratos ainda na Europa. Esses países passavam por lutas internas e pelo crescimento das indústrias, que forçavam o êxodo rural.

Em 1870, o Estado cuidou de formalizar, junto aos governos europeus, as condições de imigração para o trabalho nas lavouras brasileiras, melhorando as condições de vida dos milhares de imigrantes. A proibição do tráfico de escravos havia liberado um volume significativo de capital. Parte desse dinheiro seguiu para o investimento na expansão do café; outra parte se destinou a empreendimentos comerciais e industriais.

Por volta de 1880, graças a esses capitais, foram criadas sociedades, companhias e empresas. Fundaram-se fábricas, ferrovias e bancos, surgiu a iluminação urbana e o telégrafo, enfim, os grandes centros estavam se transformando rumo a uma nova era. Junto, nascia uma nova classe social, além da dos barões do café: a dos empreendedores e industriais.

O nome de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, destacou-se. Ele foi um dos primeiros a perceber que a união dos capitais deslocados pela proibição do tráfico poderia alimentar as forças produtivas do país. Mauá liderou sua época: foi industrial, banqueiro, político e diplomata. A Era Mauá, como ficou conhecido o período da expansão cafeeira no Brasil, modernizou os grandes centros do país.

(Fonte: www.fecomercio-rj.org.br/publique – Revista Conexão – Edição 10 – Novembro/2006)

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