“Eu não busco aplausos. Quero fazer o certo.” Juan Manuel Santos, um líder audaz em busca da paz. Santos conseguiu um dos feitos históricos mais importantes para a Colômbia contemporânea

0
Powered by Rock Convert

Eu não busco aplausos. Quero fazer o certo.” 

Juan Manuel Santos, um líder audaz em busca da paz. Santos conseguiu um dos feitos históricos mais importantes para a Colômbia contemporânea.

Presidente liderou negociação de paz, mas referendo rejeitou acordo.

 

O PRESIDENTE COLOMBIANO JUAN MANUEL SANTOS E SUA MULHER, MARIA CLEMENCIA RODRIGUEZ, VOTAM NO REFERENDO DO ACORDO DE PAZ COM AS FARC (FOTO: MARIO TAMA/GETTY IMAGES)

O PRESIDENTE COLOMBIANO JUAN MANUEL SANTOS E SUA MULHER, MARIA CLEMENCIA RODRIGUEZ, VOTAM NO REFERENDO DO ACORDO DE PAZ COM AS FARC (FOTO: MARIO TAMA/GETTY IMAGES)

 

 

Juan Manuel Santos não se contentou em ser eleito presidente duas vezes da Colômbia. Seu objetivo era a paz, um sonho que foi frustrado pelo “não” dos colombianos ao acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Mas ele não desistiu e prometeu voltar à mesa de negociações, cedendo, inclusive, para o seu principal adversário, o ex-presidente Álvaro Uribe.

Santos conseguiu um dos feitos históricos mais importantes para a Colômbia contemporânea: assinar um acordo de paz com as Farc, depois de mais de 50 anos de conflito armado. Apesar de o pacto ter sido rejeitado em referendo realizado no último domingo, ambas as partes se mostraram determinadas a continuar as conversas, e Santos abriu o diálogo com a oposição para rever alguns pontos do acordo.

Santos tem 65 anos e se formou em Harvard. Ele vem de uma das famílias mais ricas da Colômbia, segundo a agência Associated Press.

Antes de iniciar sua carreira política como ministro de Comércio Exterior do então presidente César Gaviria, em 1991, ele atuou no jornalismo no jornal “El Tiempo”, então propriedade de sua família. Ganhou o Prêmio Rei da Espanha com uma crônica sobre a Revolução Sandinista na Nicarágua.

“Esse trabalho nos marcou profundamente”, disse o presidente sobre a pesquisa que realizou com seu irmão Enrique Santos, também fundamental no processo de paz com as Farc, formalmente estabelecido em Havana em novembro de 2012.

Quando estreou na Casa de Nariño, o Palácio Presidencial, este político que se define como “extremo-centro” já tinha traçado o caminho para uma solução negociada para o conflito armado.

Antes, como ministro da Defesa de seu antecessor, Álvaro Uribe, Santos perseguiu as Farc com crueza implacável. Depois de decapitar a sua cúpula, se preparava para falar a partir de uma posição de força.

Ele foi responsável por alguns dos maiores reveses militares dos rebeldes, incluindo uma incursão em 2008 na região da fronteira com o Equador, que resgatou três americanos que eram mantidos em cativeiro havia mais de cinco anos.

“Fez a guerra para alcançar a paz”, dizem analistas.

(Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2016/10 – MUNDO – NOTICIA – 07/10/2016)

Powered by Rock Convert
Share.