Walter Hugo Khouri, construiu uma filmografia que o tornou um caso à parte no cinema brasileiro

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Walter Hugo Khouri: tramas densas

 

Walter Khouri, o mestre do intimismo

 

Walter Hugo Khouri (São Paulo, 21 de outubro de 1929 – São Paulo, 27 de junho de 2003), respeitado cineasta brasileiro. Construiu uma filmografia que o tornou um caso à parte no cinema brasileiro, com uma receita a que se manteve fiel durante toda a carreira: belas mulheres, excelente fotografia e enredos de cunho psicológico. O sucesso veio com Noite Vazia, que representou o Brasil no Festival de Cannes de 1964.

 

Seu maior sucesso, já com todas essas características, foi Noite Vazia (1964), com Norma Bengell e Odete Lara, o sexto de seus 26 longas-metragens.

 

Foi ele também quem lançou Xuxa como estrela em Amor, Estranho Amor (1982), em que a então modelo seduzia um adolescente, e deu a Tarcísio Meira um de seus grandes momentos no cinema em Eu (1987).

 

 

Esse filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Dali em diante, suas protagonistas compuseram uma galeria das mais cobiçadas atrizes brasileiras, como Lilian Lemmertz (O Corpo Ardente, 1967), Sandra Bréa (Convite ao Prazer, 1980) e Vera Fischer (Amor Estranho Amor, 1982). Este último ganhou uma inesperada publicidade cinco anos depois do lançamento, quando a apresentadora de TV Xuxa exigiu uma indenização milionária pela distribuição do filme em vídeo. Já consagrada em programas infantis na TV, ela alegou que a fita prejudicava sua imagem por exibir uma cena em que aparecia nua na companhia de um menino.

 

 

Considerado o Michelangelo Antonioni do cinema brasileiro, o paulista Walter Hugo Khouri voltou suas lentes para os dramas existenciais e deixou sua marca em 25 longas.

 

 

Khouri nasceu em 21 de outubro de 1929 e seu primeiro filme, O Gigante de Pedra, foi realizado em 1952.

 

Khouri era apontado como um seguidor brasileiro das densas tramas filmadas pelo cineasta sueco Ingmar Bergman.

Khouri faleceu dia 27 de junho de 2003, aos 73 anos, de infarto, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 2 de julho, 2003 – ANO 36 – N° 26 – Edição 1809 – DATAS – Pág; 95)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/205/aconteceu – Edição 205 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 07/07/2003)

 

 

 

 

 

 

 

 

Filmografia – Diretor
2001 – As Feras
1999 – Paixão perdida
1990 – Forever
1987 – Mônica e a sereia do rio
1986 – Eu
1984 – Amor Voraz
1982 – Amor estranho amor
1981 – Eros, o deus do amor
1980 – Convite ao Prazer
1979 – O prisioneiro do sexo
1978 – As Filhas do Fogo
1977 – Paixão e sombras
1975 – O desejo
1974 – O anjo da noite
1973 – O último êxtase
1972 – As Deusas
1970 – O Palácio dos Anjos
1968 – As Amorosas
1967 – Corpo Ardente
1966 – As Cariocas
1964 – Noite Vazia
1962 – A Ilha
1959 – Na Garganta do Diabo
1959 – Fronteiras do Inferno
1958 – Estranho Encontro
1953 – O Gigante de Pedra
Prêmios
– Prêmio Vittorio de Sica – Festival de Sorrento (Itália), 1988, pelo Conjunto de Obra.

– Menção Especial no Festival de santa Margherita Ligure por Na Garganta do Diabo, 1960.

– Mencion de Honor na Semana Internacional de Cine En Color de Barcelona (Espanha) por As Deusas, 1973.

– Prêmio dos jurados do Festival Internacional de Sitges (Espanha) por O Anjo da Noite, 1974

– Em 1975 levou o Kikito de melhor diretor por O Anjo da Noite.

– Prêmio Fabio Prado de Literatura para Roteiros por A Ilha, 1958.

– Prêmio Cidade de São Paulo, da Municipalidade Paulista, em 9 (nove) ocasiões, em diversas categorias, por diversos filmes – de 1958 a 1968

– Prêmio Governador do Estado (Nova Fase) , 1984 – Melhor argumento por Amor Voraz.

– Prêmios em diversos festivais Nacionais (Gramado, Curitiba, Santos, Natal, Lages)

– Prêmio Oscarito da Fundação cultural Banco do Brasil, concedidio no Festival de Gramado, Agosto de 1991, pelo conjunto da obra.

– Prêmio no Concurso de Roteiros da Secretaria Estadual de Cultura, 1991

– Prêmio “Resgate do Cinema Brasileiro” – MINC para o filme Paixão Perdida, 1995

– Prêmio Rio Filme de Co-produção para o filme Paixão Perdida, 1996
Curiosidades
– Khouri foi autor e roteirista de todos os seus filmes e seu cinema tem uma “genesis” muito ligada ao universo urbano da enorme metrópole de São Paulo, onde nasceu e realizou a maior parte de seu trabalho.

– Walter Hugo Khouri chegou a morar no Rio por um curto período logo após a morte do pai, mas voltou à capital paulista para terminar o ensino médio.

– Concluiu este, mas não a Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, onde entrou em 1949.

– No início da década de 50 conseguiu ser assistente do diretor Lima Barreto em O Cangaceiro (1953), nos estúdios da Vera Cruz.

– Começou em 1952, já como diretor, depois de cursar a faculdade de Filosofia na USP.

– Em 1954 dirigiu seu primeiro filme, O Gigante de Pedra, utilizando os estúdios da já falida Vera Cruz e fazendo parte das filmagens nas Cataratas do Iguaçu.

– Entre 1954 e 1955 Khouri trabalhou na TV Record, produzindo e dirigindo adaptações de clássicos do teatro.

– No jornal “O Estado de S.Paulo” foi crítico de cinema até 1957

– Costumava atuar como operador de câmara em alguns de seus filmes, utilizando nos créditos o pseudônimo Rupert Khouri.

– Dirigiu as cenas ao vivo de “Mônica e a Sereia do Rio”.

– O filme As Feras foi concluído em 1995, mas ficou na gaveta por causa de brigas entre o produtor e o diretor, que defendiam para si, direitos ao corte final da produção.

– Falecimento em 27 de Junho de 2003 de infarto ao amanhecer de ontem, em casa, em São Paulo, onde vivia com a mulher, Rosana. Tinha 73 anos.
(Fonte: www.meucinemabrasileiro.com.br)

 

 

 

 

 

 

Vídeo: Xuxa explica porque retirou do mercado filme em VHS em que aparece nua

Contado pela primeira vez, a reunião que Pelé teve com representantes da Editora Abril para recolher todas as fotos em que Xuxa, sua então namorada, aparecia nua para a revista Playboy.

Ali eu conto que Xuxa, àquela altura da carreira, fazia sucesso como apresentadora de TV e queria mudar sua imagem de estrelinha que aparecia seminua no Carnaval e nua em ensaios fotográficos. E lembro que ela ainda tomaria medidas polêmicas nessa refeitura de imagem, que incluíram a apreensão, graças a uma medida judicial, de todas as cópias em vídeo e DVD do filme Amor Estranho Amor (1982), do respeitado cineasta Walter Hugo Khouri, no qual sua personagem não apenas aparecia nua como introduzia um menino de 12 anos no mundo sexo.
Os advogados de Xuxa argumentaram, com sucesso, que o contrato para o filme não previa versão para vídeo ou DVD.
(Fonte: veja.abril.com.br – 15/12/2010 – Ricardo Setti)

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