W.S. Merwin, um dos poetas mais premiados dos Estados Unidos
Ele também foi um dos mais prolíficos poetas de sua geração, e publicava frequentemente seu trabalho em revistas como “The New Yorker”, “The Atlantic Monthly” e “Harper’s Magazine”. Ao todo, Merwin publicou quase três dúzias de volumes de poesia, assim como ensaios, contos, memórias e traduções de Dante, Pablo Neruda e Osip Mandelstam, entre outros.
Nos seus últimos anos, Merwin era igualmente reconhecido por seu trabalho como um conservacionista — em particular por seu trabalho meticuloso na restauração da flora, incluindo centenas de espécies de palmeiras na erma plantação de abacaxis no Havaí onde ele morava. Ele viveu lá, em uma feliz quase solidão, desde os anos 1970, se recusando a atender o telefone.
Os temas que mais interessavam Merwin eram os que atormentam quase todo poeta: a terra, o mar e suas várias criaturas; o ciclo das estações; mitos e espiritualidade (ele era um budista praticante); história pessoal e memória e, acima de tudo, a vida e sua perversa evanescência.
Nascido em Nova York em 30 de setembro de 1927, William Stanley Merwin foi criado entre Nova Jersey e a Pensilvânia, onde seu pai, um ministro presbiteriano, pregava. Ele escreveu seus primeiros versos, hinos para a congregação de seu pai, aos cinco anos de idade.
Com 16, Merwin ingressou em Princeton com uma bolsa. Aos 17, durante a Segunda Guerra Mundial, ele se alistou na marinha, algo que disse ter sido “um erro terrível”. De volta a Princeton, ele se formou em 1948 e seguiu seus estudos na universidade, se dedicando às línguas românicas.
Merwin recebeu seu primeiro prêmio Pulitzer em 1971 por sua coleção “The carrier of ladders”. Em 2005, venceu o National Book Award por “Migration: new and selected poems” e seu segundo Pulitzer em 2009 por “The shadow of Sirius”.
A mulher de Merwin, Paula Schwartz, morreu em 2017. Ele deixa dois enteados, Matthew Carlos Schwartz e o escritor John Burnham Schwartz; dois netos e uma irmã, Ruth Moser.