Primeiros personagens que saem de uma história e ganham sua própria série na TV

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Heróis inventores, uma dupla dinâmica. Junto com Vila Sésamo, Shazan, Xerife e Cia foi um dos maiores exemplos de como os programas voltados para o público infantil podiam ser ousados, criativos e inteligentes.
Com direção geral de Daniel Filho, Shazan, Xerife e Cia estreou na Rede Globo em 26 de outubro de 1972. Os protagonistas eram Paulo José e Flávio Migliaccio – também responsáveis pela escolha do próprio figurino -, que pouco antes haviam interpretado os mesmos personagens na novela O Primeiro Amor, escrita por Walter Negrão. A aceitação do público foi tão boa que os dois ganharam seu próprio programa. Assim, Shazan, Xerife e Cia foi o primeiro spin-off (personagens que saem de uma história e ganham sua própria série) da TV brasileira.
Usando elementos da linguagem circense e divulgando mensagens educativas, o seriado apresentava as aventuras de uma dupla de mecânicos atrapalhados que decidem viajar pelo mundo à procura de uma peça mágica, que seria fundamental para a construção de uma bicicleta voadora. Enquanto não realizavam seu sonho, Shazan e Xerife usavam uma “camicleta” – mistura de caminhão com bicicleta, inspirada nos carros que os palhaços de circo utilizavam, cheios de explosões e pedaços que iam se soltando à medida que o veículo andava.
A série teve 66 episódios, todos produzidos em preto-e-branco e com meia hora de duração cada um. O último capítulo foi exibido em março de 1974. Em 1988, Shazan e Xerife fizeram uma participação especial na novela Era Uma Vez, na qual o autor Walter Negrão fez uma homenagem à dupla. A bordo da camicleta, Shazan e Xerife passavam pela fictícia Nova Esperança, despertando a curiosidade dos moradores da cidade.
(Fonte: Zero Hora – Ano 44 – N° 15.539 – TV + Show – Domingo, 16 de março de 2008 – Por Márcio Pinheiro – Pág; 12)

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