Pela primeira vez, a seleção dos EUA foi derrotada em uma competição oficial dentro de casa

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Ary Vidal (Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1935 — Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2013), ex-técnico da seleção brasileira de basquete, e campeão do Pan de 1987, vencendo os Estados Unidos na final.

Ary Vidal teve sua carreira marcada pela conquista da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987, comandando um time brilhante que tinha, entre outros, os craques Oscar e Marcel. A conquista é uma das principais da história do basquete brasileiro por ter sido a primeira derrota de uma seleção norte-americana, ainda que desfalcada de grandes nomes, em seu próprio país.

O treinador começou a carreira ainda jovem, no Tijuca Tênis Clube, ajudando a revelar uma geração que fez história no basquete carioca. Aos 31 anos ele já era técnico da seleção brasileira masculina, tendo estreado em um torneio amistoso em Cosquin (Argentina). Ali, promoveu a estreia de Hélio Rubens com a camisa do Brasil.

Durante a década de 1960, ele também teve passagens pela seleção feminina, tendo comandado a equipe no título sul-americano de 1965 e no Mundial da Tchecoslováquia em 1967, obtendo um oitavo lugar.

Ele voltaria ao comando do time masculino no fim da década de 1970, faturando um bronze no Mundial das Filipinas, em 1978, última grande conquista do Brasil em Mundiais, além de um terceiro lugar no Pan de San Juan, em 1979. No total, comandou o Brasil em duas Olimpíadas (Seul/1988 e Atlanta/1996), e em dois Mundiais, levando a equipe ao quarto lugar na Espanha, em 1986.

Pelos clubes, não teve o mesmo sucesso, apesar de passagens por grandes clubes, como Flamengo, Fluminense, Vasco, Sírio-SP e Uberlândia. Sua principal conquista foi o título brasileiro de 1994, pelo gaúcho Corinthians/Santa Cruz. Depois disso, ele comandou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atlanta e se aposentou da seleção.

“É um momento muito triste para o esporte brasileiro, e muito mais difícil para mim, que sou amigo pessoal dele. O Ary foi um dos melhores profissionais que o basquete já teve, um técnico que deixou sua marca por onde trabalho”, declarou o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes.
(Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/esportes/poliesportiva – 28 de janeiro de 2013)

Ary Ventura Vidal, treinador do Brasil na conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987.

Ary Vidal iniciou a carreira de treinador em 1959, dirigindo o Tijuca Tênis Clube. No Rio, comandou também Flamengo, Fluminense e Vasco. Em 1994, foi campeão brasileiro à frente do Corinthians de Santa Cruz do Sul (RS). Pela seleção, além da histórica vitória sobre os EUA na final do Pan-1987, Ary também dirigiu o Brasil no Mundial de 1978, quando o país ficou em terceiro lugar, e nos Jogos Olímpicos de Seul-88 e Atlanta-96.

O ouro no Pan de Indianápolis não é a conquista mais importante do basquete masculino brasileiro, bicampeão mundial em 1959 e 1963, mas entrou para a história devido à importância do adversário. Pela primeira vez, a seleção dos EUA foi derrotada em uma competição oficial dentro de casa. Também foi a primeira vez que a equipe do país do basquete perdeu um jogo levando mais de 100 pontos – o placar terminou 120 a 115 para o Brasil, com 46 pontos de Oscar.

Onze dos 12 jogadores dos EUA naquela partida chegariam posteriormente à NBA, e três deles viriam a ser os primeiros escolhidos no Draft nas três temporadas seguintes: David Robinson (1987), Danny Manning (1988) e Pervis Ellison (1989). Foi depois da derrota para o Brasil em Indianápolis que os EUA começaram a pensar em convocar os profissionais da NBA para a seleção, dando origem ao que depois se convencionou chamar de “Dream Team”, o time dos sonhos que ganhou o ouro nas Olimpíadas de Barcelona-1992.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) emitiu nesta segunda-feira nota de pesar pelo falecimento de Ary Vidal: “Suas conquistas e seu exemplo ficarão eternizados na história do esporte olímpico brasileiro”, diz um trecho do comunicado.

Ary Vidal morreu dia 28 de janeiro de 2013, aos 77 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. A saúde do ex-técnico da seleção se agravou há três meses, quando foi internado com insuficiência crônica do coração e dos rins em um hospital da Zona Sul carioca.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/esportes – O Globo (Email – Facebook – Twitter) – ESPORTES – 28 de janeiro de 2013)

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