Laura Betti, foi protagonista de “Teorema” e musa do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini

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Laura Betti, musa de Pasolini

Pier Paolo Pasolini e Laura Betti, Teorema (1968) -

Pier Paolo Pasolini e Laura Betti, ‘Teorema’ (1968) – (Foto: Reprodução)

Laura Betti (Bolonha (norte), em 1º de maio de 1934 – Roma, 31 de julho de 2004atriz e diretora italiana, que trabalhou com grandes cineastas como Pier Paolo Pasolini, Federico Fellini e Bernardo Bertolucci

Betti, cujo verdadeiro sobrenome era Trombetti, estreou no mundo do espetáculo como cantora de jazz, no final da década de 50, com uma longa carreira na frente e atrás das câmeras.

Em 1960, ela fez sua primeira incursão no cinema em “Escape by night”, de Roberto Rosellini, filme que marcou o início de uma carreira cinematográfica na qual trabalhou com diretores como Alessandro Blasetti (1900-1987), Marco Bellocchio e Bernardo Bertolucci.

Seu nome, no entanto, sempre esteve ligado ao de Pasolini, com quem manteve uma estreita amizade, que originou colaborações artísticas em filmes como “The Diva” (1963), “Os Contos de Canterbury” (1971) e “Teorema” (1968), filme que lhe valeu o prêmio Copa Volpi de melhor atriz no Festival de Veneza.

A atriz foi protagonista de “Teorema” e musa do cineasta e diretor italiano Pier Paolo Pasolini, nasceu na Bolonha (norte), em 1º de maio de 1934, Betti começou sua carreira como cantora de cabaré e foi descoberta por Federico Fellini, que a lançou no cinema no filme “La Dolce Vita”.

Ela acabou se tornando a atriz preferida de seu amigo Pasolini, que lhe deu o papel principal em “Teorema”, pelo qual ganhou a Copa Volpi de melhor atriz do Festival de Veneza em 1970.

Laura Betti também trabalhou com diretores como Roberto Rosselini (“Fugitivos na Noite”, 1960), Marco Bellochio (“Em Nome do Pai”, 1972), os irmãos Paolo e Vitorio Taviani (“Allonsanfan”, 1973), Mauro Bolognini (“La Gran Burguesía”, 1974), Bernardo Bertolucci (“Novecento”, 1976), Mario Monicelli (“Viagem com Anita”, 1979) e Ettore Scola (“Casanova e a Revolução”, 1981).

A amizade entre a musa se manteve até o assassinato de Pasolini em 2 de novembro de 1975, mas a figura do amigo esteve presente na vida de Betti até seus últimos dias.

Diretora desde 1980 do Fundo Pier Paolo Pasolini, em 2001 ela rodou o filme “Pier Paolo Pasolini e a razão de um sonho”, o mais completo realizado sobre a vida do cineasta e definido pela atriz como “um delírio saudável”.

Conhecida por sua personalidade contestatária e descrita em seu tempo como uma artista “agressiva e intrigante”, a atriz dedicou seus últimos anos a manter viva a memória de Pasolini, especialmente entre os jovens.

Em 2002, a atriz foi convidada a vir ao Brasil para exibir o documentário que dirigiu sobre Pasolini, “Pier Paolo Pasolini e a Razão do Sonho”, na 26ª Mostra BR de Cinema – Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Laura morreu em um hospital de Roma aos 70 anos de idade, em 31 de julho de 2004.

Vários representantes da cultura italiana lamentaram a morte da cineasta, definida pelo prefeito de Roma, Walter Veltroni, como “uma mulher de extraordinária cultura e grandíssima curiosidade intelectual, com uma grande personalidade, às vezes difícil, mas generosa”.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u46364 – ILUSTRADA – da France Presse, em Roma – 31/07/2004)

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2004/07/31/ult1817u1662 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Roma, 31 jul (EFE).- 31/07/2004)

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