John Charles, atacante do Juventus, tornou-se o primeiro estrangeiro a entrar para o Hall da Fama do futebol italiano

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Antes da Copa do Mundo de 1958, craque do Mundial era galês

 

John Charles chegou quase no dia do Mundial da Suécia por causa do Juventus (Foto: Reprodução)

 

 

John Charles, atacante do Juventus, era o mais aguardado na Suécia. Ele é considerado o maior jogador galês de todos os tempos e em 2001 tornou-se o primeiro estrangeiro a entrar para o Hall da Fama do futebol italiano.

Soa estranho, mas antes de a bola rolar a Copa do Mundo que revelou ao mundo o talento de Pelé e Garrincha tinha como maior atração um atacante do País de Gales. John Charles era apontado como o grande astro do Mundial de 1958 e sua presença na Suécia era aguardada com ansiedade.

Charles era ídolo do Juventus, da Itália, onde até hoje é lembrado como “Il Gigante Buono”, o “Bom Gigante”. Como a Itália não se classificou para a Copa, a Federação local decidiu esticar ao máximo o Campeonato Italiano daquele ano. Isso criou problemas para seleções com jogadores atuando no calcio, caso da Suécia, que tinha os seus principais craques por lá. Mas um problema sobretudo para Gales, uma equipe sem maiores destaques e que se classificara numa inesperada repescagem.

John Charles desembarcou na Suécia menos de uma semana antes da estréia dos galeses no Mundial, diante de uma Hungria sem os craques de quatro anos antes mas ainda temida. Ao fim da primeira fase, o cartaz de Charles já não era tão grande. Três jogos, nenhum chute a gol e apenas um gol marcado, de cabeça, sua especialidade. Ainda assim, ele foi o grande destaque da vitória galesa no jogo-desempate contra a Hungria, que classificou a equipe britânica para enfrentar o Brasil nas quartas-de-final. O preço foi alto. As pancadas dos zagueiros hungáros deixaram John Charles fora do jogo contra o Brasil.

– Eu tenho certeza de que se meu irmão tivesse jogado a história seria diferente – diz o capitão de Gales naquela Copa, o ex-zagueiro Mel Charles, referindo-se à vitória brasileira por 1 a 0.

Para quem enfrentou John Charles, porém, o posto antecipado de craque da Copa era um exagero.

– Ele tinha um grande talento para fazer gols, principalmente de cabeça. Era muito alto e forte. Mas com a bola no pé não era tão bom assim – garante o ex-zagueiro sueco Bengt Gustavsson, o mesmo que levou o chapéu de Pelé na final da Copa do Mundo, e que enfrentou Charles tanto na primeira fase do Mundial quanto no Campeonato Italiano, onde atuava pelo Atalanta.

John Charles morreu em 2004, aos 73 anos.

(Fonte: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Selecao_Brasileira  – Rafael Maranhão Especial para o GLOBOESPORTE.COM, em Estocolmo (Suécia) – 20/06/08)
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