Halldór Laxness, foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX

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Tendo sido controverso pelas suas posturas radicais, foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX

 

Halldór Kiljan Laxness

Halldor Laxness, foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX (Foto: Forlaget Oktober / Reprodução)

 

Halldór Kiljan Laxness (Reiquiavique, 23 de abril de 1902 – Reikiavik (Islândia), 8 de fevereiro de 1998), escritor islandês, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1955.

Laxness nasceu, no dia 23 de abril de 1902, como Halldór Kiljan GudJonsson, mas adotou como seu apelido o nome de um bairro da periferia de Reiquiavique, cidade onde nasceu.

Aos 14 anos, Laxness escreveu o seu primeiro artigo, publicado no jornal “Morgunblaðið”. Aos 19 anos, publicou o seu primeiro conto no mesmo jornal. Durante a sua juventude, Laxness viajou bastante e residiu fora da Islândia.

O itinerário de Laxness se confunde com a história da nação islandesa, a qual acompanhou com suas obras sobre a independência. Também foi testemunha de seu compromisso comunista durante a Guerra Fria e suas posições radicais.

Aos 20 anos, depois de rejeitar a religião luterana e se converter ao catolicismo, o escritor aderiu aos ideais socialistas em Hollywood, onde se exilou entre 1927 e 1929 para tentar se destacar como roteirista.

Foi então companheiro de estrada dos comunistas e um admirador da União Soviética até a invasão da Hungria pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1956. Aos 60 anos, voltou-se para o taoísmo.

Laxness dominou amplamente a literatura de seu século na Islândia, exaltando a obstinação individual, o orgulho nacional e a originalidade de personagens que se atrevem a mostrar sua diferença.

Laxness manifestou seu compromisso político em sua primeira novela, ‘‘Salka Valka’’ (1931), retrato de uma mãe e sua filha, que ganham a vida salgando bacalhau.

Nos vários países da Europa continental onde viveu, sentiu-se influenciado pelo surrealismo e pelo expressionismo alemão. A sua posterior estadia nos Estados Unidos, fê-lo deixar a fé católica, tornando-se ateu.

O socialismo foi o prisma através do qual Laxness observou o mundo durante os anos trinta e quarenta, tendo sido defensor da União Soviética, até à invasão da Hungria, em 1956.

Laxness foi duramente atacado pela sociedade conservadora. Mas os jovens islandeses viam nele alguém capaz de dar novos valores à sociedade. Tendo sido controverso pelas suas posturas radicais, Laxness foi uma figura dominante na literatura islandesa, ao longo do século XX.

Durante a sua vida, Laxness escreveu 51 romances, poesia, artigos de jornal, livros de viagens, peças de teatro, contos e outras obras. Em 1955, ganhou o Prêmio Nobel da Literatura.

Em ‘‘Homens Livres’’ (1934), mostrou os esforços desesperados de um camponês pobre por fazer renascer uma terra desértica e ganhar espaços para cultivar.

A sua obra, traduzida em mais de 45 línguas, tem grande sucesso em todo o mundo. Em Portugal, foram editadas pela Cavalo de Ferro: “Os Peixes Também Sabem Cantar”, “Gente Independente” e “O Sino da Islândia”.

Então em ‘‘Luz do Mundo’’ (1937) fez o retrato de um poeta proletário e em ‘‘Campanha da Islândia’’ (1943-1946), o de um homem que salvou da destruição no século XVIII, os manuscritos das famosas sagas medievais.

Em ‘‘Estação Atômica’’ (1948), condenou o enriquecimento imoral da nação depois da guerra. Depois de um intermédio dedicado ao teatro, chegou a coroação com o prêmio Nobel, que ganhou em 1955. Laxness dedicou seus últimos anos produtivos, até 1976, a escrever suas memórias.

Halldór Laxness faleceu dia 8 de fevereiro de 1998, em sua casa de Reikiavik (Islândia) aos 95 anos.

(Fonte: https://www.cartamaior.com.br – Cultura e Arte / Por António José André, esquerda.net – 08/02/2018)

(Fonte: https://www.folhadelondrina.com.br/folha-2 – FOLHA 2 – France Presse – FEV. 10, 1998)

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