Foi a primeira mulher paraquedista do Brasil

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PRIMEIRA MULHER PARAQUEDISTA DO BRASIL

 

Rosa Helena Schorling Albuquerque, primeira mulher paraquedista do Brasil (Foto: Julio Huber)

 

A primeira pára-quedista do Brasil

Rosa Helena Schorling (São Paulo de Biriricas, Cariacica, no Espírito Santo, 15 de julho de 1919 – Vila Velha, 11 de dezembro de 2017), conhecida como Rosita, moradora de Domingos Martins e que foi a primeira mulher paraquedista do Brasil, na época com 21 anos de idade, e a oitava aviadora nacional.

A capixaba nasceu no distrito de São Paulo de Biriricas, , município de Cariacica, no Espírito Santo, no dia 15 de julho de 1919. Antes de completar um ano de idade, ela se mudou com a família para a sede de Domingos Martins, na região serrana do Estado.

Do pátio do colégio interno em que estudava, em Vitória, Rosita viu um objeto diferente passar pelo céu. Não tinha o barulho estridente dos aviões ou a forma típica dos balões. A adolescente, no entanto, só queria saber uma coisa: tinha gente dentro?

 

Rosa Schorling, ou Rosita

Rosita, a primeira paraquedista mulher do Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

 

O dirigível Graf Zeppelin, que sobrevoava cidades brasileiras nos anos 1930, instigou a curiosidade da garota, que decidiu voar ao saber que havia sim pessoas lá dentro. O pai, seu grande motivador, impôs uma condição: formar-se professora primeiro –profissão que ela não almejava.

O gosto dela pela aviação teve início quando a adolescente Rosa Helena viu, no céu de Vitória, o avião Dornier Do X. Naquela época ela estudava no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, mais conhecido por Colégio do Carmo, onde se formou professora, aos 17 anos. Daquele dia em diante a aviação não saiu de sua mente.

Rosita já acumulava alguns feitos na época, como a carteira de habilitação, tirada aos 12 anos, e a de motociclista, emitida um ano depois. “Comecei em um Opel importado, com direção do lado direito e câmbio do lado de fora”, lembrava com orgulho.

Moradora da pequena Domingos Martins (ES), chegou aos céus pouco tempo depois. Primeiro com aulas para pilotar aviões, aos 17 anos –já formada professora–, depois com o paraquedismo. Com pouca instrução e sem equipamento reserva, fez o primeiro salto em 1940, no Rio. Pousou na praia Maria Angu.

Vaidosa e sorridente, gostava de contar sobre seus mais de 130 saltos –o último, aos 77 anos. Uma perna quebrada certa vez, uma enganchada numa árvore, viravam gargalhadas nas entrevistas que concedia, mas Rosita nunca esquecia de destacar os títulos de primeira piloto de avião do ES e primeira paraquedista mulher do país.

“Falei com meu pai que queria ser aviadora e ele me disse que permitia, mas só depois que eu me formasse, e foi o que fiz. Depois morei 18 anos no Rio de Janeiro, onde estudei aviação e realizei meu sonho. Também sempre tive a vontade de saltar de paraquedas e certa vez me inscrevi para saltar durante as comemorações da Semana da Asa. Nesse evento, em 1940, me tornei a primeira mulher paraquedista brasileira”, contou Rosa em entrevista ao Montanhas Capixabas, no ano de 2012.

 

Rosa foi a primeira mulher brasileira a saltar de paraquedas, em 1940.

 

Em toda a sua vida, foram 137 saltos pelo Brasil. Sempre ousada, Rosa Helena teve sua habilitação aos 12 anos, quando aprendeu a dirigir em Domingos Martins, em um veículo com a direção no lado direito.

 

No Rio de Janeiro, ela também ficou conhecida como a Sereia de Copacabana, por ter lançado a moda de usar biquíni. Em Domingos Martins, onde morava sozinha em uma casa no centro, Dona Rosita, se orgulhava ao ver o relógio da torre da igreja luterana da Praça Dr. Arthur Gerhardt, que foi construído pelo seu pai.

 

O mecânico João Ricardo Hermann Schorling, pai de Rosa, e que sempre apoiou as aventuras da filha, também construiu o relógio da Praça Oito, em Vitória. “Graças a Deus não tem nada que eu quisesse fazer que deixei de fazer. Meu último desejo é que durante meu sepultamento sejam lançadas pétalas de rosas de um helicóptero”, revelou na época.

 

Durante o lançamento da 3ª edição do livro “Rosa Helena Schorling – Além da folha do vento”, Rosita contou que estava feliz por ver sua história sendo eternizada. “Essa homenagem que estou recebendo hoje nesse lançamento ficará marcada em minha mente. Não é qualquer pessoa que vê sua história virar um livro. Espero deixar meu legado a todos que lerem esse livro, que muito me orgulha”, disse ela.

 

Morreu em 11 de dezembro de 2017, aos 98 anos. Ela faleceu em um hospital de Vila Velha, onde estava internada.

(Fonte: http://www.montanhascapixabas.com.br – GERAL / Domingos Martins 11 Dezembro 2017)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/12 – COTIDIANO / Por Fernanda Pereira Neves – 14/12/2017)

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