Condessa de Barral, foi uma interessante figura do Segundo Império

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Condessa de Barral (Santo Amaro, 13 de abril de 1816 – janeiro de 1890), foi uma interessante figura do Segundo Império.

Luísa Margarida de Portugal e Barros, baiana de Santo Amaro, filha do Visconde de Pedra Branca, é famosa pela sua correspondência sentimental com o imperador, com quem provavelmente teve um longo romance.

Em Paris, a Barral recebia Chopin, Liszt, Victor Hugo e Gobineau em seu salão, foi pintada em 1870, num belíssimo quadro por Franz Winthalter (1803-1873), que foi retratista da imperatriz Eugênia de França e de Elisabeth, a “Sissi” da Áustria.

A condessa de Barral, Luísa Margarida de Barros Portugal, mulher culta e figura de proa na corte francesa, era amiga de Francisca de Bragança, princesa de Joinville e irmã de d. Pedro II. Foi justamente a princesa que a indicou para o cargo de preceptora das filhas do monarca, cargo aceito não sem uma difícil negociação, em que a condessa de Barral fez questão de se certificar de sua autonomia na educação das meninas.

Bem mais velha que o imperador, de ideias avançadas, amiga de intelectuais (Gobineau) e artistas (Liszt), a condessa manteve durante toda a vida correspondência regular com o imperador, provocando-o em questões políticas, como a abolição (ela foi uma das primeiras a libertar seus escravos) e sua indiferença pelas investidas dos republicanos.

(Fonte: Veja, 28 de maio de 1980 – Edição 612 – ARTE – Pág: 117/118)

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