Antônio Marcos Pensamento da Silva (São Paulo, 8 de novembro de 1945 – São Paulo, 5 de abril de 1992), cantor e compositor romântico paulistano. Com mais de 400 músicas gravadas, começou a carreira no fim da jovem guarda, com canções açucaradas um dos sucessos da época, Como Vai Você, gravado por Roberto Carlos e por Maria Bethânia, chegou a vender 500 000 cópias.
Trabalhou também como ator de teatro, em Hair e Arena Conta Zumbi, e televisão.
O intérprete, que também era compositor, viveu seu auge entre as décadas de 1960 e 70. Nascido em uma família de classe média baixa, fez muito sucesso, alimentou as revistas de fofocas e celebridades com uma vida amorosa agitada e comportamento desregrado pelo uso de álcool e drogas.
Casou-se quatro vezes com a cantora Vanusa, com a atriz Débora Duarte, com Rose e, finalmente, com Ana Paula, filha de Nice, primeira mulher de Roberto Carlos e teve quatro filhos.
Na década de 80, sua carreira entrou em declínio e ele foi internado várias vezes para se tratar da dependência de drogas e álcool, do qual nunca se livrou.
Além de cantor acima da média, Antonio Marcos era bom compositor e tinha o perfil de galã. Depois do primeiro sucesso, em 1968, com Tenho um Amor Melhor que o Seu, de Roberto Carlos, fez teatro político atuando na peça Arena Conta Zumbi (1969) e esteve no elenco de Hair (1970).
Também atuou no cinema e em telenovelas. Participou da era dos festivais, foi o melhor intérprete no 5º Festival da MPB, da TV Record. Na vida amorosa, a primeira namorada foi Martinha, cantora da Jovem Guarda que, recentemente, declarou ter sido ele “o grande amor da minha vida”.
Depois, casou com a cantora Vanusa, em seguida com a atriz Débora Duarte e finalmente com Ana Paula, enteada de Roberto Carlos. Teve cinco filhos, entre eles a atriz Paloma Duarte e a cantora Aretha (que estrelou vários musicais infantis da Globo).
Foi homenageado pelo produtor e pesquisador Marcelo Fróes (selo Discobertas), que lançou duas caixas com quatro discos cada, trazendo todos os albúns e compactos gravados pelo cantor entre 1967 e 1976. Os oitos discos, lançados originalmente pela RCA, são a trilha sonora da trajetória dele. O primeiro, de 1969, é ligado à estética da Jovem Guarda, que vivia seus dias finais.
Depois, contando com bons arranjadores, Antonio Marcos passa a definir uma linguagem própria, sempre romântica mas com variantes como seu maior sucesso, O Homem de Nazareth (Claudio Fontana), e como a contundente Mensagem de um Planeta Perdido (Taiguara).
Cerca de metade das canções é assinada por ele e parceiros; as outras, por autores como Luís Vieira, Isolda, Sílvio Brito, Peninha, Sérgio Reis, Tom Gomes/Luís Vagner e Belchior (Todo Sujo de Batom).
Antônio Marcos morreu dia 5 de abril de 1992, aos 46 anos, de insuficiência hepática, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 15 de abril de 1992 - ANO 25 – Nº 16 – Edição 1230 - Datas - Pág; 75)
(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – Nº 18.172 – 15/07/2015 – SEGUNDO CADERNO – MÚSICA – VELHA GUARDA/ Por Juarez Fonseca – Pág: 6)