Andrea Carta, jornalista, editor da revista Vogue, era filho do editor Luis Carta (1936-1994), que implantou a publicação no Brasil, e sobrinho do renomado jornalista Mino Carta, atual diretor de redação da Carta Capital

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Andrea Carta, editor da Vogue

 

Andrea Carta, jornalista, editor da revista Vogue, era filho do editor Luis Carta (1936-1994), que implantou a publicação no Brasil, e sobrinho do renomado jornalista Mino Carta, atual diretor de redação da Carta Capital.

 

 

Andrea Carta costumava dizer que foi criado dentro das redações. Filho de Luís Carta, fundador da Carta Editorial, ele começou a carreira aos 16 anos na IstoÉ, em uma época em que aspirava se dedicar à fotografia.

 

 

Pouco tempo depois, constatou que seu caminho estava ao lado da família. Estreou como assistente de Vogue, na Carta Editorial, onde ainda atuaria na área comercial e editaria a revista Casa Vogue, antes de se tornar o publisher da Carta Editorial e criar publicações como a Vogue RGVogue Joias e Homem Vogue.

 

 

Sua trajetória foi interrompida aos 44 anos na madrugada da terça-feira 16, após cair do apartamento de um amigo de infância, o empresário Rogério Fasano, localizado no 5º andar de um prédio nos Jardins, em São Paulo.

 

 

Carta deixou a ex-mulher, Sandra Bighetti, e dois filhos adolescentes, Stefano e Luigi.

 

 

A Associação Nacional de Editores de Revistas distribuiu um comunicado, assinado pelo seu presidente, Carlos Alzugaray, lamentando a morte de Andrea. Leia a íntegra abaixo:

.: “Guerreiro dos melhores”

“É com enorme dor que manifesto, em
nome da Associação Nacional de Editores de Revistas, o meu mais profundo pesar aos familiares do jornalista Andrea Carta, editor responsável pela Carta Editorial,
pelo seu falecimento.

Andrea deixa sua empreitada jornalística em seu melhor momento. Guerreiro dos melhores deste nosso difícil campo de batalha editorial, Andrea venceu e deixa a Carta Editorial e seus títulos Vogue em rota vitoriosa para a continuidade de sua família.

O querido Andrea, que repetia com orgulho que sua editora era prima da Editora Três, ouvia de mim: ‘Com muito orgulho’.

O pai de Andrea, Luís Carta, irmão de Mino, e o empresário Fabrizio Fasano fundaram há 31 anos, com Domingo e Catia Alzugaray, meus pais, a Editora Três.

A Carta Editorial é uma das mais antigas associadas da Aner, e em nome de todos os nossos sócios transmito sentimentos de tristeza aos familiares e aos amigos da editora.”

Carlos Domingo Alzugaray (Caco)
Presidente da Associação Nacional
de Editores de Revistas (Aner)

 

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/217/aconteceu – Edição 217 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 29/09/2003)

 

 

 

 

 

Fasano confirma que discutiu com Carta

O empresário Rogério Fasano, dono do hotel Fasano e do restaurante Gero, falou ontem com exclusividade ao Jornal Nacional sobre a morte de Andrea Carta. Fasano contou que o amigo tinha bebido muito e estava transtornado quando caiu do quinto andar. O empresário também confirmou que os dois discutiram naquela noite.

Andrea Carta morreu na madrugada de ontem após cair do quinto andar de um prédio dos Jardins, zona Sul de São Paulo. O apartamento em que ele estava pertence a Fasano, que também estava no local no momento da queda.

Fasano falou sobre os momentos em que Andrea bebia: “Nesses últimos tempos quando o Andrea bebia causava sempre um pouco de pânico. A gente evitava. Eu pedi que o barman não mais o servisse. Ele ficou indignado”, disse.

Na noite em que Carta morreu, Rogério disse que deixou o bar do hotel Fasano, onde os dois estavam, para evitar constrangimentos. “Quinze minutos depois, ele toca o interfone. Eu vi que ele não estava legal. Não ia deixar esse meu irmão na rua. E ele não ficava calmo, ele piorava, piorava, foi quando tentei ligar para a irmã, para a esposa, tentei achar alguém que me ajudasse, que fosse lá. Ele estava muito transtornado.”

Rogério disse que como não encontrou nenhum familiar de Carta, decidiu dormir no hotel. Então, neste momento, segundo Fasano, Andrea teria ido para a janela. De acordo com o empresário, Andrea colocou o corpo para fora e se pendurou no aparelho de ar condicionado. Rogério diz que jogou um cobertor para tentar trazê-lo de volta, mas que não conseguiu salvá-lo.

“Nós crescemos juntos, nunca joguei uma partida de futebol sem o Andrea do lado. Essa é a nossa história. É uma pena que tenha acontecido isso dessa maneira, é perder um irmão”, disse ao JN.

Sigilo decretado
A juíza Ivana Boriero, do Tribunal de Justiça de São Paulo, autorizou ontem sigilo nas investigações do caso Andrea Carta. O pedido foi feito pela delegada Elisabete Sato devido ao grande assédio da imprensa. Com isso, a partir de agora a polícia não pode mais fornecer o conteúdo dos depoimentos. A informação foi divulgada esta tarde pela própria delegada no 78° Distrito Policial.

Na tarde de ontem, já prestaram depoimentos Rogério Fasano, o porteiro do edifício e funcionários do Hotel Fasano.

Testemunhas ouvidas pela delegada disseram que eles discutiram e que Carta, aparentemente alcoolizado, reclamava que recebia pouca atenção do empresário. Fasano deixou o bar em direção ao restaurante e foi seguido pelo jornalista. As câmeras do hotel registram a saída dos dois em momentos diferentes.

Policiais e peritos que examinaram o apartamento logo depois da morte constataram que não houve sinais de luta.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias – NOTÍCIAS – BRASIL – 17 de setembro de 2003)

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