Martin Landau, estrela da TV americana dos anos 1960, trabalhou no cinema com Mankiewicz, Hitchcock, Coppola e Woody Allen. Com Tim Burton, ressuscitou a figura mítica de Lugosi em Ed Wood.

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Ator americano levou prêmio de melhor ator coadjuvante por “Ed Wood”, de 1994, filme de Tim Burton.

Lendário ator participou ainda de Intriga Internacional e Cleópatra.

Martin Landau arrecadou, em 1995, o Oscar para Melhor Ator Coadjuvante (Foto: REUTERS/BLAKE SELL)

 

Estrela da TV americana dos anos 1960, trabalhou no cinema com Mankiewicz, Hitchcock, Coppola e Woody Allen. Com Tim Burton, ressuscitou a figura mítica de Lugosi em Ed Wood.

 

 

Martin Landau (Brooklyn, Nova York , 20 de junho de 1928 – Los Angeles, 15 de julho de 2017), ator americano e uma figura lendária da sétima arte. A longa carreira de Martin Landau, arrancou na década de 1950. Começou pela televisão, onde viria a tornar-se uma estrela como o mestre do disfarce na série Missão Impossível, e só depois chegou ao cinema. Trabalhou com realizadores como Joseph L. Mankiewicz, Alfred Hitchcock, Francis Ford Coppola ou Woody Allen.

 

Com uma carreira iniciada na década de 1950, Landau ficou mundialmente famoso por diversos papéis nos cinemas e em séries de televisão.

 

Começo da carreira

 

Apesar de ter escolhido fazer carreira no cinema, foi pelos jornais que Landau começou.

 

Filho de imigrantes judeus nascido no Brooklyn (Nova York) no dia 20 de junho de 1928, Landau trabalhou como desenhista no jornal “New York Daily News” como cartunista aos 17 anos, antes de começar a sua carreira como ator.

Foi aí que trabalhou durante cinco anos, até que decidiu que queria ser ator e se candidatou ao célebre Ators Studio, a fábrica de estrelas de Lee Strasberg (1901-1982). As provas eram apertadas e nesse ano de 1955 só dois candidatos foram aceites – Landau dividiu a honra com aquele que viria a ser um dos ícones da indústria norte-americana, Steve McQueen, mas suas carreira não podia ter sido mais diferentes. A de McQueen, bem mais próxima da mistura de glamour, irreverência e escândalo que os estúdios procuravam (e ainda procuram, dirão alguns) foi bem mais fulgurante e acabou mais cedo – o ator de Bullitt morreu em 1980, aos 50 anos. McQueen era sempre a estrela, Landau o que passava quase sempre despercebido aos olhos da indústria.

A carreira de Landau no cinema arrancou em 1959, num pequeno filme sobre a guerra da Coreia, e seguiu pela mão do mestre do suspense numa produção de grande orçamento em que todos recordam a presença de Cary Grant e uma célebre perseguição com um avião (Intriga Internacional). Seria de esperar que esta colaboração inicial com Hitchcock, ainda que num papel discreto, lhe abrisse portas, mas os anos 60 foram difíceis, com pequenas participações em grandes sucessos como Cleópatra e A Maior História de Todos os Tempos.

Influenciado pela obra de Charlie Chaplin, fez sua estreia na Broadway em 1957 e o seu primeiro papel importante no cinema chegou em 1959 com “Intriga Internacional” de Hitchcock – e teve uma carreira bem-sucedida como professor (Jack Nicholson foi seu aluno e orgulha-se disso).

Ele é conhecido por ter interpretado Bela Lugosi lendário ator que fez Drácula em “Ed Wood” (1994), de Tim Burton papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1995. Landau recebeu outras duas indicações ao prêmio da Academia, pelos trabalhos em “Crimes e Pecados” (1989), de Woody Allen e “Tucker – Um Homem e Seu Sonho” (1988), de Francis Coppola.

Ator americano Martin Landau levou prêmio de melhor ator coadjuvante por “Ed Wood”, de 1994, filme de Tim Burton. (Foto: Chicago Tribune/ Reprodução)

Em quase seis décadas de carreira, o ator se destacou no cinema e na TV, foi melhor amigo de James Dean, namorou Marilyn Monroe e recusou o papel de Spock em Star Trek. Atuou em clássicos como “Intriga Internacional” (1959), de Alfred Hitchcock e Cleópatra, e participou da série de sucesso nos anos 60 Missão Impossível.

Foi a televisão que lhe deu a primeira oportunidade de agarrar uma personagem de relevo. Foi em 1966 com Missão Impossível, com Martin Landau na pele – será mais rigoroso dizer nas múltiplas peles – de Rollin Hand, mestre do disfarce. Este papel, escreve o Guardian, deu-lhe a possibilidade de mostrar muitas das ferramentas técnicas que tinha adquirido no Actors Studio, mas tornou-lhe a vida em Hollywood ainda mais difícil. “Ninguém me conhecia. Só sabiam [produtores, realizadores, diretores dos estúdios] que eu era o tipo de Missão Impossível.”

Na década seguinte voltou a ser a televisão a fazer dele a estrela na série de ficção científica Espaço 1999, com Martin a voltar a contracenar com a atriz que já conhecera em Missão Impossível e que já era então sua mulher, Barbara Bain. Um êxito global, transmitida em mais de 90 países, foi uma das grandes divulgadoras do rosto e da carreira de Landau. A série britânica (1975) teve duas temporadas e gerou muitos fãs, teve influência nos efeitos visuais do filme que viria a mudar o seu gênero – Star Wars – e foi alvo de muitas críticas pela forma solta como encarava a parte científica da ficção científica. Como explicava há dois anos a RTP, que a transmitiu na década de 1970 e a repôs nos anos 1980, foi a primeira grande série de ficção científica a passar na televisão portuguesa – Star Trek (ou Caminho das Estrelas, em português), na qual Martin Landau foi convidado e recusou participar nos anos 1960, viria depois para os ecrãs portugueses.

Foi Francis Ford Coppola que em 1987 o resgatou para o cinema fazendo dele o financeiro Abe Karatz no sucesso de bilheteiras Tucker – Um Homem e o seu Sonho (1988), filme biográfico protagonizado por Jeff Bridges sobre o designer de automóveis Preston Tucker. O filme, um projeto que Coppola esperou dez anos para fazer e que no original tinha Marlon Brando no papel principal, acabou por valer a Landau o Globo de Ouro de ator secundário, categoria em que receberia ainda uma nomeação da Academia.

 

Um ano mais tarde Hollywood repetiria a nomeação quando Landau entrou em Crimes e Escapadelas, comédia de Woody Allen em que se transforma em Judah Rosenthal, um rico oftalmologista cujas infidelidades o levam a lidar com o homicídio e a culpa.

 

As atenções da Academia só se transformaram em Óscar com Ed Wood, filme de Tim Burton em que Landau é um Lugosi pobre, envelhecido e viciado em morfina. Atenções que foram partilhadas com os Globos de Ouro, com várias associações de críticos (Nova Iorque, Los Angeles, Chicago, Boston) e o sindicato dos atores (Screen Actors Guild) – todos o premiaram.

 

Mesmo que o seu percurso o tenha transformado num protagonista na televisão – nos últimos anos fez sobretudo pequenas participações como ator convidado – e num eterno secundário no cinema, muitas vezes ignorado pela indústria, Landau sempre foi elogiado pelos seus pares, que lhe reconheciam o talento para trabalhar em diferentes registros.

 

O ator Martin Landau faleceu aos 89 anos, em 15 de julho, em Los Angeles, no hospital da universidade UCLA, onde estava hospitalizado há pouco tempo por causa de algumas complicações na saúde.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/adorocinema – DIVERSÃO – CINEMA – ADORO CINEMA/ Por Lucas Salgado – 16 JUL 2017)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2017/07/17 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – LOS ANGELES (ANSA) – 17 JUL 2017)

(Fonte: https://www.publico.pt/2017/07/17/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON/ PÚBLICO – 17 de Julho de 2017)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ator Martin Landau venceu o Oscar em 1994 por sua atuação no filme “Ed Wood” de Tim Burton

 

O legendário ator americano Martin Landau, conhecido por suas interpretações em filmes como “Intriga Internacional”, de Alfred Hitchcock, e na série de televisão “Missão Impossível”, trabalhou como desenhista no jornal “New York Daily News” antes de começar a sua carreira como ator.

 

Influenciado pela obra de Charlie Chaplin, fez sua estreia na Broadway em 1957 e o seu primeiro papel importante no cinema chegou em 1959 com “Intriga Internacional” de Hitchcock.

 

Além de seu papel como Rollin Hand na série de televisão “Missão: Impossível”, que protagonizou junto com sua então esposa, Barbara Bain, Landau será lembrado pelas suas interpretações em “Tucker: um Homem e seu Sonho”, de Francis Ford Coppola, e “Crimes e Pecados”, de Woody Allen, entre outras.

 

Também pela sua caraterização de Bela Lugosi no filme de Tim Burton “Ed Wood” (1994), papel pelo qual recebeu um Oscar.

 

(Fonte: https://veja.abril.com.br/entretenimento – ENTRETENIMENTO / Por da redação – (Com EFE) – 16 jul 2017)

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